Lições da história
Estamos vivendo um cabo de guerra entre a anarquia e a hierarquia dentro das Forças Armadas, especialmente no Exército.
Estamos vivendo um cabo de guerra entre a anarquia e a hierarquia dentro das Forças Armadas, especialmente no Exército.
A maioria dos juristas que têm se pronunciado sobre o assunto acha que o Congresso não tem condições de convocar o presidente da República à CPI.
Bolsonaro está levando os militares a uma situação limite, como, aliás, fez constantemente enquanto estava na ativa.
O presidente Bolsonaro, ao que tudo indica, conseguiu convencer os militares de que a política vive de aparências e de promessas vãs, que não precisam ser cumpridas.
Além das mentiras já comprovadas do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que o noticiário em tempo real já explora desde ontem, e os jornais de hoje estão certamente aprofundando, os depoimentos à CPI da Covid até agora estão desvelando a maneira primitiva com que as decisões não são tomadas no governo Bolsonaro.
Os dados e os fatos são contra o ex-ministro Eduardo Pazuello.
O presidente Bolsonaro, cujos atos estrambóticos levaram o país à desmoralização internacional, é o tipo político que chega ao governo central do país como consequência de uma disfunção eventual da democracia.
A semana da CPI da COVID pode reservar surpresas, porque a verdade que o governo tenta encobrir já é do conhecimento de todos.
A instalação da CPI da COVID-19 trouxe à discussão, de maneira colateral, um problema brasileiro que talvez tenha no deputado Bonifácio de Andrada, de Minas Gerais, que morreu em janeiro, um exemplo radical.
É formidável que uma pessoa de 90 anos, como Fernando Henrique Cardoso, continue em atividade e tenha influência no país.
Que o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro Fabio Wajngarten mentiu na CPI da Covid, disso não há dúvida.
A investigação da CPI sobre a ação do governo na pandemia só tende a piorar e a cada momento que mais gente vai falando por lá, vemos que perdemos quase um ano com as vacinas.
O esquema de desviar verbas através de emendas do Congresso, já usado em governos anteriores, como no escândalo dos “anões do Orçamento”, se repete agora de outra maneira, demonstrando como a criatividade dos corruptos é infindável.
O esquema de desviar verbas através de emendas do Congresso, já usado pelos “anões do orçamento” e que se repete agora de outra maneira, mostra como a criatividade dos corruptos é grande.
O formidável Tim Maia eternizou uma máxima brasileira que demonstra como, entre nós, o paradoxal acaba sendo normalizado, às vezes em decorrência de uma afabilidade presumida.