
Nove de Julho
Pondo de lado os seus instrumentos de trabalho, levantou-se o povo paulista à altura de sua responsabilidade cívica.
Pondo de lado os seus instrumentos de trabalho, levantou-se o povo paulista à altura de sua responsabilidade cívica.
Leio espavorido que professoras têm sido atacadas por alunos mal criados. Não há o que defender nessa raça de maus bofes.
Renan deve simplesmente renunciar, para que não macule a lei moral com que foi batizado o Brasil.
Há várias interpretações para as vaias. Que cada um encontre a de sua conveniência. No fim, não dará em nada.
Estou viajando de carro pela França com Moebius, um dos mais famosos desenhistas de quadrinhos do mundo e responsável pelas ilustrações de “O alquimista”. Chove, e ele aproveita para desenhar nos vidros embaçados. “Em certas ocasiões”, começa a dizer Moebius, “o pessimismo pode ser uma grande força de transformação. De tanto enxergar o lado escuro da vida, as pessoas acabam no fundo do poço. Mas, no meio da escuridão total, algo de tranqüilizador acontece a elas”. E ele continua: “Já que as pessoas sabem que não podem descer para baixo, só lhes resta uma alternativa: começar a subir de volta. Então os valores mudam, a esperança renasce e o caminho de volta é feito com sabedoria”. Creio que é um processo em que os riscos envolvidos são exatamente grandes. Se vislumbrarmos a luz, é melhor largar tudo e segui-la. Mas Moebius pensa diferente, e eu resolvi registrar sua opinião aqui.
Nos chás que antecedem as sessões da Academia Brasileira os confrades costumam me assediar sobre temas da corte brasiliense. Fujo deles. Brincam comigo dizendo que é para minorar meus arroubos de pernambucanidade. Esses, não os dispenso. Pernambuco é a minha idéia fixa.
Nenhuma religião consegue sobreviver apoiada só em milagres. Os milagres podem ser o começo de tudo, mas a natureza humana logo se acostuma com o sobrenatural e passa a tratá-lo de maneira displicente, como se fosse uma coisa comum. A busca espiritual, esta sim, sobrevive porque existem pessoas muito capazes de se aventurar no desconhecido. Claro que, além de muita coragem, é preciso ter paciência para escutar comentários irônicos daqueles que acham que a razão é capaz de resolver todos os problemas do universo. Certa vez, um produtor que trabalhava na TV BBC procurou o franciscano Agnellus Andrew, exigindo uma prova de existência do Céu e do Inferno. A resposta do padre veio curta e direta: “Basta morrer”.
Em um lugar que fica entre a França e a Espanha existe uma cadeia de montanhas. E é exatamente nesta cadeia de montanhas que fica uma aldeia chamada Argeles. E é nesta aldeia que existe uma ladeira que leva até o vale. Todas as tardes, um velho sobe e desce a ladeira. Quando fui para Argeles pela primeira vez, não reparei nisso. Já, da segunda vez, vi que um homem sempre cruzava comigo. E, cada vez que eu ia àquela aldeia, reparava mais e mais detalhes nele – a roupa, a boina, a bengala, os óculos. Hoje em dia, sempre que eu me lembro da cidade, também penso naquele velhinho - embora ele não saiba disto. Uma única vez tive a oportunidade de conversar com ele. Querendo fazer uma brincadeira com aquele senhor, perguntei: “Será que Deus vive nestas lindas montanhas que estão todas a nossa volta?”. “Deus vive”, disse o velhinho para mim, “exatamente nos lugares onde deixam Ele entrar”.
Publicada em 18/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Leia na íntegra a notícia veiculada na coluna de Marcia Peltier, no Jornal do Commercio, sobre o livro "História da Literatura Brasileira", de Carlos Nejar.
Publicada em 17/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Cerca de 200 pessoas ovacionaram o documentário "Português, a Língua do Brasil".
Publicada em 17/07/2007
Visita Guiada e Espaço Machado de Assis da ABL são destaques no caderno Rio Show, do jornal O Globo. Segundo o colunista João Sette Camara, "um programão".