
Artigo
Três Prêmios, tantos valores
Três prêmios internacionais, concedidos na Europa numa única semana, lançam luz sobre valores humanistas de que a cultura ocidental costumava se orgulhar nos últimos séculos e, de repente, resolveu consagrar fora de suas fronteiras. Em três dias seguidos, vimos nos jornais as fotos sorridentes dos asiáticos contemplados, cada um na sua vitória individual. Bem diferentes. Mas ligados em suas conquistas. No dia 12 de outubro, a indiana Kiran Desai surgiu como a mais jovem ganhadora do Booker Prize, o mais importante prêmio literário inglês. Era considerada um azarão, mas não se pode dizer que a decisão tenha sido uma surpresa. Para começar, é freqüente que os azarões ganhem esse prêmio (foi o caso, no ano passado, do excelente romancista irlandês, John Banville).
Um intérprete do Brasil
Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 25/10/2006A pergunta apareceu no site Yahoo Respostas: "Alguém conhece um livro chamado Bandeirantes e pioneiros, de Vianna Moog?". A indagação, por todos os motivos meritória - afinal, o melhor jeito de descobrir as coisas é perguntar -, faz pensar sobre a memória cultural do país. A obra de Vianna Moog (1906-1988) marcou época; foi um dos textos mais discutidos em nosso país. Mas, ao que tudo indica, pode ter caído no esquecimento. Por isso é tão oportuno o centenário de nascimento de Clodomir Vianna Moog, no dia 28 deste mês: evoca uma figura singular de nossa literatura que, para nosso orgulho, era gaúcho.
Cúmplice dos desertos
Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/10/2006Enfim, também sou filho de Deus, e chegou o meu dia. Anos e anos acumulando fracassos, quebrações de cara, o diabo, eu deveria merecer uma compensação, nem que fosse por direito de antigüidade e insistência.
Do dever cívico de outros tempos
Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/10/2006Eu despia as bermudas e vestia calças -o dever cívico exige a mínima compostura das calças
Segundo mandato
Folha de São Paulo (SP), em 27/10/2006Salvo um imprevisto de caráter explosivo, o presidente será reeleito. O que significa um segundo mandato de Lula?
Opinião: A Democracia
Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 27/10/2006Na Pnix, em Atenas, os gregos reuniam a ecclêsia, os 6 mil que decidiam, no voto, o destino da cidade. A democracia era direta ou exercida pelo boulê, grupo de 500 escolhidos pela sorte. Não era, ainda, o que chamamos de democracia representativa, embora sem dúvida esta proporção de 1/12 dos cidadãos represente muito mais fielmente a cidade que os parlamentos atuais (um parlamentar para 200 mil a 600 mil cidadãos).
A nova esquerda, já
Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 27/10/2006Os debates do segundo turno tornaram nítidos os ganhos profundos da consciência cívica brasileira diante da volta às urnas. Vamos, de fato, a um plebiscito em que o voto contra Lula tornou clara as alternativas para o nosso processo político. Ao contrário do esperado, não aumentou o coeficiente dos votos nulos, como sepulcro dos votos radicais ou da ingenuidade do bom mocismo, diante do dilema básico esboçado pelo 1° de outubro.Alckmin encarregou-se de passar o óbvio a limpo, na exuberância do que seja o Brasil do status quo, que não precisa de programa., nem de qualquer surpresa quanto a para onde não vamos. Esgotou, no primeiro round, toda munição, como é próprio à arremetida do denuncismo moralista, e de logo começou a queda crescente de votos, o que comprova o desinteresse por qualquer debate como tira-teima eleitoral.Ficou em meio a meio o apoio do "Brasil-bem" à oposição frente ao petista, intacto na sua ressonância no país de fora e na paciência de esperar por um segundo mandato, apesar de Lula. Sem o PT e sem herdeiros, reforça-se do ativo inesperado ganho em toda a "virada de página" entre os dois eleitorados que ora foram ao "plebiscito". Não se trata dos vaticínios do país, por uma vez, geograficamente rachado, nem de uma nação exposta ao dilema de pobres e ricos, no exaurido chavão. É o país da nova prosperidade, ao contrário, o que votou em Lula, na força do crescimento comparado atual do Norte e do Nordeste, frente à quebra do Rio Grande e às situações de decadência enfrentadas em tantas faixas econômicas do Sul.O que calha, afinal, na opinião pública, não é o que se inventa, mas o que, afinal, se desvela como avanço de uma toma de consciência pela mudança. Não se a faz sem o reclamo da presença do Estado no desenvolvimento, em modelo oposto ao das privatizações e ao da lógica pregressa, em que um novo tucanato continuaria o governo FH.No jogo das acusações mútuas, dos exageros e das mentiras, não se pode sempre enganar o inconsciente coletivo. Nessa dimensão, quem sofre da marginalidade coletiva é que encontra o rumo de vencê-la, por um sentido básico de sobrevivência, e vê o voto como opção política decisiva. Tanto a repetição da denúncia da corrupção choveu no molhado de sempre, tanto chegou à consciência nacional o risco da privatização, como fecho e rumo sem volta da prosperidade neoliberal.Defensiva. Definiu-se o "plebiscito", no recuo fatal de Alckmin, no perder o bonde do moralismo, para refugiar-se na patética negativa de que não disse o que disse. A jaqueta do tucano, coberto dos dísticos e insígnias sôfregos da Petrobrás, gritava o travestismo político, passado à melancólica defensiva a partir daí nos debates.O segundo turno permitiu, de vez, esse avanço histórico, em dois tempos, do que seria, em caso contrário, a regressão pindamonho-tucana. Os primeiros dias do novo mandato consagrarão toda uma nova esquerda, na garantia dessa presença do Estado na nova prosperidade do país, do realismo das políticas sociais, saídas dos escrúpulos do desenvolvimento medroso e, sobretudo, das trampas que podem implodir os meses da lua-de-mel do "segundo" Lula. Não vamos perdê-la no fantasma da corrupção, levando às novas desmoralizações dos processos dos sanguessugas e mensaleiros sobreviventes, nem acreditar que é pela reforma política que se dá o passo adiante, tanto o caixa 2 foi o grande vitorioso da reeleição, e o sistema está aí ainda para ficar. Uma nova esquerda, para além do PT, e curada dos pruridos da radicalidade, saída da enfermaria de Heloísa Helena, e fiel ao sentido da nação de Leonel Brizola, tem prazos mínimos para impedir que a clientelização do sistema se transforme no consolo tardio da detergência tucana.
Notícia
ABL celebra o centenário de nascimento de Hannah Arendt
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
Às 17h30 de hoje, a Academia Brasileira de Letras promoverá uma mesa-redonda para comemorar o centenário de nascimento da pensadora alemã Hannah Arendt...ABL celebra o centenário de nascimento de Hannah Arendt
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
Assista ao vivo o debate de intelectuais e acadêmicos sobre a pensadora alemã Hannah Arendt.ABL promove seminário sobre Arquitetura e Urbanismo
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
Nessa quinta-feira, 9 de novembro, a Academia Brasileira de Letras dará continuidade ao Seminário “Brasil, brasis” com o tema “Arquitetura e Urbanismo como Expressão Artística e Bem-Estar Social”...Arnaldo Niskier: "Lnga ñ pde mpbcr"
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
Em entrevista ao jornal Tribuna da Imprensa (RJ) do dia 06/11/2006, o acadêmico Arnaldo Niskier condena a linguagem utilizada pelos jovens na internet.Ciclo de História e Literatura continua na Academia
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
A partir das 17h30min desta terça, a Academia Brasileira de Letras dá continuidade ao 9º Ciclo de Conferências de 2006 sobre “História e Literatura”, ...ABL celebrou o centenário de nascimento de Hannah Arendt
Publicada em 05/11/2006 (atualizada em 06/11/2006)
A Academia Brasileira de Letras promoveu uma mesa-redonda para comemorar o centenário de nascimento da pensadora alemã Hannah Arendt...Presidente da ABL é homenageado pelo Consulado da Itália
Publicada em 01/11/2006
O Acadêmico Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras, receberá a condecoração