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Renan, ainda e sempre

 

Renan deve simplesmente renunciar, para que não macule a lei moral com que foi batizado o Brasil.


Voltamos ao caso Renan Calheiros, que já está enjoativo, como já disse em artigo recente. Renan pode usar vários argumentos em sua defesa, inclusive a traição à esposa, mas o que ele não vai conseguir é uma adesão ao seu caráter, que continuará maculado por ele ter sido o causador da desmoralização da mais alta tribuna legislativa do Brasil. Evidentemente, o senador Renan Calheiros teria que ser purgado de seus pecados veniais, entre eles a traição à sua esposa e a venda de gado, que um boiadeiro experimentado duvida. Compreendemos que o presidente do Senado não queira deixar o cargo, o mais alto do legislativo brasileiro, mas quem seleciona uma carreira deve cumprir com o seu dever, segundo a natureza mesma da carreira, que o obriga ao cumprimento de deveres morais puros e sem corrupção.


Ao nosso ver, o presidente do Senado, Renan Calheiros, deveria simplesmente renunciar ao cargo, deixando a presidência do Senado para que não a macule com comportamento hostil à lei moral com que foi batizado o Brasil.


Renan Calheiros já quis provar sua inocência. Não se sabe ao certo com que argumentos iria convencer os seus confrades de que não pecou, pois é sabido, publicamente, que faltou com a lei moral, base do sistema democrático. Entendemos que o regime já tem suficiente tempo de vida para se ajustar a princípios morais que levem todas as gerações - desde as infantis às mais velhas a - pugnarem pela qualidade política de nosso povo e pela confiança que eles depositam em seus representantes, irmanados na defesa da lei moral que, sem dúvida, é o que está faltando aos titulares do Senado.


Fica aqui mais um artigo sobre Renan Calheiros e sua crise no Congresso.


Diário do Comércio (SP) 11/7/2007