Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Missão e omissão

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/01/2009

    Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a pesada consciência da comunidade internacional criou a Liga das Nações para que não mais se repetisse a carnificina, então a maior da história. Durou pouco a boa vontade e a liga nada ligou, ou não ligaram para ela. Veio outra guerra (1939-1945), muito maior e truculenta.

  • Os sais para a náusea

    Folha de S. Paulo (SP), em 09/01/2009

    Se fosse o finado Vinicius de Moraes, eu diria que vou contar uma historinha amarga. Na realidade, é uma fatia da vida, tal como ela se desenrola por aí, nos cantos impenetráveis do mundo. Deu nos jornais aqui do Rio, talvez tenha chegado até outros pagos, não importa. O personagem é o nosso velho conhecido: o homem. Vou contar o que posso, eliminando os detalhes escabrosos.

  • Maysa e os Blochs

    Folha de S. Paulo (SP), em 08/01/2009

    RIO DE JANEIRO - Não costumo comentar produtos da televisão, muito menos as novelas que estão no ar. Mas a minissérie sobre Maysa obrigou-me a uma reflexão: texto do como sempre excelente Manoel Carlos, ela está sendo dirigida por Jayme Monjardim, filho único da cantora. Quando superintendente da teledramaturgia da Rede Manchete, trabalhei com ele e fui testemunha do impacto provocado por ‘Pantanal’.

  • Esperando Obama e Godot

    Jornal do Brasil (RJ), em 07/01/2009

    Este fim de ano evidenciou o aluvião de conferências latino-americanas, repetindo a irrelevância de par com a descontração das lideranças, como, aliás, pedia o Sauípe baiano, no à vontade na praia da presidente Bachelet, ou o novo rosto cubano de um Raúl Castro, em bonomia e abertura de diálogo com a América de Obama.

  • Em primeiro lugar a nossa língua

    , em 07/01/2009

    Uma das originalidades do romance “O triste fim de Policarpo Quaresma”, do escritor carioca Lima Barreto, lançado em 1915, foi o seu firme desejo de trocar a língua portuguesa pelo tupi-guarani. Segundo ele, seria mais legítimo porque tinha tudo a ver com as nossas raízes, antes mesmo do Descobrimento do Brasil.

  • Senhor presidente

    Diário de Pernambuco (PE), em 06/01/2009

    Tive a intenção de evitar o uso de palavras que considero cansadas, com perda de substância, anêmicas porque esvaziadas na gastança do dizer, perdidas do viço da validade, ao saudar Ubiratan Aguiar, o novo presidente do TCU.

  • O gigante e o pigmeu

    Jornal do Commercio (RJ), em 06/01/2009

    Davi, um dos personagens mais importantes do Velho Testamento, e de cuja descendência nasceria o Messias, era um jovem pastor que derrotou Golias, o gigante filisteu, com uma simples funda. Qualquer guerra ou briga desproporcional lembra o episódio inicial do futuro rei e salmista.

  • Pe. Antônio Vieira e os peixes

    Diário da Manhã (GO), em 06/01/2009

    Tudo o que o mestre da retórica sacra lusitana percebia, hoje percebemos com igual impunidade. E o que nos surpreende no gênio de Antônio Vieira é a utilização da palavra como arma temível, desdobrável, muitas vezes em chama, ora ao falar aos portugueses, ora aos holandeses (pela invasão), ora no Brasil Colônia, ora aos príncipes, ora ao vulgo, ora aos próprios peixes, não importando a quem, desde que alcance seus intentos de convencer , espantar ou evangelizar. Usando a alegoria, para Octavio Paz – “expressão do pensamento analógico”.

  • "A língua é bela e mal utilizada"

    Jornal do Commercio (RJ), em 05/01/2009

    Quando ia mais acesa a discussão em torno do Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa, com alguns escritores de Lisboa criticando a sua implementação, criou-se uma dúvida sobre a posição a ser adotada por José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura. Seria a favor ou contra?

  • Machado de Assis nas Alterosas

    A Gazeta (ES), em 05/01/2009

    Surgiu uma dúvida no plenário da Academia Brasileira de Letras sobre as viagens de Machado de Assis. Conhecido bicho do mato, a sua imaginação viajou muito mais do que o corpo. Ele mesmo, por diversas vezes, perguntado onde teria ido mais longe, invariavelmente, com a ironia de sempre, respondia: “Petrópolis.”

  • Um protesto contra o Viagra

    Folha de S. Paulo (SP), em 05/01/2009

    O Viagra, remédio para disfunção erétil, é uma das armas usadas pelos agentes da CIA (a agência de inteligência americana) na conquista de aliados no Afeganistão, informa o "Washington Post". Conforme o jornal, entre os favores, além da distribuição do medicamento, estão doações de canivetes e ferramentas, pagamento de cirurgias e tratamentos dentários.

  • Ora pipocas!

    Folha de São Paulo (SP), em 04/01/2009

    RIO DE JANEIRO - Como todos sabemos, uma bonita árvore de Natal é erguida todos os anos, aqui na Lagoa, bem em frente à minha varanda. Vem gente de longe ver a maravilha, que é monótona como todas as maravilhas imóveis, a exemplo do nosso Cristo Redentor, que ganhou recentemente status internacional.

  • Despetalando a flor do Lácio

    O Globo (RJ), em 04/01/2009

    "Despetalando" está correto, tenho praticamente certeza. Não acredito que um filólogo desalmado tenha resolvido que aí vai hífen. Não, não vai, não é des-petalar. "Flor" e "Lácio" continuam, uma sem acento, outro com acento. Portanto, cem por cento de acerto em meu primeiro título na ortografia nova, brilhei mais uma vez. Isso, contudo, não me aplaca o nervosismo. Deve ser a idade, porque já encarei algumas reformas ortográficas nesta curta existência e me saí satisfatoriamente, mesmo no tempo em que a gente tinha que grafar "tôda" com circunflexo, para distinguir de "toda", que ninguém sabia o que era, embora, no ver de alguns, fosse uma ave amazônica pouco sociável, ou, segundo outros, uma exortação obscena de origem xavante. Acho que esse ponto nunca será esclarecido (de qualquer forma, cartas de esclarecimento para o editor, por caridade) e constituirá mais uma das graves interrogações sem cujas respostas minha geração deixará este mundo.

  • Palpite infeliz

    Jornal do Brasil (RJ), em 04/01/2009

    O título do samba de Noel Rosa parece que se aplica com muita propriedade ao noticiário que dá conta da intenção do governo de transferir a sede da Escola Superior de Guerra para Brasília. Mais essa, agora?

  • A crise na janela

    Jornal do Brasil (RJ), em 02/01/2009

    Ano novo, dores de cabeça novas. Vim passar o Natal e o fim de ano em São Luís. Minha casa tem uma vista para o mar, de frente para a baía de São Marcos, onde ficam fundeados os navios que vão para o porto da Madeira, da Vale do Rio Doce, ou Itaqui, terminal de carga geral.