Apesar de vocês
À decisão do TSE, à profunda revolta que provocou, veio se somar, dias depois, o suicídio político do PSDB
À decisão do TSE, à profunda revolta que provocou, veio se somar, dias depois, o suicídio político do PSDB
A situação está de vaca não conhecer bezerro. Esta velha imagem nordestina, muito usada na política, é a que melhor define o quadro atual. Basta ver que os partidos políticos, que já perderam o rumo há muito tempo, agora começam a defender posições opostas às que sempre defenderam, mais perdidos do que cego em tiroteio, outra expressão popular muito conhecida.
O velório de Moreno parecia um daqueles costumeiros jantares que ele promovia, com todos juntos e misturados, formando uma multidão de várias cores e credos. Ele ia gostar. Só faltava a comida de Carlúcia. O clima de confraternização era o mesmo.
Em julho de 1996, quando foi lançado o site Globo On, a orientação era não guardar mais notícias para a edição impressa, era preciso colocá-las na internet o quanto antes. Uma mudança radical no jornalismo, que naturalmente encontrou reações, sobretudo entre os mais antigos. Moreno era um dos mais resistentes na sucursal de Brasília.
Perplexidade parece irreversível, diante da ausência das lideranças para um novo desempenho das esquerdas, e das direitas.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934. Porém, a primeira LDB foi criada em 1961 (Lei 4.024/61), seguida por uma versão em 1971 (5692/71), que vigorou até a promulgação da mais recente, em 1996 (9394/96).
O desconforto evidente de parlamentares chamados de “cabeça preta” do PSDB com a decisão de permanecer apoiando o governo Temer, não apenas com posições programáticas, mas com cargos e ministérios, fica evidente no movimento que já se esboça entre os deputados para votar em bloco a favor de um provável processo a ser pedido pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel temer.
Durante umas duas horas, a conduta civilizada de grupo de adolescentes do ensino médio serviu de contraponto às desagradáveis cenas no TSE.
O presidente Michel Temer é beneficiário no momento de uma afasia política que domina os principais centros de poder no país. Não há um consenso sobre quem assumiria o governo caso Temer fosse retirado do Planalto, e nem há interesse do PMDB, o maior partido do Congresso, de colocar em risco seu predomínio no Legislativo.
Os sambas dos craques de hoje e de sempre são alguns de nossos grandes antídotos contra o veneno da desesperança.
Nas democracias mais maduras, um político mentir, sobretudo se ele é o presidente da República, é razão suficiente para perder as condições de exercer o cargo para o qual foi eleito. O presidente Michel Temer tem mentido tanto nos últimos dias que seus desmentidos perdem o valor de face.
Durante os oito anos do mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, critiquei-o quase diariamente, chegando ao ponto de me considerarem inimigo pessoal dele. No entanto, votei nele para a Academia Brasileira de Letras e fui compensado com uma brilhante palestra que ele fez sobre Joaquim Nabuco.
Educação, saneamento, segurança e previdência custam dinheiro. Exigem que se pare de deixar as reformas para depois.
É inegável que o presidente Michel Temer ganhou um fôlego na sua luta para permanecer à frente da presidência da República com a vitória apertada de ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa verdadeira corrida de obstáculos, resta ainda, porém, a ele enfrentar duras batalhas até setembro, quando, enfim, poderá nomear o novo Procurador-Geral da República e ter um controle mínimo do processo que se desenrola. Mas a vitória no TSE cobrará seu custo, especialmente diante da opinião pública.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a presidência do ministro Gilmar Mendes, caminha para uma decisão no julgamento da chapa vitoriosa na eleição presidencial de 2014 abrindo mão de demarcar uma reviravolta nas nossas práticas eleitorais corruptas, admitidas por todos os ministros que o compõem.