Zélia, o último encontro
Há um mês e meio, quando fui a Salvador, representar a ABL nas comemorações do Centenário do Acadêmico Luís Viana Filho, aproveitei uma brecha na programação e fui visitar Zélia Gattai Amado.
Há um mês e meio, quando fui a Salvador, representar a ABL nas comemorações do Centenário do Acadêmico Luís Viana Filho, aproveitei uma brecha na programação e fui visitar Zélia Gattai Amado.
Exija as fotos regulamentares; o fato de a cabeça estar separada do corpo não impede que ela seja fotografada
UM DOS PROBLEMAS mais discutidos atualmente, que afetará o futuro da humanidade, é o da emigração maciça. Está ao lado de doenças desconhecidas, perigo nuclear, narcotráfico, vetores, conflitos e guerras regionais.
Não temos, talvez, exemplo de casal como Jorge Amado e Zélia Gattai, na imagem que lhe quis dar a escritora que viemos de perder. É invariável a vinheta que nos deixou, entre viagens mil, o meio século da convivência exuberante no Rio Vermelho, em Salvador. Dele nasceu a escritora temporã, no seu dizer de ficar, em nossa literatura. Aí estão as histórias infantis, crônicas e romances. Mas Jorge cobrou da mulher, de logo, o estilo único da reminiscência, no seu relato fundador da chegada dos Gattai ao Brasil.
Chega à fadiga, de vez, a investigação sobre os cartões de crédito corporativos, na ladainha de suspeitas e denúncias desfocadas, há meses, da oposição. As manchetes continuam nas diatribes sonâmbulas, e nas lentes de um probatório, por sua vez, já resultante de um fato novo no amadurecimento democrático do país. Ou seja, da entrada para valer da Polícia Federal no dossiê dos notáveis, derrubadas as fortalezas de impunidade do Congresso. Mas é dentro de que prospectiva, que o Brasil da mudança – e da sua consciência – vai à busca e à defesa da nova prosperidade e, sobretudo, da sua garantia democrática?
"Nesta terra, em se plantando, tudo dá", escreveu Pero Vaz de Caminha na carta em que anunciou ao rei de Portugal a descoberta do Brasil. Esse "tudo" incluiria leitores? Como se faz para semear o hábito da leitura? Essas dúvidas foram reforçadas pela pesquisa do Instituto Pró-Livro acerca dos hábitos de leitura na população estudantil brasileira. De modo geral, no Brasil lê-se pouco. A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil realizada em 2001 já mostrava o brasileiro lendo em média 1,8 livro por ano, índice baixo, se comparado ao de países como França (7), Estados Unidos (5,1), Inglaterra (4,9) ou Colômbia (2,4). Os estudantes lêem mais: 7,2 livros por ano, mas desses 5,5 são textos didáticos ou indicados pela escola.
O Nordeste e o Brasil estão de luto, pois faleceu Zélia Gattai, viúva de Jorge Amado, escritora e acadêmica de mérito próprio.
Publicada em 30/05/2008
O acadêmico Ariano Suassuna estará em Altinho no dia 30 de maio.
Publicada em 30/05/2008
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Publicada em 29/05/2008