![](https://academia.org.br/sites/default/files/styles/perfil_square/public/academicos/imagens-pequenas/rosiska-darcy-de-oliveira-thumbnail_0.jpg?itok=usOKuxy9)
Lata d’água na cabeça
Sessenta anos atrás, no carnaval do Rio, o povo cantava a falta d’água. Lá ia Maria que, “lata d’água na cabeça, sobe o morro e não se cansa, pela mão leva a criança", Maria que lutava pelo pão de cada dia e sonhava com a vida do asfalto que acaba onde o morro principia. Hoje, às voltas com a mesma lata d’água, não sei se ela sonha com a vida do asfalto já que, mais de meio século depois, no asfalto também falta água. Sensação de tempo circular, de eterno retorno. Pura sensação. Tudo mudou.