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A dança da aprendizagem
Para comemorar os 48 anos do Centro de Integração Empresa-Escola de Pernambuco, comparecemos no Recife ao seminário "Aprendizagem Profissional e perspectivas para a juventude".
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A inédita aceleração da presente crise nacional envolve, também, mudanças na fatalidade dos prognósticos das últimas semanas.
Com a provável aprovação do relatório da Comissão do impeachment a favor da continuidade do processo, a batalha política transfere-se para o plenário da Câmara, onde o governo busca de várias as maneiras, quase todas ilegais ou imorais, montar uma minoria que seja suficiente para barrar o impeachment.
Há 17 anos, houve uma situação parecida como esta, vivida por alguns dos personagens de hoje, mas em posições diferentes.
O que está acontecendo com a dignidade de nossa jovem república e seu frágil corpo democrático? Parece que nos tornamos personagens de um escritor de poucas ideias fixas, como se estivéssemos dentro de uma ficção ordinária, contracenando com atores de terceira, ao longo de um enredo faccioso, pobre de cenário, e inverossímil, sem qualquer espessura ética ou intelectual.
A decisão do Palácio do Planalto de adiar o anúncio de uma suposta reforma ministerial para depois da votação do impeachment leva ao paroxismo a fisiologia política que domina as negociações do governo com o baixo clero no Congresso, uma chantagem explícita.
A permissão para que Lula assuma o Gabinete Civil da Presidência pode até sair, mas dificilmente nessa semana, como Lula anunciou em um palanque no Ceará. O relator no Supremo Tribunal Federal (STF) dos mandados de segurança que impedem o ex-presidente de assumir o cargo, ministro Gilmar Mendes, aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o tema, e ainda ouvirá a defesa de Lula.
Lula, em sua tentativa de ganhar votos contra o impeachment de Dilma, oferece cargos e salários aos deputados que se dispõem a serem “convencidos” por esses argumentos, mas também adverte: o Temer vai montar um ministério de notáveis, e vocês não terão vez no governo dele.
A simples troca de governo não resolverá os problemas nacionais.
Acredito que a maneira que temos para sair da situação crítica em que nos encontramos é tentarmos entender o que ocorreu no país e o conduziu ao impasse.
Dilma e a confusa base que a apoia custaram a encontrar um mantra que pudesse salvar o governo que enfrenta a pior crise política e administrativa dos últimos tempos.
Acusam a imprensa de mentir, passando por cima do fato de que já foramlocalizados milhões de dólares no exterior.
Não foi um drama, mas uma tragédia o que nos prometeu na entrevista Francisco Dornelles, esse mineiro habitualmente comedido.
Mensalão, petrolão, escândalos de corrupção que deixaram marcas indeléveis na história do Brasil, e do partido que se propunha a mudar a maneira de fazer política no país, são consequências quase que obrigatórias da atuação no submundo do crime que sustentou a chegada do PT ao comando do governo federal.
O comentário espontâneo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso sobre a falta de alternativa política no país – “Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder” -, referindo-se aos políticos do PMDB que apareciam na foto da solenidade de desembarque do partido da coalizão governista, reflete a perplexidade que o momento político gera, e não se diga que Barroso, acusado de ser um ministro “petista”, estava se referindo apenas à oposição.