Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Maioria em teste

    Em tempos normais, em que o governo poderia esperar o apoio do PMDB para impedir a convocação da CPMI sobre a Petrobras, dificilmente a oposição teria êxito na empreitada. Mas a chamada “maioria defensiva” no Congresso pode não funcionar se o mal-estar entre a base aliada e o governo não for desfeito.

  • O enigma Dilma

    Estar em São Paulo entre investidores internacionais no dia em que a agência Standar’s and Poors rebaixou a nota do Brasil é uma experiência interessante. O sentimento generalizado é que não aconteceu uma tragédia, mas há uma genuína ansiedade sobre como o governo brasileiro se comportará diante da adversidade que o rebaixamento representa.

  • Pedra sobre pedra

    Várias comissões da Câmara e do Senado estão convocando ministros, diretores e ex-diretores da Petrobrás para explicarem a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, a que deu um prejuízo bilionário em dólares à estatal brasileira devido a relatórios “falhos técnica e juridicamente” na definição da presidente Dilma.

  • Queda confirmada

    Na semana passada já havia acontecido a mesma coisa, mas não passou de especulação: a Bolsa subiu a partir do boato de que o Ibope detectara uma queda da candidatura da presidente Dilma que acabou se confirmando apenas em parte naquela ocasião.

  • Tendências

    As duas pesquisas do Ibope divulgadas com a diferença de uma semana, realizadas praticamente no mesmo período de março, a de intenção de votos entre 13 e 20 e a de popularidade entre 14 e 17, mostram sem dúvida uma tendência de queda na aprovação do governo, mas mantém a presidente Dilma na dianteira da corrida presidencial graças a eleitores que apesar de avaliar seu governo como razoável, mesmo assim a preferem às opções existentes na oposição.

  • Voto esclarecedor

    O voto do ministro Luis Roberto Barroso, relator do processo do chamado “mensalão do PSDB mineiro”, que enviou para a primeira instância da Justiça de Minas a acusação contra o ex-governador e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo depois que ele renunciou ao mandato de deputado federal, tem servido aos petistas e suas redes de blogs militantes, pagos ou não, como prova de que a Ação Penal 470, a do “mensalão petista”, teve um tratamento de exceção, pois deveria ter sido desmembrada e enviada para a primeira instância no que tange aos réus que não tinham mandato parlamentar, como o ex-ministro José Dirceu.

  • Tempos de guerra fria

    No terceiro e último ciclo sobre o golpe de 64 promovido pela Casa do Saber/O Globo, me coube fazer ontem a mediação do debate sobre as lutas ideológicas e a geopolítica internacional do qual participaram o jornalista e escritor Fernando Gabeira, ex-deputado federal; o escritor Mário Magalhães, autor da biografia de Marighela e Celso de Castro, diretor do Cepedoc da Fundação Getulio Vargas e especialista na história dos militares brasileiros. Discutimos como o cenário internacional interferiu nos acontecimentos que antecederam e culminaram no golpe militar, a partir da “guerra fria”, a disputa entre os dois grandes blocos, divisores do mundo à época depois da Segunda Guerra Mundial: o capitalismo representado pelos Estados Unidos e o comunismo pela União Soviética.

  • Arma (nada) secreta

    Meu comentário para o Globo a Mais de ontem foi sobre a estratégia do candidato tucano para enfrentar a ameaça da candidatura Lula, tida pelo senso comum como imbatível. Comentei que ao tratar abertamente da possibilidade de o ex-presidente Lula vir a disputar a presidência da República já este ano, em lugar de Dilma, o senador Aécio Neves atacou dois problemas de uma vez só: ao mesmo tempo em que enfraquece sua provável adversária direta, que continua sendo a candidata natural do PT mesmo com as dificuldades de seu governo, trata de esconjurar o fantasma da candidatura Lula, vista pelos petistas como a bomba atômica que o PT tem para acabar com a guerra em caso de necessidade.

  • Minoria ameaçada

    A oposição levará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, de, na prática, acatar a manobra situacionista e aceitar a realização de uma CPI da Petrobrás enxertada de questões regionais que procuram atingir os dois principais candidatos oposicionistas à presidência da República: uma investigação sobre o porto de Suape, em Pernambuco, e as denúncias de cartelização no metrô paulista nos governos tucanos desde Mario Covas.

  • Fora do compasso

    Curiosamente a presidente Dilma tem feito tudo certo com relação à compra da usina de Pasadena pela Petrobrás, mas com oito anos de atraso. Mandou demitir o diretor a quem atribuiu um relatório falho que induziu o Conselho que presidia ao erro e, diante da afirmação de seu advogado de que recebera os documentos completos sobre as compra com 15 dias de antecedência, negou peremptoriamente a versão.

  • Qual mudança?

    O problema tanto para Dilma quanto para os candidatos oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos do PSB, é que, no momento, por paradoxal que pareça, o símbolo da mudança por que tanto anseiam os brasileiros é o ex-presidente Lula, que aparece em dois dos cenários da pesquisa Datafolha como o grande vencedor, com variação de apoio entre 48% a 52%, mesmo caindo quatro pontos nos dois cenários. Lula, com 19%, é também o candidato com menor índice de rejeição, enquanto Dilma, Aécio e Campos todos estão na mesma faixa de 33%.

  • O gesto e o fato

    Depois de meses acompanhando o julgamento do mensalão, já é de conhecimento público que o crime de corrupção passiva, descrito no artigo 317 do Código Penal, é de mera conduta, sendo consumado com o simples ato de "aceitar promessa” de vantagem, sendo desnecessário o recebimento da propina. Deste ponto de vista, basta o diálogo entre o agora deputado federal petista licenciado André Vargas e o doleiro Alberto Youssef para caracterizar a corrupção.

  • Lula e a presidente

    Acredito que o ex-presidente Lula esteja falando a verdade quando garante que não pretende se candidatar novamente à presidência da República. O que não quer dizer que não venha a sê-lo. Nada mais verdadeiro, embora trivial, do que a comparação da política com uma nuvem que vai mudando de forma à medida que passa, feita pelo ex-governador mineiro Magalhães Pinto, muito em voga nos últimos dias devido a seu papel no golpe militar de 1964.

  • Fracasso anunciado

    Em ano eleitoral, em que a diferença entre a percepção e a realidade amplia-se muito devido à disputa política, há pouco espaço para uma análise mais profunda acerca das limitações do modelo econômico vigente, embora elas possam estar apontando para épocas futuras mais sombrias. É por esta razão, e com visão crítica, que os economistas Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman,escreveram o livro "Complacência – Entenda por que o Brasil cresce menos do que pode”, publicado pela da editora Campus, lançado esta semana.

  • Cidadania participativa

    A discussão sobre a eficácia da democracia representativa no mundo moderno, com a exigência cada vez maior por parte dos cidadãos de participação nas decisões dos governos, é o ponto central dos debates nos dias de hoje, e surgem diversas experiências na tentativa de ampliar a representatividade dos eleitos. Na definição do ex-presidente Fernando Henrique, é preciso unir o demos (povo) à res pública (coisa pública) sem que as instituições deixem de funcionar.