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O velho Reich e a nova Alemanha
O avanço do século XX! e a normalização democrática no Ocidente cobram a expressão, no seu seio, das diferenças coletivas brotadas com base no pressuposto da unidade nacional.
O avanço do século XX! e a normalização democrática no Ocidente cobram a expressão, no seu seio, das diferenças coletivas brotadas com base no pressuposto da unidade nacional.
A tentativa do senador Renan Calheiros de manter o voto secreto na decisão do Senado sobre a prisão do senador Delcidio Amaral foi atropelada pela pressão da sociedade, que passou o dia nas redes sociais demonstrando que o país está mudando, e que seria inaceitável pelos cidadãos que os senadores, a pretexto de defenderem a imunidade parlamentar, votassem secretamente pela liberdade do companheiro.
A Lava-Jato está recuperando o tempo perdido e fazendo justiça, graças à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Judiciário na pessoa do juiz Sérgio Moro.
Todos sabem: o Rio Doce, com o rompimento da barragem de Mariana, está morrendo. Não é desastre da natureza, obra do acaso, é desastre humano, crônica de morte anunciada, que só a Samarco não viu.
Antes de representar um atestado de inocência de Lula, as ressalvas com relação a ele feitas pelo juiz Sérgio Moro na decretação da prisão do pecuarista José Carlos Bumlai significam que ainda não foi possível chegar a uma prova concreta que determine com firmeza o envolvimento do ex-presidente nos fatos que estão sendo investigados, embora ele seja presença freqüente nas colaborações premiadas e sujeito oculto nas tramas que estão sendo reveladas.
Hoje, os senadores terão a oportunidade de atuar de maneira decisiva na formulação da política econômica sem depender do Executivo e pairando sobre a politicagem que tem dominado os debates parlamentares. Haverá uma votação decisiva na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) parado há 15 anos, e que o senador tucano José Serra, como relator, tenta votar: fixar limite para dívida consolidada da União.
Essa expressão de “São Luís, Ilha do Amor” é recente. Nasceu há alguns anos, criada por algum medíocre marqueteiro, naturalmente para incentivar o turismo.
Viver no Rio de Janeiro não está fácil. Sei de várias pessoas que, embora adorando a cidade, resolveram ir embora. As razões são muitas, desde a insegurança, que cada vez mais atemoriza as pessoas, até o caos urbano, que vai se impondo em quase todos os bairros.
Antigamente, havia um tipo de jornalismo baseado em enquetes. Era a peça de sustentação da reportagem. A mania vinha de longe: Marcel Proust, enquanto escrevia sua obra e ninguém sabia que ele era gênio mesmo, fazia jornalismo circunstancial e bolou uma famosa enquete, famosa, sobretudo, porque se limitava a uma série de perguntas idiotas que provocavam respostas imbecis —não fazendo justiça nem ao autor das perguntas nem ao autor das respostas.
A política partidária brasileira foi dominada já há alguns anos pelos interesses corporativos e pessoais, perdendo a capacidade de representar o interesse da coletividade e de formular políticas públicas de longo prazo numa sociedade pluralista.
Há uma nova consciência feminista em relação aos vários tipos de agressão sofrida pela mulher: a física e a psicológica, a simbólica e a literal, a doméstica e a institucional.
A imagem da deputada tucana Mara Gabrilli, esforçando-se para ficar em pé na sua cadeira de rodas para encarar o presidente da Câmara Eduardo Cunha e mandá-lo “levantar dessa cadeira” ficará marcada como representativa do início do fim da carreira política de Cunha.
O ex-presidente Lula vive em um mundo particular, só dele, mas creio que hoje são poucas as pessoas que acreditam em tudo o que diz. Na entrevista a Roberto D´Avila na quarta-feira, em resumo disse que no tempo em que a economia crescia no Brasil, o mérito era de seu governo, não da conjuntura internacional que nunca, em tempo algum, foi tão favorável.
O senador e ex-presidente eleito Tancredo Neves tinha uma premissa que fazia questão de destacar nas negociações políticas: existe um programa para ganhar a eleição, e outro para governar. Premissa semelhante à prática de partidos de esquerda, que “tocam violino”: pegam o governo com a esquerda, mas governam com a direita.