Narrativa política
A proposta da equipe econômica, comandada por Paulo Guedes, está sendo acompanhada de uma narrativa política que fez falta nas últimas tentativas de reformar a Previdência.
A proposta da equipe econômica, comandada por Paulo Guedes, está sendo acompanhada de uma narrativa política que fez falta nas últimas tentativas de reformar a Previdência.
Em poucos dias os brasileiros conviveram com duas faces desse governo. Ontem, os projetos apresentados pela equipe de economia, chefiada por Paulo Guedes, para implantar o que chamam a Nova Previdência.
O que mais impressiona nos áudios das conversas entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro Gustavo Bebianno é a sua irrelevância.
Este governo mal começou, e começou muito mal: até aqui não precisou da oposição para atrapalhar, bastaram os filhos parlamentares.
Ao definir como “de foro íntimo” os motivos para a demissão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da presidência da República, seu ex-amigo Gustavo Bebianno, o presidente Bolsonaro revela muito mais do que parece, não se sabe se intencionalmente.
Chegamos à metade dos tais cem dias de lua de mel do governo. Teve de tudo : Davos, caso Queiroz/Flávio, cirurgia, Brumadinho, pacote penal, circo no Senado, incêndio no CT do Flamengo, laranjal no PSL desmentido, fritura.
Escrevi sobre o empoderamento feminino lá em casa (O DIA de 28/1/19) e deixei de propósito para citar a minha irmã em separado.
O tema da identidade é parte da pauta da política externa dos países.
O caso Bebianno não poderia se encerrar com a aparente derrota de Carlos Bolsonaro, o filho 02, ou a do próprio presidente, obrigado a suspender, pelo menos temporariamente, a demissão do chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
A crise que culminou com a queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência guarda dentro de si uma crise maior, alimentada pelo próprio Governo, a crise da democracia representativa.
No Maranhão não existe mais horário de verão, sentido pela população apenas nas mudanças dos programas de televisão.
A crise desencadeada pelo vereador Carlos Bolsonaro, desmentindo pelo twitter o ministro–chefe da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno, tem um aspecto que a torna ainda mais perigosa em termos institucionais.
A família Bolsonaro parece gostar de um enfrentamento. Ontem à noite, o presidente avalizou pelo twitter uma afirmação do filho Carlos, que desmentia o ministro da Secretaria-Geral da Presidencia, Gustavo Bebianno, que dissera que mantivera contato com Bolsonaro no hospital.
Como já estão querendo jogar a culpa no acaso e na fatalidade, é importante lembrar o que afirmou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge: “O Brasil passa por uma sucessão de fatos e desastres evitáveis e preveníveis”.
O DEM é o caso mais curioso de empoderamento político dos últimos tempos, pois aparentemente tem o controle das presidências da Câmara e do Senado, e a lideranças do maior bloco na Câmara, mas, na prática, não teve interferência política nessa composição.