'Não me esqueci de você'
Espalhei os mimos: o preservativo na mesa de cabeceira, o casal de namorados num armário perto da cozinha, os óculos na escrivaninha.
Espalhei os mimos: o preservativo na mesa de cabeceira, o casal de namorados num armário perto da cozinha, os óculos na escrivaninha.
Já não constitui mais surpresa o fato de que softwares podem superar os humanos em arranjos mentais.
Quando fomos apresentados a Duda Falcão, diretora da escola Eleva de Educação Básica, o mínimo que ela diz é que se trata, em Botafogo, da escola dos nossos sonhos. De fato, a visita é enriquecedora, pois na verdade é um maravilhoso reencontro. Naquelas instalações já funcionaram, com milhares de alunos, o Colégio Anglo Americano e a Sesat, instituição de ensino superior, com os seus cursos de Administração, Comércio Exterior e Informática. Tivemos o prazer de participar desses projetos pedagógicos.
O Teatro Municipal do Rio me conquistou na juventude. Parte da minha vida se divide em antes e depois de alguns concertos e óperas. Uma espécie de memória afetiva prende-me àquele território, na forma de protesto ou entusiasmo, recusa e adesão, jamais indiferente às suas temporadas. Estudava as partituras ao piano, depois de acabar com os discos de vinil de tanto ouvi-los.
Fernandinho Beira-Mar, Elias Maluco e Nem da Rocinha tinham sido transferidos para longe justamente porque constituíam ameaça à segurança pública.
Talvez seja o exercício do óbvio proclamar a necessidade do tempo integral nas escolas públicas brasileiras, mas é preciso repetir essa verdade até que ela se transforme numa realidade.
Durante os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, acredito que o tenha criticado duas ou três vezes por semana. Cheguei a escrever, com ilustrações de Angeli, editado pela Boitempo, um libelo intitulado "O Presidente que Sabia Javanês".
Era só o que faltava. O novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis), negociado na Câmara às vésperas da decisão sobre a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, ganhou um adendo surreal: a permissão para que os condenados por corrupção possam obter descontos e parcelamento da quantia que roubaram do dinheiro público e serão obrigados a devolver aos cofres da União.
Espalhei os mimos: o preservativo na mesa de cabeceira, o casal de namorados num armário perto da cozinha, os óculos na escrivaninha.
Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá rever uma decisão para não entrar em conflito com o Congresso. Desta vez, porém, diferentemente do caso de Renan Calheiros, em que foi preciso alterar uma maioria já dada em plenário para mantê-lo na presidência do Senado, mas fora da linha de substituição do presidente da República, a tentativa de apaziguar a crise dará condições ao plenário do Supremo de analisar um caso genérico sem parecer que os ministros estão tratando da decisão da Primeira Turma sobre o afastamento do senador Aécio Neves.
Em alguns capítulos de ‘A força do querer’, era como se fosse a continuação da cobertura da invasão da Rocinha do ‘Jornal Nacional’.
Deputado quer que rádios públicas sejam obrigadas a tocar músicas religiosas, sob pena de suspensão. Com que legitimidade?.
O caso do senador tucano Aécio Neves, que coloca em xeque uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaça o país com uma crise institucional grave, é consequência de um embate que vem se desenvolvendo desde o julgamento do mensalão em 2011, às vezes sub-reptício, às vezes escancarado.
É uma triste coincidência, e ao mesmo tempo uma explicação, que no mesmo dia em que o Brasil ficou em último lugar entre 137 países na confiança do público nos políticos, esses mesmos políticos se vejam às voltas com acusações de corrupção de todos os tipos, tendo chegado ao Palácio do Planalto formalmente a segunda denúncia contra o próprio presidente da República e seus principais assessores.
Ao mesmo tempo em que começou a tramitar ontem na Câmara o segundo pedido de processo contra o presidente Michel Temer, a Procuradora-Geral da República Raquel Dodge deixou claro que se a Câmara permitir a sequência do processo, e o STF acatar a ação penal, ela prosseguirá “como manda a lei”.