
Pesadelo e final feliz
Confesso que não tenho mais idade para ser submetido a uma experiência como a de ontem. Comecei a ver Brasil x Costa Rica carregado de perspectivas preocupantes e pressentimentos sombrios.
Confesso que não tenho mais idade para ser submetido a uma experiência como a de ontem. Comecei a ver Brasil x Costa Rica carregado de perspectivas preocupantes e pressentimentos sombrios.
Lá vamos nós a caminho de mais uma eleição importantíssima sem termos feito a reforma político-eleitoral...
A seleção brasileira joga amanhã em São Petersburgo um dia depois do começo oficial do verão, o que significa nessa parte do mundo noites mais longas e dias mais curtos. Hoje, com o solstício de verão começando às 10h07m, teremos o dia mais longo do ano. As famosas “noites brancas”, que dão o título e a ambientação de um romance de Dostoiévski, e tornam essa época do ano uma atração turística a mais em regiões do hemisfério norte, momento em que o sol está mais próximo da Terra.
O empate com a Suíça me preocupou menos do que seu possível efeito negativo no estado de espírito do brasileiro, cujo humor, como se dizia na coluna de sábado, véspera do jogo, é ciclotímico, ora está lá em cima, ora lá em baixo. Como o país vem de uma fase ruim em vários setores — crises política, econômica, moral — contava-se com uma vitória no futebol para, por contágio, espantar o baixo astral e a tristeza geral.
Há palavras que, em determinados períodos, ganham força extraordinária. Hoje em dia, coaching está na moda e se aplica aos movimentos de orientação profissional.
O formidável aparato de segurança montado para a Copa do Mundo que acontece na Rússia tem razões politicas internas e externas. O perigo de atos terroristas é real, a ponto de a embaixadas dos Estados Unidos e países europeus terem sugerido a seus cidadãos que não viessem à Copa. O que não impediu que os americanos fossem os maiores compradores de ingressos entre os estrangeiros, seguidos dos brasileiros.
Com a presença de altas figuras da educação brasileira, realizou-se em Comandatuba (Bahia) o XI Congresso Brasileiro de Educação Particular, promovido pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular. No final do conclave, o professor Celso Niskier, reitor da Unicarioca e vice-presidente da ABMES, dissertou sobre o tema “Ensino Superior: Inovação e Inclusão para o Brasil que Queremos”. Houve aplausos generalizados.
Se o Flamengo for campeão brasileiro, e a seleção campeã do mundo, até o Temer se reelege. A frase retumbante me foi dita pelo produtor Luis Carlos Barreto, flamenguista doente, que teme essa mistura de resultados. Não deveria, pois já é consabido que o futebol não dá voto a ninguém, embora os políticos cismem de se aproveitar dele.
José Goldemberg chega aos 90 na plenitude do vigor de sua personalidade e da multiplicidade das suas competências.
Amanhã deverá ser um dia como há muito não se via igual. Os brasileiros, enfim, estarão torcendo por um mesmo lado nas redes sociais, nos bares, nas ruas, em casa e diante da televisão. Sem polarização, sem ódio e sem xingamentos, não serão nem Fla nem Flu, nem esquerda nem direita, nada de coxinhas x petralhas, de golpistas x mortadelas, de neofeministas x feministas, de negros x os não bastante negros. Como no velho hino, todos estarão “ligados na mesma emoção” vibrando pela seleção.
O que você acha da princesa Martha-Louise? - O jornalista norueguês me entrevistava à beira do lago de Genebra. Geralmente me recuso a responder perguntas que fogem ao contexto do meu trabalho, mas neste caso sua curiosidade tinha um motivo: a princesa, no vestido que usara ao fazer 30 anos, mandara bordar o nome de várias pessoas que tinham sido importantes em sua vida - e entre estes nomes estava o meu (minha mulher achou a ideia tão boa que resolveu fazer a mesma coisa em seu aniversário de 50 anos, colocando o crédito "inspirado pela princesa da Noruega" em um dos cantos da sua roupa).
O ódio e o medo são as mais sombrias emoções humanas. Quando a mentira as alimenta e elas passam a ditar opiniões e comportamentos a democracia se torna vulnerável. É o que está ocorrendo no Brasil a quatro meses das eleições presidenciais.
Apropriando-se de uma máxima do idealizador do comunismo Karl Marx, que dizia que a religião é o ópio do povo, o genial Nelson Rodrigues acusava os esquerdistas modernos de acharem que o futebol, sim, é o ópio do do povo. Bem quisera Vladimir Putin que a frase de Nelson, não a de Marx, fosse verdadeira na Rússia de hoje, quando começa para valer a última etapa do seu projeto de “soft power” em relação à Copa do Mundo de futebol.
Quem já morou na Urca nos anos 60, como eu, dificilmente poderia imaginar que o então mais seguro bairro do Rio iria se transformar em um campo de batalha de facções de bandidos capaz de fornecer o seguinte título para a primeira pagina do jornal de anteontem: “Sete corpos achados na Urca”. É um cenário que não tem nada a ver com o território edênico, modelo de segurança pública, onde me casei, onde meus filhos nasceram e foram criados.
Se pudesse escolher melhor situação dias antes da abertura da Copa do Mundo, Vladimir Putin não faria por menos: Trump, alegadamente para mostrar-se forte diante do ditador norte-coreano Kim Jong Un, desmoralizou os demais presidentes do G-7 não assinando a declaração final do encontro, e dizendo que ele teria mais relevância se a Rússia estivesse presente.