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Artigos

 
  • A hora da verdade

    Zero Hora (RS),, em 15/11/2009

    Como muitos, sempre achei Michael Jackson esquisito, para dizer o mínimo. Ali estava aquele cantor de enorme sucesso, ganhando uma grana sem tamanho, morando num absurdo lugar chamado Neverland (evocando a Terra do Nunca da história de Peter Pan, o menino que não queria ficar adulto); tentando branquear a própria pele, no que parecia uma tentativa de escapar à própria identidade, e, por último mas não menos importante, suspeito de pedofilia.

  • Culpa e responsabilidade

    Folha de São Paulo,, em 15/11/2009

    O apagão da semana colocou, entre outros temas, a discussão sobre a culpa e a responsabilidade pela pane no sistema de energia para todo o país. O governo está botando a culpa nas condições meteorológicas: raios, ventos e chuvas teriam afetado as linhas de transmissão. Embora não haja ainda uma explicação definitiva para o desastre, é possível que a culpa seja da natureza, uma vez que não houve até agora prova de deficiência técnica ou suspeita de sabotagem.

  • Sobre a queda do Muro de Berlim

    O Estado de S. Paulo,, em 15/11/2009

    Há 20 anos, neste espaço, analisando a queda do Muro de Berlim, escrevi um artigo intitulado ... e o mundo mudou! O artigo estava voltado para realçar que o Muro era um símbolo da guerra fria e que esta caracterizou a dinâmica da vida internacional no pós-2ª Guerra Mundial e impactou globalmente as concepções sobre os modos de organizar as sociedades. Por isso a sua queda antecipava uma mudança do paradigma de funcionamento do sistema internacional.

  • Bôscoli, um lobo esperto

    Jornal do Brasil (RJ),, em 13/11/2009

    Foram muitos anos de convívio profissional e outros tantos de uma boa amizade. Estou me referindo a Ronaldo Bôscoli, um dos papas da Bossa Nova, com quem tive o privilégio de trabalhar na seção esportiva do jornal Última Hora e depois, a partir de outubro de 1995, na recém-criada Manchete Esportiva. Quando Adolpho Bloch levou Augusto Rodrigues e seus irmãos Nelson e Paulo para fazer a segunda publicação periódica de Bloch Editores, foi junto a equipe, da qual eu e o Bôscoli fazíamos parte.

  • Injustiça social e má consciência ecológica

    Jornal do Commercio (RJ),, em 13/11/2009

    Vamos a Copenhagen cumprindo nosso dever de casa, de resposta a um alinhamento e uma consciência internacional pela melhoria ecológica do planeta, mas a atitude brasileira em Copenhagen implica também, e a prazo médio, um debate crítico sobre as urgências desta tomada de consciência e de como se definem, de fato, as prioridades reais do que seria hoje a efetiva e rápida melhoria do mimdo dos homens. Os tempos da globalização, a perempta e a que nasce, já, na era Oba-ma, superaram de vez o racha ou a dicoto-mia de um vmiverso de centro e periferias. Mas a simultaneidade de um novo dinamismo econômico não impede, se não agrava, as contradições que se abatem sobre a visão de um desenvolvimento universal. Coincide agora com os reclamos de Copenhagen a consciência do firacasso de todo espontaneísmo na economia de doações internacionais às nações da miséria e do imobilismo ancestral. De vez, manifestou-se o vão e o ingênuo de uma piedade internacional, ou da sensibilidade dos muito, muito ricos, à condição dos muito, muito pobres, mesmo ganhasse o auxílio a marca humilhante e consentida da esmola.Vem já de meio século a cantilena que elimina toda boa consciência em manter-se os mesmos padrões e os mesmos desígnios na virada do século e da denúncia da política dos bons corações e de uma caridade mundial.

  • Joaquim PER Nabuco

    Jornal do Commercio (PE),, em 12/11/2009

    Na história e nos livros busquei a demonstração preclara de pátria. É rito de patriotismo conhecer o seu país. Andei muito e o conheço todinho. Também andei pelo mundo afora. É pouco o que não tenha visto e não há lugar algum onde tenha estado ou vivido, em que não me dominasse o sentimento do meu chão. Por mais que visse, sempre via Pernambuco.

  • Os anéis e os dedos

    Jornal do Commercio (RJ),, em 12/11/2009

    Leio nas folhas que, em 2025, São Paulo será a maior cidade do mundo. Não entendo muito desse tipo de previsão, mas acho que a cidade já é a terceira ou quarta e tem justamente em seu gigantismo a base maior de seus problemas – o trânsito em primeiro lugar, as enchentes em segundo.

  • O Brasil para os americanos

    Folha Dirigida,, em 12/11/2009

    Na Columbia University, em Nova Iorque especialistas brasileiros e americanos debateram o tema “Brazil and the future”, no International Affairs Building Auditorium, por iniciativa da Casa do Brasil, com a presença de figuras como o médico Ivo Pitanguy, muito aplaudido. O tema prioritário foi a educação e, na ocasião, enfatizamos a necessidade de melhorar urgentemente as condições de formação, trabalho e remuneração do nosso quadro do magistério. Assim como, por provocação da plateia, mostramos que ainda estamos longe de oferecer aos nossos estudantes um ensino técnico-profissional, de nível intermediário, plenamente satisfatório.

  • Diálogo impotente e conflito inevitável

    Jornal do Brasil,, em 11/11/2009

    A Conferência do Cairo da Academia da Latinidade insistiu na superação dos álibis fáceis para mantermos a rotina de que o mundo não mudou após o 11 de Setembro, e de que enfrentamos, sim, um novo terrorismo à beira talvez da guerra de religiões. Estaríamos a anos-luz do que, ainda ao fim do século passado - e à hora em que celebramos a Queda do Muro -, via-se como o avanço de uma cultura da paz a superação dos botões nucleares e das guerras preemptivas.

  • O pagador do sucesso

    Jornal do Commercio (RJ),, em 10/11/2009

    São frequentes os atores de cinema que se transformaram em bons diretores. Os casos mais notáveis seriam Chaplin e Orson Welles, passando por Vittorio De Sica, que começou como galã do cinema italiano e terminou como diretor de obras-primas, como Ladrões de Bicicletas, Umberto D e Milagre em Milão.

  • A voz da coerência

    Zero Hora (RS),, em 10/11/2009

    Anos atrás, eu estava em Jerusalém para um encontro de escritores, às vésperas de uma eleição decisiva que opunha o atual premiê, Benjamin Netanyahu, ao trabalhista Shimon Peres, cuja plataforma pacifista incluía uma confederação dos países da região. Proposta, aliás, que tinha o apoio dos israelenses: Peres era o franco favorito.

  • Solidão: use com moderação

    Zero Hora (RS),, em 31/10/2009

    Nos primeiros séculos da era cristã eram muito comuns os eremitas, crentes que, fugindo da vida mundana, iam para o deserto, onde passavam a viver em cavernas ou, como foi o caso do famoso Simão Estilita, em uma pequena plataforma no alto de uma espécie de poste. Hoje em dia esta possibilidade dificilmente ocorreria a alguém, mesmo porque os eremitas não se isolavam completamente: almas caridosas forneciam-lhes comida, roupa, ajuda quando necessário. Somos seres gregários: preferimos viver em família, em grupos, em comunidades. É uma necessidade que está embutida em nossos genes e que é favorecida pelo fenômeno da acelerada urbanização: 80% dos brasileiros vivem em grandes cidades, nas quais o excesso de gente é a regra.

  • A cereja do bolo

    Jornal do Commercio (RJ),, em 30/10/2009

    No meu já longo convívio com a Previdência Complementar, perto de 20 anos, aprendi a valorizar a política de recursos humanos por entender que é um fator estratégico essencial.

  • Fungos na democracia

    Folha de S. Paulo,, em 30/10/2009

    A América Latina ofereceu ao mundo, nos anos 80, a maior onda de democratização depois da Segunda Guerra Mundial. O processo foi indolor, sem a violência e as guerras da descolonização na África e na Ásia.

  • Culturas impermeáveis, democracias corrosivas

    Jornal do Commercio (RJ),, em 30/10/2009

    A Conferência do Cairo, da Academia da Latinidade, dedicou-se às perguntas críticas sobre o equívoco do diálogo das civilizações em nossos dias. Não nos damos conta ainda da distância abissal que nos separa do raiar deste século, quando a derrubada das torres de Manhattan nos deixaram a anos-luz da cultura da paz e do desarme com que esperávamos ter vencido o mundo dos muros, dos holocaustos e da. guerra dos botões nucleares.