A boa nova da semana
Para dar certo, o novo planeta precisa barrar a entrada de humanos. O melhor desse distante vizinho é que ele só é próximo no nome.
Para dar certo, o novo planeta precisa barrar a entrada de humanos. O melhor desse distante vizinho é que ele só é próximo no nome.
O primeiro dia do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff teve tudo o que esse Congresso pode dar sem esforço nenhum: baixarias, quebra de regras mínimas de convivência, acusações em que geralmente os dois lados têm razão.
O interessante nesse embate entre os Procuradores da Operação Lava Jato e ministros do Supremo Tribunal Federal é que todos têm razão em pontos específicos, e estão errados em outros tantos, refletindo a complexa transição que estamos vivendo, de um país em que o patrimonialismo ainda prevalece, mas está sendo duramente combatido, para outro, mais amadurecido politicamente, em que a Justiça pode atingir a todos, e em que os direitos do cidadão são mais respeitados.
Ao ser apresentada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que está deixando a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia foi colocada diante da opção de ser chamada de presidente ou presidenta. Sua resposta provocou encantamento: “Estudei muito a língua portuguesa. Vou usar o que a meu ver é o mais correto!” Exercerá suas altas funções sendo chamada de presidente Cármen Lúcia.
Não tem o menor sentido a decisão do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot de cancelar as negociações para a delação premiada dos executivos da empreiteira OAS pelo que chamou de “estelionato delacional”, ou seja, a divulgação de um documento com insinuações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli que não foi apresentado oficialmente.
O Procurador-Geral da República Rodrigo Janot está sendo instado a mudar a decisão de cancelar as negociações da delação premiada do presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro, transformando-a em uma suspensão temporária, enquanto novas regras são negociadas. Janot irritou-se com o vazamento de partes da delação na revista Veja, em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli aparece, numa sugestão de acusação que apenas se insinua, segunda a própria reportagem.
No presente quadro dos partidos políticos no país, o Brasil tem uma qualificação notória. É o que tem o maior número de siglas, contrastando os seus 35 com, por exemplo, os três dos Estados Unidos, ou os nove do Chile, ou os dez da Espanha.
Esta crônica está sendo escrita dois dias antes da Olimpíada terminar. Sou pessimista de carteirinha e considero os otimistas mal informados. Podem acontecer ainda coisas terríveis, balas perdidas e lutas de traficantes. Até agora tudo correu às maravilhas, embora no aspecto técnico, mais uma vez, provamos que o Brasil não tem vocação olímpica.
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na incapacidade de exercer a autocrítica.
Na Grécia Antiga, as Olimpíadas determinavam o calendário. É a força que tem Cronos, o deus do tempo.
Cidade estaria pior se, além de nossas mazelas, ainda nos faltasse essa alegria de viver, a ‘joie de vivre’ que meus colegas franceses tanto admiram.
Entre as várias associações e entidades que questionam a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que são as Câmaras Municipais, e não os Tribunais de Conta, as instâncias legais para coibir a malversação do dinheiro público, está a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC), que entrou no Supremo com um "memorial complementar para esclarecer divergência" com o qual pretende que seja revista a interpretação dada à decisão.
Em 2017, a Academia Brasileira de Letras irá comemorar 120 anos. Criada por iniciativa de Lúcio de Mendonça, reuniu um grupo de 40 escritores, dentre os quais Machado de Assis, à época um de seus mais idosos fundadores. Autor já consagrado, com inconteste ascendência sobre os mais jovens, presidiu a Casa até morrer, em 1908.
Uma das frases mais conhecidas sobre política é a do ex-senador e ex-governador mineiro Magalhães Pinto, que comparava sua volatilidade à das nuvens, que mudam de configuração a cada momento. Nada melhor para definir as posições mutantes do presidente interino Michel Temer e da presidente afastada Dilma Rousseff neste momento.