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Artigos

 
  • Evitas a evitar

    O Globo, em 16/02/2023

    Não é bom sinal que, com menos de dois meses de governo, já se fale em possíveis sucessores de Lula. Pior ainda quando se coloca a primeira-dama no páreo. Janja virou até fantasia de carnaval. O próprio presidente sentiu cheiro de queimado no ar e tentou desarmar a bomba, recuando prematuramente da promessa de não disputar a reeleição.

  • O grande Mauro Salles

    Chumbo Gordo, em 15/02/2023

    Mauro Salles gostava de repetir a frase irônica do presidente da Universidade de Harvard, Derek Bok: 'Se acham que a educação é cara, tentem a ignorância.'?

  • Da alegria

    Os Divergentes, em 14/02/2023

    Parece que da etimologia da palavra 'carnaval' a única coisa certa é que se refere a carne. Seria para designar a abstinência de carne da quaresma? Ou, como queria o pai italiano de minha amiga Zélia Gattai, para afirmar que 'o que vale é a carne', jogando a origem da festa para as farras romanas ou germânicas, quando não a uma verdadeira bacanal grega? Essa origem europeia pode ser incontestável, mas basta ver a tristeza do carnaval de Veneza ou a imitação que são os carnavais que pipocam mundo afora para saber que carnaval como sinônimo de alegria tem origem bem brasileira, isto é, africana.

  • Viver sem ela?

    Jornal O Estado de S. Paulo, em 12/02/2023

    Na rodoviária, Alzeni pediu.

    'Por favor, uma passagem para Duas Passagens.'

    O bilheteiro estendeu duas passagens.

    'Quem pediu duas? Disse uma!'

  • Lumiar outra vez

    O Globo, em 12/02/2023

    No campo de Minas Gerais, o verbo “lumiar” significa acender, iluminar, clarear, botar fogo em volta. Foi isso que sempre fizemos em nossos filmes dos anos 1960 em diante. Aquilo tudo era chamado de Cinema Novo e não tinha muita regra, o negócio era filmar o Brasil como a gente achava que ele era, a partir de sua cultura popular e sobretudo do que se encontrava diante de nossos olhos. E, se possível, fazer isso de um jeito original, como se estivéssemos inventando o cinema.

  • Uma biografia devagar, devagarinho

    Correio Braziliense Online, em 11/02/2023

    O cantor e compositor Martinho da Vila é uma figura muito querida. Ele faz muito sucesso com as suas músicas, todas com muita inspiração, baseadas no que hoje chamamos de samba de raiz. E estendeu o seu êxito à família, como acontece com a filha Martinália. Martinho da Vila é considerado um dos maiores representantes do samba e da MPB no Brasil, com toda a razão e com todos os méritos.

  • O guarda-chuva do Zé Luís

    Chumbo Gordo, em 09/02/2023

    Era mais do que um simples ministro. Quando Carlos Lacerda quis criar a Editora Nova Fronteira, contou com o apoio do guarda-chuva do Zé Luís, assim como aconteceu com diversos filmes do Cinema Novo, como 'Terra em Transe', 'Deus e o diabo na terra do sol' e 'O padre e a moça'?

  • Café é Cultura

    Chumbo Gordo, em 08/02/2023

    Depois do apogeu do Ciclo do Café veio o declínio, com a marca da nossa triste estratificação social. A presença dos escravizados é um capítulo lamentável da nossa história, que é contada aos visitantes de hoje, com a natural curiosidade de uma fase realmente importante da nossa história?

  • A perda de dona Cleo

    Tribuna do Sertão, em 07/02/2023

    O falecimento da professora Cleonice Berardinelli, aos 106 anos de idade, foi uma perda muito sentida pela Academia Brasileira de Letras. Sobretudo porque ela representava uma atenção toda especial com a língua portuguesa, que prezava acima de tudo.

  • Caçando sapo

    O Globo, em 04/02/2023

    No campo de Minas Gerais, o verbo “lumiar” significa acender, iluminar, clarear, botar fogo em volta. Sempre num sentido de muito mais clareza do que aquilo que jornalistas e cronistas do país inteiro costumam esconder por trás de suas odes musicais ou princípios traduzidos pela literatura. A palavra tomou um rumo muito mais de celebração do que ela mesma é isso.

  • À sombra dos escritos em flor

    Site Chumbo Gordo, em 01/02/2023

    Lidaram com o autor de 'Para o Lado de Swan' e a 'À sombra das moças em flor', mesmo sabendo da fama de que a sua obra era considerada 'difícil'?

    Como instituição cultural de primeira grandeza, a Academia Brasileira de Letras não poderia deixar de lidar, em certos momentos, com a vida e a obra do renomado escritor francês Marcel Proust. Suas longas frases não assustaram escritores calejados como Alceu Amoroso Lima, José Lins do Rego e a minha estimada Rachel de Queiroz. Lidaram com o autor de 'Para o Lado de Swan' e a 'À sombra das moças em flor', mesmo sabendo da fama de que a sua obra era considerada 'difícil'.

  • Um poder relevante

    O Globo, em 31/01/2023

    Diz-se que o vice é um nada às vésperas de tudo. Segundo e terceiro na linha de sucessão da Presidência da República, os presidentes da Câmara e do Senado não têm a chance de virar'tudo', mas também são um 'nada' relativo. Se os cargos de presidente e vice ficarem vagos nos dois primeiros anos, assume interinamente a Presidência da República o presidente da Câmara, mas terá de convocar uma eleição direta para a escolha do novo presidente. Caso essa necessidade aconteça nos dois anos finais, a sucessão será definida por eleição indireta no Congresso.

  • Entre 90 e 190

    O Estado de S. Paulo, em 29/01/2023

    Mil Yanomami subnutridos, mais 700 mil mortos pela covid. Não é genocídio?

    Difícil não foi ter descoberto a doença, mas sim ter dado com ela tardiamente, obrigando-me a mudar rotinas, vícios, hábitos aos 86 anos. Principalmente vícios, manias. Dizem que tudo se ajeita com boa vontade. Apontem um ser humano que tenha a noção absoluta de boa vontade. Ou não acredito na humanidade?

  • Frentes amplas

    O Globo, em 29/01/2023

    Lula continua sendo uma metamorfose ambulante, e cada vez mais se enreda em suas próprias contradições. A esquerda petista vibra com a atuação do presidente nestes primeiros dias de governo que, através da retórica radicalizada, mostra-se o 'líder da esquerda' da frente ampla, como se um simulacro pudesse dar ao governo petista as ferramentas reais para superar as dificuldades atuais. Uma frente ampla se baseia em programas e projetos, e não na distribuição aleatória de cargos.

  • Ser moderno

    O Globo, em 28/01/2023

    A história do mundo tem sido contada a partir de um formato consagrado nesses últimos séculos por cientistas sociais de respeito. Mas enquanto esses pensadores enlouquecem tentando desvendar a crise entre indivíduo e sociedade, os brasileiros reivindicamos a originalidade absoluta de nossos costumes, hábitos e hinos que afirmam nossa diferença. Vivemos nossa abençoada vagabundagem cantando cantigas originais, organizando relações sociais só nossas, pensando livremente sobre o que for.