Incríveis crédulos
Incrédulos, assistimos a coisas incríveis. Candidatos que se gabam de não entender nada do que é necessário para governar, ou negam a existência de déficit.
Incrédulos, assistimos a coisas incríveis. Candidatos que se gabam de não entender nada do que é necessário para governar, ou negam a existência de déficit.
“Vim para confundir, não para explicar”, brincava o velho guerreiro Chacrinha, que parece ter inspirado a estratégia do PT nessa disputa presidencial.
As pesquisas eleitorais mostram há mais de ano Lula e Bolsonaro nos primeiros lugares. Toda vez que o brasileiro votou em busca de um salvador da pátria, o resultado não foi bom.
Nestes tempos de incongruências e contradições, algumas perguntas são inevitáveis para tentar explicar certos comportamentos coletivos na hora de decidir.
Todos nós somos arqueiros da vontade Divina. E, portanto, é indispensável saber que instrumentos temos à nossa disposição.
Desde que a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT e um dos nomes cogitados para substituir Lula na disputa presidencial, teve a brilhante ideia de comparar o ex-presidente ao traficante Fernandinho Beira-Mar, pedindo isonomia para que Lula o imitasse dando entrevistas de dentro da cadeia, essa relação entrou no debate político.
Nem sempre as reformas produzidas em nossas escolas foram para melhor. Às vezes até foram movimentos incompreensíveis, como a supressão da educação artística. Somos um povo que aprecia artes, como o cinema, o teatro e a música. Por que não incentivar isso novamente nas escolas?
Bolsonaro, pré- candidato do PSL à Presidência da República, diz que sente em suas viagens que tem mais votos do que Lula. Em qualquer lugar que vá, é recebido por uma multidão de ensandecidos, que o carregam nos ombros e gritam o mantra “mito, mito” como se estivessem hipnotizados.
O maior estímulo à candidatura à Presidência da República de Bolsonaro é a tentativa de Lula de se manter na disputa. A estratégia do ex-presidente é clara, embora seja uma missão quase impossível colocar sua fotografia na urna eletrônica para que seja real o slogan já escolhido: Fulano é Lula, Lula é Fulano.
Tomara que o agosto que começa hoje não confirme a má fama que acumulou ao longo da História, ao servir de cenário de acontecimentos nefastos como alguns dos que têm reforçado a crença supersticiosa.
O mundo como espanto e admiração é a nossa primeira experiência com o ambiente que nos cerca. A voz da mãe, tão viva e contundente na memória ilumina partes secretas do labirinto de que somos feitos. Uma fina membrana nos separa da vida. Agrega e separa, como um sonho fugaz.
Com a decisão da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, de orientar o Ministério Público Eleitoral a atuar nosentido de que sejam respeitadas as condições de elegibilidade definidas em leis como a da Ficha Limpa, a movimentação da militância petista (ou será lulista?) para pressionar o Judiciário está preocupando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), alguns deles também membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As alianças concretizadas ou tentadas para a campanha presidencial mostram o quanto inconsistente é o nosso sistema político-partidário. Não é possível que o empresário Josué Alencar sirva para ser vice tanto do PT quanto do PSDB, e nem que o centrão possa negociar um governo com Ciro Gomes do PDT.
A decisão de Raquel Dodge, na qualidade de procuradora-geral eleitoral, de divulgar instrução normativa orientando todos os procuradores a ingressarem com ações para impugnar candidaturas de políticos condenados em segunda instância, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa, é mais uma sinalização da Justiça de que não permitirá que a insegurança jurídica embaralhe o resultado das eleições de outubro.
O Doutor Bumbum e a Paty Bumbum não foram os primeiros e nem serão os últimos a aplicar o velho e popular conto do vigário. A expressão caiu em desuso; mas a prática, não, como prova a intensa atividade de ilícitos do médico Denis Furtado e da falsa médica Patricia Silvia dos Santos, agora presos.