Estratégia de confronto
Os funcionários do Teatro Municipal acabam de nos mostrar que há outras formas de protesto, dando valor a seu trabalho.
Os funcionários do Teatro Municipal acabam de nos mostrar que há outras formas de protesto, dando valor a seu trabalho.
Nem bem os militantes lulistas comemoravam uma suposta superioridade do ex-presidente sobre o Juiz Sérgio Moro no seu depoimento em Curitiba, novas delações surgem, liberadas pelo relator da Lava Jato no Supremo ministro Edson Fachin, para acabar com a enganosa sensação de vitória da véspera. São declarações divulgadas pelo STF, não vazadas para a imprensa.
O ex-presidente Lula chega hoje diante do Juiz Sérgio Moro em Curitiba com uma série de derrotas em recursos ao Tribunal Regional Federal da 4 Região, e com um ambiente político francamente desfavorável. A reação das forças policiais contra os militantes que tentaram desobedecer a ordem judicial de não acampar nas imediações do local onde se dará a audiência colocou a opinião pública local contra Lula e seus seguidores.
As dificuldades econômicas do Rio de Janeiro parece que não têm limites. Há um atraso crônico no pagamento de salários, o que causa enormes embaraços ao funcionalismo ativo e inativo, e agora um fato novo se soma a esse vexame: a tentativa de leiloar o planetário, que presta inestimáveis serviços sobretudo à população jovem do nosso Estado e particularmente ao município.
A defesa do ex-presidente Lula continua utilizando todos os meios a seu alcance para polemizar com o Juiz Sérgio Moro, que vem tendo atitudes que abrem caminho para eventual derrota em recurso judiciais.
Transformar o depoimento do ex-presidente Lula ao Juiz Sérgio Moro nesta semana em Curitiba em uma guerra entre dois poderes políticos é ajudar a interpretação de que a Justiça persegue Lula com objetivos que nada têm a ver com corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crime contra a Administração Pública, tráfico de influência e obstrução da Justiça, todos esses crimes de que ele é acusado em diversos processos.
"Não sou ministro. Estou ministro." A frase, pronunciada pelo então ministro da Educação, em sua simplicidade radical, ficou sendo uma das melhores expressões do velhíssimo problema que tenta definir a relação do intelectual com o poder. Pronunciou-a em causa própria Eduardo Portella, que aceitara o cargo num momento em que o fim da ditadura e a abertura política eram consideradas iminentes.
De duas, uma: ou todo mundo resolveu contar a mesma história só para incriminar Lula, ou o ex-presidente era mesmo o "chefe, o grande chefe, o nine”, identificado, como revelou ontem o ex-dirigente da Petrobras Renato Duque, por um movimento passando a mão na barba. Somente com uma santa ingenuidade é possível ainda acreditar que Lula não sabia de nada, não tinha nada com o que acontecia na Petrobras e em outros setores do Estado brasileiro pilhado pela máquina petista e seus aliados.
Quando o governo quis que Eduardo Portella reprimisse uma greve de professores, classe que também era sua, ele se demitiu.
Pela exaustiva apuração, “Em nome dos pais” é um livro-reportagem. Pela estrutura narrativa e pela trama, pode ser considerado um romance investigativo — sem ficção. Nos dois casos, trata-se de um esforço exemplar contra o esquecimento daquilo que deve ser lembrado num país que sofre de amnésia crônica.
Diante da ofensiva da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as prisões preventivas da Operação Lava-Jato, o Juiz Sérgio Moro aproveitou seu despacho na Operação Asfixia para teorizar sobre a importância delas no sucesso das investigações do esquema criminoso de corrupção na Petrobras.
A decisão do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) ministro Luiz Edson Fachin de encaminhar para o plenário a análise sobre o recurso do habeas corpus que negou ao ex-ministro Antonio Palocci é uma resposta regimental à maioria que se formara na Segunda Turma.
Estamos diante de um embate decisivo para o futuro da Operação Lava Jato: juízes de primeira instância contra o Supremo Tribunal Federal. As prisões preventivas que até agora vinham funcionando como uma demonstração de eficiência da Justiça contra criminosos de colarinho branco, fossem políticos ou empresários, passaram, a ser contestadas por uma maioria formada na Segunda Turma do Supremo.
Os criminosos não apenas dominam quase todas as comunidades do Rio como fazem valer seu poder sobre bairros vizinhos, a exemplo do que ocorreu no Rio Comprido e na Tijuca.
A posição do ministro da Justiça a respeito da greve do dia 28 de abril deixa um sinal de inquietação. Um sinal comparável à nota que o Planalto soltou no mesmo dia. Não houve uma leitura razoável dos acontecimentos, que não quiserem ou não puderam realizar.