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Artigos

 
  • "La Ronde"

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/07/2005

    Desconfio das coisas muito repetidas, dos slogans e gritos de guerra: "Todo o poder ao povo!". "Povo unido jamais será vencido!". "Tortura nunca mais!". "Um, dois, três, corruptos no xadrez!" (Este último ainda não entrou em circulação, mas não custa esperar).

  • Jorge Amado: marido e mestre

    Jornal do Brasil (Rio d Janeiro), em 06/07/2005

    Durante 56 anos, Jorge Amado foi meu marido e meu mestre. O que sei com ele aprendi. Juntos, corremos mundos, percorremos os mais distantes países, os mais belos e estranhos.

  • O seu a seu dono

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/07/2005

    Uma das angústias do jornalismo é a inevitabilidade das generalizações. Impossível deixar de cometê-las num texto curto, apressado e genérico como são as crônicas publicadas neste espaço.

  • Da guerrilha à Casa Civil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/07/2005

    O cargo de chefe da Casa Civil tem de possuir no seu curriculum informação sobre sua aptidão política partidária, que estua sempre nesse ministério.

  • Caminhos da insubmissão

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 05/07/2005

    Dentre os livros de Henry Miller, um há que pode ser considerado um "Evangelho da Insubmissão". É o volume chamado "Tempo dos assassinos". Nele, ao estudar Rimbaud, o que Miller faz é um levantamento completo dos insubmissos dos últimos dois séculos. De Shelley, Blake, Stendhal e Hegel até Baudelaire, Poe, Conrad, Claudel, Dostoevski, entre outros, mas o insubmisso mais desabrido é Rimbaud.

  • Baile fiscal caipira

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/07/2005

    Não engrosso a turma dos que acreditam próximo o fim de mundo institucional em nossas bandas. Que as coisas estão complicadas, estão. Muito vexame e até mesmo uma espécie de baile fiscal caipira, com a festa junina (em julho) promovida por Lula na Granja do Torto. (Por falar em Torto, lembro que Guimarães Rosa, entendido no assunto, em lugar de Diabo, Satanás ou Demônio, preferia chamar o Pai das Trevas de "O Torto").

  • Envelhecer e morrer é caro

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/07/2005

    A conceituada revista Digesto Econômico , número em circulação, referente a maio e junho, traz um artigo de Sérgio Cabral sobre o custo do envelhecimento. É impressionante como envelhecer, isto é, a vida depois dos 60 anos, torna-se de padrão mais baixo do que antes dessa idade-limite, para serem as pessoas consideradas idosas, e em seguida, acrescento aos argumentos do articulista, a morte.

  • Falso. Verdadeiro. Falso. Verdadeiro

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/07/2005

    Uma mulher pode até conseguir enganar seu parceiro fingindo um orgasmo, mas pesquisadores holandeses afirmam ter conseguido flagrar o falso clímax com a ajuda da tomografia computadorizada. Áreas ligadas a emoções ficam "desligadas" no orgasmo verdadeiro, mas ativas no falso. Folha Ciência, 21.06.2005 

  • Tempo de supositórios

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/07/2005

    Depois da roda e da pólvora, a maior descoberta do gênio humano deve ser creditada à mídia do nosso tempo. Não chega a ser um supositório como queria o romancista Campos de Carvalho, mas coisa parecida: o adjetivo "suposto". Serve para livrar a cara de qualquer comunicador de rádio, TV ou jornal. Ele se obriga a comunicar o que julga ser necessário, mas tira o corpo fora, apelando não para o supositório, mas para o suposto, tornando a comunicação uma suposição.

  • Previsões Falhas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 04/07/2005

    Os chineses, que são descendentes de uma cultura milenar, são hábeis em criar provérbios. Têm um de que gosto muito, este: "Não devemos fazer previsões, principalmente sobre o futuro".

  • D. Quixote, sempre

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 03/07/2005

    O meu convívio com Mário Mendonça nasceu nas sessões do Conselho Cultural da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Presença sempre constante, nas reuniões presididas por Sérgio Pereira da Silva, Mário defendeu durante muito tempo a necessidade de se construir, no Rio, um Museu de Arte Sacra. Se não pudesse ser semelhante ao da Bahia, que pelo menos tivesse o espaço e a visibilidade necessários para abrigar milhares de preciosidades, algumas das quais colocadas em risco por motivo de segurança precária.

  • Outra crônica de 1994

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 03/07/2005

    Transcrevi ontem uma crônica de 1994 a propósito de um crime na tesouraria da CUT, abafado pela mídia, que, na época, era compactamente petista. Na mesma ocasião, publiquei outra crônica que provocou cartas de leitores pedindo minha cabeça -não me consideravam digno de escrever naquele espaço. Repetirei hoje a crônica do dia 26 de janeiro de 1994.

  • Alpiste para os rolinhas

    O Globo (Rio de Janeiro), em 03/07/2005

    Sei que está bastante fora de voga faz algum tempo, mas sou dos que acreditam que, se fizemos uma promessa, devemos procurar cumpri-la. Quem teve o estoicismo, ou que outra razão atraia algum leitor, para ler esta coluna na semana passada deve recordar que prometi descrever o que esperava, com toda a honestidade, ser uma tarde empolgante, jogando alpiste para as rolinhas da Rua Dias Ferreira, aqui no Leblon. Tenho pouquíssima experiência no assunto, mas, depois de décadas numa profissão em que saber observar é indispensável, não vou dizer que sou bom repórter, não sou nem repórter mediano, mas conheço uns dois macetes operosamente aprendidos ao longo do tempo, peruando o trabalho dos craques e fazendo perguntinhas importunas.