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Senhor Deus dos desgraçados
O que estará em questão na Europa é a vitalidade das duas forças que sustentam o Ocidente: o Cristianismo e os direitos humanos
O que estará em questão na Europa é a vitalidade das duas forças que sustentam o Ocidente: o Cristianismo e os direitos humanos
Cidade vive a somatização da crise: sintomas físicos em consequência da insegurança econômica, da desorientação do governo e da incerteza geral
A 1 de maio de 2008 escrevi uma coluna intitulada “O moderno e o arcaico” para festejar a obtenção do grau de investimento pelo Brasil da agência de risco Standard and Poors. Naquele momento, comemorava-se o fato de que “a política econômica do governo Lula, baseada no tripé regime de metas de inflação, austeridade fiscal e câmbio flutuante, tendo ficado demonstrado que é de longo prazo, deu as condições para a decisão da agência de risco Standard and Poor's de promover o país à condição de "investment grade" anunciada ontem”.
A derrubada e a prisão do, agora, ex-presidente da Guatemala Otto Perez Molina marcam, na América Central, ineditamente, o início da maturação democrática, de vez, na modernidade.
A tensão política só faz aumentar em Brasília, e reflete a disputa intestina dentro de um governo sem rumo e sem liderança. A coalizão governista, artificialmente montada, se desmonta a olhos vistos sem que exista alguém que possa dar um destino, um caminho, para a rearrumação da casa.
Mesmo que, como tudo indica, se resolva burocraticamente a polêmica do decreto assinado pela presidente Dilma transferindo para o ministério da Defesa poderes dos comandantes militares, restará uma questão política delicada: por que a secretária-geral do ministério, a petista de raiz Eva Maria Chiavon, decidiu dar vida ao decreto quando o ministro Jacques Wagner estava em viagem à China, e sem consultar o ministro interino, o Comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que aparece no Diário Oficial como tendo assinado o decreto, mas garante que nunca o fez?
Não há dúvida: os professores brasileiros ganham salários incompatíveis com a dignidade humana.
A presidente Dilma tem uma estranha maneira de pedir desculpas. Como se não quisesse, ou não pudesse, mas tendo que admitir erros para não complicar mais ainda sua situação, fala sempre no condicional.
Foi aos poucos. Ela veio me entrevistar, para falar a verdade, eu havia esquecido o compromisso. Ia pedir desculpa por demorar tanto no caminho do meu gabinete para a sala onde raramente tenho visitas. Ela me recebeu de costas, desprezando olhar a Lagoa onde moro há vinte e tantos anos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito, a pedido do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, contra o atual ministro da Comunicação Social Edinho Silva para investigar a denúncia do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, de que financiou a campanha a presidente de Dilma Rousseff em 2014 com dinheiro desviado da Petrobras.
A vertigem da política brasileira é tamanha que não dá vontade de ler as páginas dos jornais que dela se ocupam. O pior é que acabo caindo na armadilha de falar sobre a política corrente, a respeito da qual já quase tudo foi dito.
Pior do que perder uma coisa é lembrar que a perdeu e tentar achá-la. Melhor mesmo é esquecer o perdido, mas a gente não manda nisso, já que, de repente, você se lembra: e que aquele livro que o Mário me deu, onde o meti?
A presidente Dilma tem razão de ter achado “desastrosa” a fala do vice Michel Temer sobre a dificuldade de mantê-la no governo nos próximos três anos e meio com os níveis de popularidade que ostenta.
Que tal fazer a conta do fim da imunidade tributária para entidades religiosas, privilégio garantido, mas questionado?