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Hélio Jaguaribe
Estamos aqui reunidos, nesta cerimônia de adeus, pela soma das virtudes que formaram seu espírito intrépido e generoso.
Estamos aqui reunidos, nesta cerimônia de adeus, pela soma das virtudes que formaram seu espírito intrépido e generoso.
Embora não seja correto tecnicamente comparar as pesquisas do Datafolha e do Ibope, que usam métodos diferentes, e são publicadas em épocas distintas, é possível fazer-se uma análise das tendências apontadas por elas.
É possível que a imprensa tenha se comovido mais com o atentado contra Jair Bolsonaro do que os eleitores. O primeiro resultado da pesquisa Datafolha após o ataque não confirmou, pelo menos até agora, as expectativas de que a facada iria favorecer, de maneira decisiva, a campanha do candidato do PSL.
A relutância de Lula em anunciar seu substituto na urna eletrônica revela uma obstinação que chega às raias do absurdo, prejudicando seu partido em benefício próprio. O ex-presidente joga suas fichas todas na possibilidade de o ministro Celso de Mello dilatar o prazo para a mudança de chapa, determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral para encerrar-se hoje.
A eleição presidencial deste ano, que já se diferenciava das anteriores pelo clima de radicalização política, tem uma característica especial: os dois primeiros colocados nas pesquisas estão fora da disputa, um definitivamente, outro temporariamente, dando protagonismo a seus vices.
Ficou famosa a frase de Lula pouco antes de ser preso: “Se me prenderem, viro herói, se me matarem viro mártir, se me deixarem solto, viro presidente”. Da mesma forma, um dos filhos de Bolsonaro, o candidato a senador pelo Rio Flavio Bolsonaro, disse logo depois do atentado: “Acabaram de eleger meu pai”.
Um aposentado que não parou - Em Los Angeles sou apresentado a W.Frasier, que escreveu durante toda sua vida sobre a conquista do Oeste americano. Seu maior orgulho é ostentar em seu currículo o roteiro de um filme estrelado por Gary Cooper.
Como ficou demonstrado com o incêndio do Museu Nacional, o Brasil parece só usar a memória para se lembrar de que não a tem ou a tem incompleta — é o país da amnésia crônica e do pretérito imperfeito.
A radicalização da política brasileira teve seu ápice até agora com o ataque sofrido ontem pelo candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, que lidera a corrida eleitoral quando o quadro real é apresentado ao eleitor, sem a presença de Lula por decisão da justiça eleitoral. É uma situação de ruptura que se agrava pela crise econômica e social do pais.
A realidade deve se impor nos próximos dias e a máquina propagandística do PT terá que carregar Haddad ao segundo turno. Por enquanto, essa confusão toda não o tem beneficiado. Ele cresceu dentro da margem de erro na pesquisa do Ibope divulgada ontem, e Ciro é quem mais ganhou o espólio do lulismo órfão de seu líder.
A candidatura fake do ex-presidente Lula à presidência da República continua sendo propagada em vários programas eleitorais e nos cartazes espalhados pelo país, obrigando os ministros encarregados pela propaganda oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a vetar seguidamente os anúncios e inserções do PT que insistem em vender a imagem de Lula como candidato a presidente, mesmo depois que sua candidatura foi impugnada devido à Lei da Ficha Limpa.
Não tive com o Museu Nacional a relação afetiva que tinha com o Museu de Arte Moderna, que na madrugada de 8 de julho de 1978 foi também destruído por um incêndio.
Não foi surpresa a decisão pessoal do ex-presidente Lula de esticar a corda até onde for possível para manter sua candidatura à presidência da República no centro do debate político.
Evitemos ferir suscetibilidades falando em candidatura fake, farsa, palhaçada, carnaval, molecagem, chanchada, em relação ao circo armado para não cumprir a Lei da Ficha Limpa — promulgada por Lula nos tempos em que era presidente, e os anos não trazem mais.
A decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de permitir que o candidato a vice Fernando Haddad participe da propaganda eleitoral no rádio e televisão como se candidato a presidente fosse, é mais uma das muitas heterodoxias a que tem se submetido os tribunais superiores da Justiça brasileira no pedregoso caminho provocado pela crise política e econômica que retira do PT a hegemonia política do país.