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Artigos

  • O 'Livro do Apocalipse' do século 20

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 30/03/2005

    Quando citamos o admirável mundo novo de celulares, laptops, internet e MP3, estamos nos esquecendo dos milhões de excluídos sobre a face da Terra, que não têm nem o que comer. As cifras são chocantes: mais de um bilhão de pessoas no mundo (sobre)vive com menos de um dólar por dia; 11 milhões de crianças morrem anualmente de doenças que poderiam ser facilmente evitadas; 840 milhões de pessoas vivem com fome crônica e outro bilhão não tem acesso a água potável. Este é o panorama traçado pela maior pesquisa sobre a pobreza no mundo, elaborada por 265 especialistas em desenvolvimento e divulgado pela Organização das Nações Unidas em Nova York em 17 de janeiro de 2005.

  • O dragão, a fera da rua larga

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 28/03/2005

    Há movimentos aparentemente contraditórios, hoje, no trato da língua portuguesa. De um lado, alguns jovens de escolas da Zona Sul divertem-se em seu computadores economizando vogais ou recriando o que se entende por fonética. O não é naum, assim como você se escreve simplesmente vc. Ainda não percebemos aonde querem chegar, mas o movimento está aí.Como uma espécie de reação, embora difusa, cronistas de jornais consagrados promovem um movimento a seu modo. Resolveram atrair de volta à cena vocábulos que dormiam no esquecimento ou frases que pareciam abafadas num confortável arcaísmo. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o inspirado Joaquim Ferreira dos Santos (O Globo), na crônica "As doces sirigaitas".

  • Precisa-se de um milagre na educação

    O Globo (Rio de Janeiro), em 15/03/2005

    O MEC, ao longo da história, sofreu todo tipo de influência. Quando era moda apresentar soluções de direita ou de esquerda, divertimo-nos bastante com idéias até generosas, mas que não entraram no domínio objetivo da prática.

  • Comunicação na língua portuguesa

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 14/03/2005

    Está em funcionamento, em Brasília o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, que hoje presido com muita honra. A ele incumbe zelar, como órgão auxiliar do Senado, pelas questões normativas que se referem à radiodifusão e às telecomunicações brasileiras.O nosso pensamento é comprometer o CCS com a valorização da língua portuguesa, hoje tão maltratada. Por que, por exemplo, não estimular a realização de programas de rádio e TV que abordem tal problema, de suma gravidade para a nossa cultura?

  • Vivaleitura

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 07/03/2005

    Enfim, uma boa idéia. Fala-se tanto na necessidade de criar um plano nacional de leitura, artigos são escritos com relativa abundância, mas na prática o que se vê são ações pontuais, que têm duração dos dias da sua realização. Ou seja, nada duradouro, definitivo, como se deve esperar de uma necessidade desse porte.

  • Oficina de animação

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 28/02/2005

    Numa visita a Volta Redonda, fomos convidados para conhecer um projeto fascinante: A Oficina de Cinema de Animação, patrocinada pelo Ministério da Cultura (Minc) e realizada pelo FanCine, com outros parceiros. Um espetáculo que enche os olhos, com a garotada mobilizada pela realização dos seus trabalhos, em que se misturam a vocação inequívoca e a criatividade. A oficina envolveu dezenas de estudantes de escolas públicas e resultou num filme de animação de curta-metragem sobre os cinqüenta anos do município.

  • Os coronéis da ignorância

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 21/02/2005

    O MEC, ao longo da história, sofreu todo tipo de influência. Quando era moda apresentar soluções de direita ou de esquerda, divertimo-nos bastante com idéias até generosas, mas que não entraram no domínio objetivo da prática.Querem um exemplo? Vamos acabar com o analfabetismo até o ano tal. Entramos noutro século, as promessas ficaram na saudade, e hoje ainda temos cerca de 14 milhões de iletrados, fora os milhões que somente sabem assinar mal e porcamente o nome, para alegria de alguns políticos do interior. São os coronéis da ignorância.

  • O respeito à Constituição

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 14/02/2005

    Estamos em plena discussão a respeito da reforma universitária, o que é democraticamente saudável. Há quem manifeste estranheza diante da proposta do MEC, apresentada pelo ministro Tarso Genro, no dia 6 de dezembro de 2004. Talvez ela não fosse necessária, bastando os instrumentos legais hoje existentes, especialmente a Constituição e a LDB/96.A simples verificação de que houve quatro decretos e 15 portarias, no ano de 2004, oriundos do MEC, praticamente responde à dúvida: com esse rondó pedagógico o melhor talvez seja consolidar tudo numa nova lei, mas elaborada com os cuidados devidos. Por exemplo: respeitar a Constituição é a primeira e mais louvável das preocupações.

  • Diálogo com o povo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 07/02/2005

    Temos a sensação de que já foi mais fácil ser representante do povo nas casas legislativas. Era menos gente envolvida, responsabilidades mais acanhadas, menos exigências. Hoje, é preciso louvar os que têm a coragem do sacrifício, embora o reconhecimento esteja longe de ser sequer razoável.

  • A reforma que não reforma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 01/02/2005

    Estamos em plena discussão a respeito da reforma universitária, o que é democraticamente saudável. Há quem manifeste estranheza diante da proposta do MEC, apresentada pelo ministro Tarso Genro, no dia 6 de dezembro de 2004. Talvez ela não fosse necessária, bastando os instrumentos legais hoje existentes, especialmente a Constituição e a LDB.

  • Os gestores culturais

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/01/2005

    James Joyce escreveu a maior obra literária do século 20, Ulisses, sustentando-se (mal) como professor de inglês, exilado da sua Irlanda natal. Franz Kafka suportou o trabalho burocrático de escriturário numa companhia de seguros para poder escrever suas incomparáveis parábolas sobre a condição humana como O processo e A metamorfose. E que dizer dos pintores malditos do impressionismo e do expressionismo, que se alimentavam de absinto e morriam de fome em suas mansardas? Van Gogh, o recordista dos leilões milionários de hoje, não vendeu uma só tela em seu tempo de vida. Todos estes artistas eternizaram a sua arte sem nenhum patrocínio, apoiados apenas pela crença interior na sua arte e movidos pelo impulso de criar sem nenhuma garantia imediata de sucesso.

  • Língua de fora

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 24/01/2005

    Há poucos anos, houve um sério debate, nos meios intelectuais brasileiros, quando o Itamaraty resolveu abolir o francês dos seus exames de admissão. Não é difícil lembrar que se argumentou muito com o seguinte fato: o mundo, no caminho inexorável da globalização, está preferindo o inglês como língua universal. Por que sobrecarregar os nossos futuros diplomatas com a língua francesa, que já não seria mais tão importante assim?

  • Nem tudo está perdido

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 10/01/2005

    Um dos nossos orgulhos é manter com o ex-ministro Ernane Galvêas uma boa relação de amizade. Embora ele seja predominantemente economista, com brilhante passagem pela Universidade de Yale, não descansa das suas preocupações, como brasileiro, pelo destino da nossa educação. É rara a semana em que não trocamos informações sobre o que se passa no mundo da pedagogia. Ora para discutir métodos de alfabetização de jovens e adultos, ora para orientar a posição da Confederação Nacional do Comércio no que se refere à reforma universitária. O presidente Antonio Oliveira Santos deseja colaborar com os esforços do MEC, mostrando um vigoroso empenho na valorização do setor terciário da economia.

  • A real dimensão do Padre Vieira

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 05/01/2005

    Não há como estranhar a repercussão de qualquer trabalho, literário ou não, que seja feito a respeito da vida e da obra do padre AntônioVieira. Mesmo não tendo nascido no Brasil, ele aqui desenvolveu ações tão intensas - e por muitos anos - que se tornou uma das figuras estelares da nossa cultura.