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Artigos

 
  • O risco do celular

    Zero Hora (RS),, em 12/12/2009

    Quando a gente vê em filmes antigos (ou não tão tão antigos assim) os primeiros telefones celulares, aqueles gigantescos trambolhos, nos damos conta de que o mundo muitas vezes envereda por caminhos inesperados. Hoje o celular é pequeno, é prático – e todo mundo tem . O número de aparelhos no Brasil já chega a 160 milhões, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De cada cem brasileiros, 82 usam o aparelho. Como ocorre na maioria dos países.

  • O voo da humanidade

    Jornal do Brasil,, em 11/12/2009

    Quando conheci, há mais de 10 anos, o general de divisão José Carlos Albano do Amarante, então reitor do Instituto Militar de Engenharia (IME), com ele me identifiquei pela preocupação comum com a visão humanística dos seus alunos. Segundo deixou claro, na conversa que tivemos no prédio da Praia Vermelha, a modernização do ensino pressupunha o enriquecimento cultural dos alunos, para a formação de engenheiros da idade tecnológica, com base politécnica e visão holística. Do encontro, promovido pelo professor Rex Nazaré Alves, nasceu o convite para uma conferência, que fiz com muito prazer, oferecendo aos alunos do IME a experiência diversificada do meu currículo, que começou com a licenciatura em matemática, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Lembro que, à época, travava-se uma grande discussão acadêmica sobre as operações cibernéticas. Fiz os alunos raciocinar sobre esse pensamento de Norbert Wiener: Deve-se dar à máquina o que é da máquina e ao homem o que é do homem.

  • O preconceito contra o ensino médio

    Jornal do Commercio,, em 11/12/2009

    O gigante adormecido dá sinais de que está acordando para a realidade. Hoje, no Brasil, o preconceito contra o ensino técnico parece coisa do outro mundo, mas nem sempre foi assim. Quando Nilo Peçanha foi presidente da República (1906 – 1910), em decorrência da morte de Afonso Pena, elaborou um plano de educação técnica destinada “às crianças desvalidas”.

  • Corrupção, moralismo e oposição

    Jornal do Commercio (RJ),, em 11/12/2009

    A entrada num ano eleitoral marca-se de medidas promissoras. Nunca tivemos um presidente com a popularidade de Lula ao fim de um segundo mandato, e constitucionalmente irreelegível. Nem uma consciência popular tão distinta do que fosse o partido que levou o petista à vitória em 2002. E a ter a consciência da sua afirmação política, até onde intransferível a outra candidatura?

  • Prós e Contras

    Jornal do Commercio (RJ),, em 10/12/2009

    Muita gente ficou com as manifestações populares a favor do governador Arruda, em Brasília. Num primeiro exame do fenômeno, a tradição explica que são forças comprometidas com o próprio Arruda, gente que é mobilizada, à custa de dinheiro ou de favores, para ocupar as ruas e tentar neutralizar a maré contrária.

  • Serennus Samodecus

    Folha de S. Paulo (RJ),, em 29/11/2009

    Verdade seja dita: ninguém até hoje acusou Serennus Samodecus, o famoso clínico-geral dos tempos de Roma Imperial, de ter inventado a palavra-fórmula “abracadabra”. Os hermeneutas da história são unânimes em concordar, genericamente, que ao tempo dele, vinda das Arábias, a palavra já chegara aos campos etruscos onde Roma se edificara, “Roma condita est”.

  • Sócrates e o porco

    Folha de S. Paulo,, em 27/11/2009

    O contínuo veio avisar que o sujeito queria falar comigo. Fui lá fora, e o camarada alto e magro levantou-se e apresentou-se: J. Campos. Homem de meia-idade, parecido com o Guimarães Rosa quando ria, aquele brilho nos olhos esverdeados, aquela mesma hesitação no falar, como quem procura sempre a palavra exata. J. Campos lera um livro meu, sabia-me de vagas inquietações e viera oferecer seus préstimos e seu livro, edição particular.

  • 56 anos da Casa das Beiras

    Jornal do Commercio (RJ),, em 27/11/2009

    Era bem jovem, morador da Tijuca, quando foi inaugurada, na Rua Barão de Ubá, a Casa das Beiras. Fiquei impressionado com a agitação em torno da sede, pois a cerimônia foi presidida pelo então presidente de Portugal, Craveiro Lopes. Eu nunca tinha visto um presidente assim de perto. Foi uma festa e tanto.

  • Subcultura e processo político, hoje

    Jornal do Commercio (RJ),, em 27/11/2009

    Como impacta a subcultura esses meses pré-eleitorais? O que revela, dela, o affair Samey na implacável resistência do país da cosanostra contra a República? Em que termos o moralismo do País de sempre pode contaminar o PT, e o que representou a crise da renúncia abortada do senador Mercadante, como este confronto exemplar entre o grito da consciência individual e o dever do bem público para a política da mudança? Que foi a crise dos guardiões da Fazenda no affair Lina Vieira, protestando, de vez, pela sua demissão coletiva contra a permanente ingerência de interesses estranhos na gestão do erário público?

  • Casta Suzana

    Folha de S. Paulo,, em 26/11/2009

    Foram muitos, muitíssimos, os palpites sobre a visita de Ahmadinejad ao Brasil, e nada demais que eu também meta a colher nesse mingau.

  • República e democracia

    Folha de S. Paulo,, em 26/11/2009

    O ideal republicano entre nós sempre foi indissociável da democracia. Nabuco de Araújo, que tanto e tantas vezes serviu à Monarquia, 20 anos antes da Proclamação da República, denunciava da tribuna parlamentar: “Vede este sorites fatal, este sorites que acaba com a existência do sistema representativo: o poder moderador pode chamar quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição; porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis aí está o sistema representativo do nosso país”.

  • Razões para uma reflexão crítica

    O Estado de S.Paulo,, em 25/11/2009

    No Brasil, geralmente as celebrações das datas inaugurais de grande conteúdo simbólico não são previamente preparadas. Conhecemos alguns precedentes. Sem uma reflexão crítica sobre o que representava, por exemplo, a passagem da primeira centúria republicana para o País e para o seu povo, as celebrações ocorreram de forma improvisada - diria até que de afogadilho.

  • Caetano perdido no Brasil de Lula

    Jornal do Brasil,, em 25/11/2009

    Até onde convive com a democracia o excesso da popularidade presidencial? O exemplo de Lula ao reforçar o seu ineditismo é o de que só avança na provação política o presidente que renunciou a toda a veleidade de um terceiro mandato, e chega a esses dados únicos de aprovação em fins de seu segundo governo.

  • O jogo do fanatismo, o jogo da paz

    Zero Hora (RS),, em 24/11/2009

    A entrevista que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, deu a Tulio Milman (o brilhante editor da página 3) é um modelo de sobriedade e de bom senso, e contrasta com as declarações de Ahmadinejad negando o Holocausto. Uma cantilena que o líder iraniano provavelmente não repetirá no Brasil. Sabe que aqui esta retórica, à qual não falta inclusive uma conotação neonazista, será muito mal recebida. Na verdade, até já está modificando a linguagem; numa entrevista recente admitiu que o Holocausto “talvez” tenha acontecido. Absurdo e má-fé. Não pode haver qualquer dúvida quanto ao genocídio nazista: o assassinato de milhões de pessoas foi exaustivamente comprovado. No Brasil, não faltam inclusive testemunhos pessoais de sobreviventes. Além disso, é importante assinalar que o Holocausto matou principalmente judeus, mas não só judeus. Etnias como os ciganos, adversários do nazismo, minorias sexuais, membros de várias religiões e doentes mentais tiveram o mesmo fim. Será que o mandatário iraniano nega isso também?

  • Já vimos este filme

    Folha de S. Paulo (RJ),, em 24/11/2009

    Tal como na televisão, as novelas da vida real são recorrentes, repetem-se com frequência mudando apenas alguns pormenores irrelevantes. O chassi é sempre o mesmo.