
Eleições no Iraque
Está instituído no espírito das massas, desta civilização de massas em que nos encontramos, que os chefes de Estado ou de governo devem ser eleitos. O povo quer votar.
Está instituído no espírito das massas, desta civilização de massas em que nos encontramos, que os chefes de Estado ou de governo devem ser eleitos. O povo quer votar.
Em doze anos seguidos aqui neste espaço, nunca deixei de lembrar, a cada 3 de fevereiro, o Dia de São Brás, epíscopo e mártir, como informa o calendário religioso. Existem numerosos epíscopos e mártires dos quais não lembro nem a data nem os feitos.
Dizia Disraeli, primeiro-ministro da Rainha Vitória e autor da obra grandiosa que foi o Império Britânico, que há três tipos de mentira: a mentira simples, a mentira completa e a estatística. Não poderia ter acertado melhor no ponto que desejava atingir, para confirmar o que entendia por estatística.
Na poesia de Manuel Bandeira, como na de qualquer poeta cuja obra comporte momentos de transição entre um e outro estágio instrumental, o recurso da dissolução rítmica encontra-se intimamente relacionado à técnica do verso livre, ou seja, à ''libertinagem'' (Advirta-se que esse conceito de dissolução rítmica não corresponde, como o pretende Adolfo Casais Monteiro em seu longo estudo sobre Manuel Bandeira, à supressão do ritmo, o que, em outras palavras, equivaleria, conforme didaticamente observa Emanuel de Moraes, à aceitação de ''sua tese da poesia sem ritmo nenhum, mais do que dissoluta, portanto''. O que se deve entender aqui por ''dissolução rítmica'' refere-se apenas à modulação do ritmo mediante uma ruptura dos esquemas métricos tradicionais). Ao analisar esses processos de fratura em O ritmo dissoluto, o próprio Bandeira o define como ''um livro de transição entre dois momentos'' de sua poesia, acrescentando ainda haver sido através dele que alcançou a ''completa liberdade de movimentos, liberdade de que cheguei a abusar no livro seguinte, a que por isso mesmo chamei libertinagem, torna-se assim muito claro em que sentido se deve interpretar essa ''libertinagem'', ou seja, enquanto lúcida e lírica licenciosidade poética. Em suma: ''libertinagem de temas, de matéria. Total liberdade. A liberdade que é a primeira condição para a libertinagem''.
O secretário de imprensa da Presidência da República, Fábio Kerche, mandou-me e-mail retificando notas que li na imprensa sobre o colete à prova de balas que Lula teria usado no Fórum de Porto Alegre.
Tem a maior importância o Fórum de Davos, ao assumir a responsabilidade de combate à pobreza.
Até que enfim deparo com um poeta brasileiro que descobre, aproveita e usa as palavras por inteiro, por dentro e por fora, nas suas vogais, nas suas consoantes - isto é naquilo em que a poesia - por ser cântico - se reveste de sons. Isto mesmo: sons, com seu ritmo e sua música. Sons - com suas vogais e suas consoantes da língua portuguesa, com seus "a", "e", "i", "o", "u" e seus fortes batimentos consonantais. É o que faz, em seu livro mais recente, "A rosa anfractuosa", o poeta Fernando Mendes Vianna".
Estamos em plena discussão a respeito da reforma universitária, o que é democraticamente saudável. Há quem manifeste estranheza diante da proposta do MEC, apresentada pelo ministro Tarso Genro, no dia 6 de dezembro de 2004. Talvez ela não fosse necessária, bastando os instrumentos legais hoje existentes, especialmente a Constituição e a LDB.
Não estava em Davos na semana passada e, além de ter perdido o discurso de Lula, que sempre se sai bem quando está diante de poderosos, perdi a oportunidade de participar da vaquinha que a atriz Sharon Stone promoveu para comprar mosquiteiros destinados à Tanzânia.
Faz alguns anos a editora Agir, do Rio de Janeiro, publicou precioso livro, de tamanho similar a maioria dos livros editados no Brasil. Esse livro tinha por título o mesmo título deste artigo. Tratava da educação do príncipe, para que ele, ao chegar o dia de assumir o trono e o governo, acima da administração, obra de seus ministros e da burocracia categorizada por ensino prévio, saiba como se conduzir no exercício de suas funções.
Fiquei triste ao ler nas folhas que o presidente Lula usou um colete à prova de balas na sua recente ida ao Fórum de Porto Alegre. Vendo-o nas TVs, estranhei o blusão rechonchudo que usava, fazendo-o mais gordo do que é, mas sem estragar o visual, que geralmente é bom e simpático.
Quando a Igreja fundou as universidades, espalhando-as pelo mundo conhecido e já percorrido pelas legiões de Roma, não opôs limitações ao ensino. A Ciência e as Letras tinham lugar de relevo no ensino, mas as disputas entre os professores e os alunos era ampla, suscitando o conhecimento dos clérigos e dos leigos, na escala estabelecida pela Santa Madre, com seu poderio de fundadora. Foi como as universidades se desenvolveram.
PASSEI A MANHÃ INTEIRA EXPLICANDO que meus interesses não são exatamente os museus e as igrejas, mas os habitantes do país - e, desta maneira, seria muito melhor que fôssemos até o mercado. Mesmo assim, eles insistem; é feriado, o mercado está fechado.
Mais um plano lançado pelo governo para responder às críticas de sua apatia pela agenda social. Depois do Fome Zero e do Bolsa-Família, que trouxeram mais problemas do que soluções para o próprio governo, vem agora o Prouni, destinado a democratizar o ensino superior. Ao contrário dos programas anteriores, que pelo menos eram bem-intencionados, mas impraticáveis, o Prouni tem um erro de origem, expressando um conceito primário de ensino.