![](https://academia.org.br/sites/default/files/styles/perfil_square/public/academicos/imagens-pequenas/merval-pereira-thumbnail2.jpg?itok=y08EhSnk)
Minas e o Brasil
O resultado da eleição presidencial em Minas Gerais continua sendo o espelho do resultado final da eleição do Brasil.
O resultado da eleição presidencial em Minas Gerais continua sendo o espelho do resultado final da eleição do Brasil.
O candidato Jair Bolsonaro deveria ser o primeiro a querer uma investigação rigorosa sobre os episódios de violência envolvendo seu nome nos últimos dias.
Por que é mais fácil explicar o fracasso do que o sucesso? Talvez porque um passo em falso basta para provocar uma queda, enquanto o contrário, o sucesso, é uma construção mais complexa que depende de vários fatores.
No jargão dos institutos de pesquisa, quando os gráficos mostram um desenho que distancia dois competidores de maneira clara, diz-se que “abriu a boca do jacaré”.
A primeira pesquisa do segundo turno do Data Folha mostra que a tarefa do petista Fernando Haddad de superar Bolsonaro continua sendo uma missão quase impossível.
A literatura infantojuvenil está sendo vítima de patrulhamento ideológico, liderado por pais que querem se meter na chamada liberdade de cátedra, que é um dispositivo constitucional.
A recomposição dos projetos dos candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, provocada por uma entrevista do Jornal Nacional de segunda-feira, além da boa notícia de que os dois abandonaram publicamente projetos de cunho autoritário, reafirma o peso da opinião pública numa sociedade democrática.
Já que o segundo turno é outra eleição, como se cansam de dizer os analistas, é inevitável que os dois finalistas ajustem suas estratégias e mexam com suas imagens.
Entre mortos e feridos, poucos se salvaram, mas entre estes o PT, paradoxalmente, é um dos que resistiram à onda bolsonarista, apesar de derrotas emblemáticas em todo o país e de ter sido confinado ao nordeste, e mesmo assim não nas capitais e grandes cidades.
Na eleição mais radicalizada dos anos recentes, pontuada por declarações de ambos os líderes das pesquisas que remetem a ameaças à democracia, esse regime político, que, na frase famosa de Churchill, é o pior deles com exceção de todos os outros, aparece fortalecido pelos brasileiros em pesquisa Datafolha.
Mais uma das esquisitices desta eleição é a evidência de que os dois candidatos que lideram as pesquisas eleitorais ou não representam a maioria dos seus apoiadores, como é o caso de Bolsonaro, ou são meros prepostos do verdadeiro líder, o caso de Fernando Haddad.
Eram 2h42m da madrugada de sexta, quando a GloboNews encerrou sua transmissão do último debate entre os principais candidatos a presidente e as indispensáveis análises do seu time de craques que ajudaram a entender a estratégia de cada participante
A eleição de domingo embute uma definição do destino dos dois partidos que dominaram a política nacional nos últimos 25 anos. PT e PSDB chegam ao final da disputa em situações assimétricas, mas podem terminar em condições semelhantes.
Há muitas explicações para a subida de Bolsonaro nas pesquisas de opinião, reafirmada ontem pelo Ibope, e são tão variadas que o PT não sabe para onde atirar.
A delação do ex-ministro Antonio Palocci à Polícia Federal, finalmente homologada pelo TRF-4 e liberada para divulgação pelo Juiz Sérgio Moro, alegadamente para atender à defesa do ex-presidente Lula, caiu como uma bomba na campanha presidencial a seis dias do primeiro turno da eleição, e tem uma característica única: pode ser comprovada em grande parte pelas provas que já estão em poder do Judiciário, mais precisamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).