Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Sem expectativa

    Não existe nada que agregue mais na política do que a expectativa de poder. Agrega mais, em certas circunstâncias, que o poder presente, finito por definição. Essa "sabedoria política" anda muito presente nas conversas brasilienses, à medida que cresce a sensação na sua base aliada de que a própria presidente Dilma parece admitir ter um mandato datado, que se encerra em 2014.

  • Apoios à faxina

    Não é nem preciso ser bom entendedor para compreender a razão da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na solenidade de lançamento da campanha Brasil Sem Miséria ontem, no Palácio Bandeirantes, em reunião da presidente Dilma com os governadores do Sudeste.

  • Mobilização

    Por mais que os principais líderes da base aliada, e em especial a própria presidente Dilma Rousseff, tentem esvaziar de sentido político a luta contra a corrupção, transformando a já célebre "faxina ética" em uma invenção da mídia, ou consequência natural de casos pontuais de denúncias, sem que haja um combate sistêmico determinado como agenda política do governo, o processo dificilmente será estancado, embora já esteja claro que ele pode se transformar em "fogo de palha" sem um forte movimento da sociedade.

  • O papel de Dilma

    Por duas vezes semana passada ouvi referências sobre a teoria dos papéis, a primeira delas em palestra do antropólogo Roberto DaMatta que, partindo de seu trabalho sobre o espaço da casa e da rua na nossa realidade, analisou questões éticas da sociedade brasileira à luz dos papéis sociais que desempenhamos.

  • Mais do mesmo

    O Brasil tende a aderir aos principais países ocidentais e reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Líbia como o verdadeiro governante do país, mas só depois que a Liga Árabe e outros países da região como o Egito, a Tunísia e a Autoridade Palestina deram seu "apoio pleno" aos rebeldes líbios.

  • Guerras internas

    Mais uma vez a reação da chamada sociedade civil organizada consegue reverter uma decisão no mínimo polêmica dos políticos de Brasília. Desta, os deputados indicados por PT e PMDB para a presidência e a relatoria da comissão que vai estudar as mudanças no Código de Processo Civil "desistiram" da indicação depois que a OAB e várias outras associações protestaram.

  • Apoio paralelo

    O trabalho paralelo que o ex-presidente Lula vem fazendo no seu instituto, despachando com ministros e recebendo políticos para montar estratégias eleitorais, inclusive para a disputa da Prefeitura de São Paulo no ano que vem, acabará se transformando em um apêndice do governo Dilma, naturalizando uma interferência que deveria ser rejeitada pela presidente de direito, mas que é até bem-recebida.

  • Transição

    Na segunda-feira dia 15 de setembro de 2008, quando ficou explicitada nos Estados Unidos a falência do Banco Lehman Brothers, desencadeando a maior crise financeira desde o crash da Bolsa de 1929, o então presidente Lula se reuniu na sede do Banco do Brasil com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco do Brasil, Lima Neto, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e dois economistas de sua confiança: Delfim Netto e Luiz Gonzaga Belluzzo.

  • Abrindo caminho

    Certamente não foi por acaso que o ministro Gilberto Carvalho, percebido como o representante de Lula no Ministério de Dilma, passou a dizer nos últimos dias que o PT não deve cultivar saudosismo do ex-presidente, e sim trabalhar para criar as condições para que a presidente possa se candidatar à reeleição em 2014.

  • Mais uma tentativa

    Mais uma vez o Partido dos Trabalhadores tenta retomar a discussão sobre o que chamam de "controle social da mídia" ou sua "democratização", que na verdade significa a tentativa de controlar os meios de comunicação que se pautam por uma postura independente em relação ao governo.

  • RDC em discussão

    Participei na segunda-feira de um debate sobre o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e vários pontos que estão sendo questionados pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foram abordados pelo presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Benjamin Zymler, que, embora ressalvasse não estar dando a posição institucional do TCU, se mostrou bastante favorável às inovações do RDC, que considera "um excelente regime no seu maior percentual", que aperfeiçoa a Lei 8.666, que rege as licitações.

  • Contraponto

    O PMDB está fazendo um movimento em direção à classe média em oposição ao PT, anunciando a divulgação de um documento no seu fórum nacional ainda esta semana onde se posicionará contra a criação de um imposto semelhante à CPMF para financiar a Saúde, e também contra qualquer tentativa de controle da mídia.

  • Mudança de critério

    O mais importante na demissão de mais um ministro do governo Dilma, o quinto em menos de oito meses - um recorde negativo inacreditável - é a mudança, mesmo que tímida, nos critérios de preenchimento do cargo, que pode sinalizar um avanço na maneira de organizar o presidencialismo de coalizão.

  • Os royalties da discórdia

    Os estados produtores de petróleo, especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, com a adesão de São Paulo, estão reagindo à tentativa do governo federal de alterar a divisão dos royalties do petróleo mesmo nos campos já licitados. Isso reduziria a receita que já lhes pertence de direito nos campos do pós-sal em produção no modelo de concessão e nos do pré-sal já licitados também no regime de concessão, além de mudar a distribuição nos campos do pré-sal a serem licitados pelo novo sistema de partilha.

  • No Tribunal

    O que se temia está prestes a acontecer: a disputa pelos royalties do petróleo caminha para ser decidida na Justiça, com ambos os lados se armando de pareceres. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) contratou o jurista Célio Borja, ex-membro do Supremo Tribunal Federal, para defender os interesses do Estado do Rio. E o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) considera que a proposta dos estados produtores de aumentar o pagamento das participações especiais por parte das petroleiras fere os contratos já existentes e ameaça também entrar na Justiça, como anunciara o presidente da Petrobras.