Faca na garganta
O assassinato de um ciclista de 57 anos à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, supostamente por um jovem de 16 anos, provocou intensa reação das pessoas e dos órgãos de comunicação.
O assassinato de um ciclista de 57 anos à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, supostamente por um jovem de 16 anos, provocou intensa reação das pessoas e dos órgãos de comunicação.
A segunda rodada de votação na Câmara da emenda constitucional que põe fim à reeleição dará um bom indicativo de como a medida, vitoriosa por larga margem na primeira votação, repercutiu na sociedade.
A palavra e o sentido não mais são usados, mas era frequente entre torcedores e alguns jornalistas. Significava um tipo de venalidade, então exclusiva aos jogadores e técnicos. Hoje, pode ser aplicada aos cartolas de vários feitios e nacionalidades. A palavra (marmelada) parece adequada.
Edson Leite Faria, de 33 anos, cujo “ateliê” a céu aberto funciona no Posto 10 da Praia de Ipanema, nunca ouviu falar de Michelangelo, Rodin ou Brancusi, nem mesmo sabe que existe em Washington um concorrido campeonato mundial de esculturas em areia com a participação de verdadeiras obras de arte realistas e até hiperrealistas — castelos, personagens históricos ou anônimos em tamanho natural, prédios, enormes monumentos — que em comum têm a natureza perecível do material com que são construídas. Os que reclamam da “obscenidade” dos nossos artistas de praia, com suas mulheres seminuas, precisavam ver alguns exemplares eróticos dos que concorrem naquele certame. O artista que acabo de descobrir aqui perto de casa é, digamos, um naïf, um primitivo. Seu trabalho é uma singela homenagem à cidade e ao bairro.
Condenado fazendo comício político, usando blog para comentar os acontecimentos, dando orientações sobre votações no Congresso, são coisas nossas e apartidárias. Não é apenas José Dirceu quem tem blog, seu delator Roberto Jefferson também, e ambos participam ativamente da política, dando palpites sobre o que está acontecendo, contra ou a favor do governo.
O Brasil é um país de contrastes. Aliás, contrastes e surpresas. Veja-se o caso do ajuste fiscal. O governo realiza um corte profundo nos investimentos sociais, pegando inclusive a educação. No barato, cerca de R$ 9 bilhões foram subtraídos dos projetos governamentais, sacrificando a extensão de metas como Fies e Pronatec, ambos fartamente referidos na campanha eleitoral.
Mesmo que as manobras políticas da Câmara e do Senado sejam mais consequências da tentativa de seus presidentes de pressionar o Palácio do Planalto do que de melhorar nossa legislação, o resultado de debates de temas que o Congresso evita há muito tempo, como a redução da maioridade penal, ou a reforma política, pode ser positivo, pois obriga os políticos a um posicionamento mais claro, e o Executivo a negociar com o Congresso para, no limite, não perder parte de seus poderes.
É impressionante como o PT confunde nas mínimas coisas o público com o privado. Agora vem o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Edinho Silva anunciar que orientou a Caixa Econômica e o Banco do Brasil a veicularem campanhas publicitárias a favor de uma “cultura da paz” entre os brasileiros.
Vivemos todo tipo de preconceito. De cor, status social, sexo, religião e até um discreto deboche contra os baixinhos. Agora, parece que se arma no horizonte uma animosidade contra os mais velhos, que costumamos chamar carinhosamente de "coroas".
Ao contrário da primeira expectativa, as últimas semanas só estão confirmando o avanço e o assento territorial do Estado Islâmico, estendido, agora, à cidade-chave de Palmira, já no próprio eixo da Síria. Trava-se, ao mesmo tempo, a cruzada proposta por Obama, em conjunto com os Estados europeus, quanto ao esmagamento irredutível do "Estado" terrorista. Ainda dentro da segurança de sua erradicação e da torna ao equilíbrio internacional de todo o Oriente Médio, Obama acaba de reiterar, com datas certas, a retirada das tropas do Iraque e do Afeganistão, na réplica contundente ao expansionismo do governo Bush.
Erram os que definem o Estado Islâmico (EI) como se fosse um movimento de pura barbárie e violência, força retrógrada, sem inteligência e apenas autodestrutiva. Não deixa de ser um pouco disso tudo, é bem verdade, embora seja algo mais denso, articulado e perigoso.
A discussão é antiga, mas está de volta agora, depois da série de ataques praticados por jovens assaltantes no Rio. São muitas as questões. Como se explica esse fenômeno em que a violência vem acompanhada de ódio gratuito e requintes de crueldade?
Continua tensa a relação do Palácio do Planalto com os presidentes das duas Casas do Congresso, que buscam novos meios para reduzir o poder da presidente Dilma. Por que será que os presidentes da Câmara e do Senado estão apresentando uma proposta de controle pelo Congresso da indicação dos dirigentes de empresas estatais se a lei já prevê isso, pelo menos para todas as instituições financeiras públicas como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?
Sem nunca falar em reformas e muito menos em revolução, Juscelino Kubitschek conseguira subverter as estruturas básicas da nação, através de seu Programa de Metas. Não mexera no estatuto do campo, não tocara na propriedade privada, não armara esquemas militares paralelos enfim, não se apoiara no tripé clássico de qualquer movimento reformista ou revolucionário.
De todos os pontos da reforma política, apenas aqueles que são fundamentais para as eleições municipais, e por isso têm que entrar em vigor um ano antes, serão apreciados pelo Senado com pressa. O presidente do Senado, Renan* Calheiros, que disputa o protagonismo no Congresso com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem ideias próprias sobre temas da reforma e promete tentar interferir para alterar o atual sistema político-partidário, que considerou "anacrônico e ultrapassado"