Os ritos na sociedade
É esquizofrênica a decisão do STF de acumular as funções de julgador, investigador e acusador na mesma pessoa.
É esquizofrênica a decisão do STF de acumular as funções de julgador, investigador e acusador na mesma pessoa.
Não é possível termos no país figuras poderosas que são, ao mesmo tempo, inatingíveis, inatacáveis e inimputáveis, por melhores que esses juristas sejam.
Depois entendeu que o poder político havia voltado aos civis, foi para o Congresso e passou a ser um interlocutor importante no governo Lula, apoiando o lado da política de desenvolvimento social do governo.
Entre as estratégias para montar um texto político, está “escamotear a verdade dos fatos”. “A falácia, a falsidade e a desfaçatez, que seriam condenadas em outros gêneros textuais, figuram como ingredientes naturais do texto político”, ressalta o filólogo.
O Brasil armou todo esse imbróglio diplomático ao colocar suas fichas num político grosseiro e autoritário, que fala com um passarinho que encarna a figura de Chávez e lhe dá conselhos — tão crível quanto as atas que pode estar falsificando nos bastidores do governo.
O debate sobre o equilíbrio das contas públicas terá hoje um desdobramento que deve levar o Senado a entrar em conflito com o governo no que concerne às prioridades dos cortes de gastos.
O Brasil está fazendo uma escolha, apostando num futuro que nada indica que vá mudar tão cedo, se afastando das principais potências do Ocidente, para se aliar a ditaduras do Oriente Médio, da Rússia e da China.
O presidente Lula, que se define como uma “metamorfose ambulante”, certa vez assegurou que a “evolução da espécie humana” é o centro político. Por isso, pessoas com mais de 60 anos tenderiam “ao equilíbrio” porque “idoso esquerdista tem problema”. Mas Lula já disse também que é de esquerda, mas que seu governo não é. Esse malabarismo retórico pode ser a explicação mais simples para a confusão em que o Brasil se meteu nessa questão da Venezuela. Uma cegueira deliberada.
O governo brasileiro coloca em risco sua reputação e liderança regional para apoiar um ditador que não tem a menor importância política.
A presença de Celso Amorim carimba oficialmente o governo Lula como um governo amigo da Venezuela, o que, de saída, transforma as impressões do enviado especial brasileiro em tendenciosas a favor de Maduro, o que não é bom para o Brasil como líder regional respeitado.
Maduro foi especialmente malicioso com seus companheiros de esquerda Lula e Gustavo Petro. Colocou-os ao lado do protótipo do direitista raivoso, Donald Trump
Bolsonaro não conseguiu formar um partido seu. Já passou por mais de dez legendas sem deixar sua marca, embora tenha transformado o PL no maior partido brasileiro.
Fica cada vez mais difícil para o governo brasileiro sustentar que na Venezuela há “democracia até demais”, como já disse Lula. Uma frase como a dita por Maduro elimina qualquer possibilidade de classificá-lo como “um democrata”, ou seu governo como uma “democracia”.
Fatos preocupantes mostram que estamos vivendo não mais numa República, ou quase isso, no limite de um governo disfuncional em que, dependendo do momento, um dos três Poderes se impõe e é acobertado pelos outros dois, o que pode ser indicativo de um regime autoritário à vista.
Não acredito que atentados a Trump e Bolsonaro tenham sido farsas políticas, como setores da esquerda querem fazer crer