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Artigo

  • O Caso Jorge de Lima

    Não há a menor dúvida de que existe, na literatura brasileira, um "caso" Jorge de Lima. Tendo sido, na opinião de muitos críticos e poetas do Brasil e de outras partes do mundo (incluindo o autor destas linhas), aquele que mais longe foi em nossa terra na feitura do verso e no uso da poesia como expressão de um povo e de uma nação, é de se espantar seja ele posto de lado - permanentemente de lado - pela presente comunidade literária do País. Em vida, teria sido normal, por ser católico praticante e ortodoxo, colocá-lo sob suspeita.

  • “Onde está o presidente?”

    Num desses telejornais, vi o desabafo de um cidadão que não obedeceu ao conselho da ministra do Turismo para relaxar. Tomou o microfone da jornalista e gritou: “Onde está o presidente? Há algum presidente neste país?”.

  • Napoleão e Lula

    RIO DE JANEIRO - Pode ser lenda, mas vários de seus biógrafos adotaram a cena e a frase como verdadeiras. Numa de suas batalhas -alguns autores dizem que foi em Arcole, outros em Lodi-, Napoleão tomou a frente de sua tropa e enfrentou a chuva de balas que matavam seus soldados à direita e à esquerda. Um deles advertiu o general para o perigo, Napoleão respondeu: "Ainda não foi fundida a bala que me matará".

  • Empreiteiros e contratadores

    É preciso ficar claro que as obras públicas são submetidas a lances públicos, resultando em melhor aproveitamento para o licitador e que corresponda ao maior número de quesitos submetidos pelo licitante. Supõe-se que o mandatário eleito responda perante a opinião pública e a Justiça quanto a essa licitude. Ao eleger um mandatário, a opinião pública o considera imbuído dos predicados e que, por isso mesmo, dispõe de tempo suficiente para atender à Justiça Eleitoral, que representa os valores jurídicos que devem ser observados em todas as transações que envolvam o poder público e os contratos de obras públicas a serem realizadas. O poder público procura se cercar de todas as maneiras, para que transpareça a óbvia clareza dos negócios em questão. E para proteger o mandatário consagrado pelas urnas como merecedor da confiança do povo que o elegeu.

  • O cerco ao Brasil

    O Brasil sofre na América do Sul uma onda de hostilidade cujas motivações são absolutamente demagógicas e populistas. Nossa conduta com nossos vizinhos sempre foi exemplar. Esse quadro exige de nossa diplomacia um trabalho equilibrado e competente, que ela tem exercido bem, com o aprendizado da arte de engolir sapos.

  • Consolidação legislativa

    “O parlamento não é fábrica que deva recomendar-se pelo número de projetos que elabore ou pela rapidez com que os produza... Às vezes a maior virtude de um parlamento está precisamente no número de projetos que elimina ou depura, que corrige ou substitua, depois de estudo quanto possível minucioso dos assuntos.” A observação é de Prudente de Morais Neto, jornalista descendente do ex-presidente, que escrevia sob o pseudônimo de Pedro Dantas, e está registrada no livro Quase Política, de Gilberto Freyre.

  • Quanto mais velho, melhor

    A frase lembra o  que se diz sobre o vinho. Estamos pensando em seres humanos, apesar de abominarmos a palavra “velho”. Uma vez, o arquiteto Oscar Niemeyer, às vésperas dos 100 anos, disse-nos que “a velhice é uma droga”. Na mesma época, Fidel Castro fez o seu depoimento: “Nenhum perigo é maior do que os relacionados com a idade e uma saúde da qual abusei, no tempo que me correspondeu viver.”

  • O obsoleto Brasil dos amigões

    O atabalhoado da crise nessas últimas semanas leva a novas conquistas democráticas. Ainda em susto, continuamos a acreditar que a melhoria de um sistema se faz sempre harmoniosamente, em progressão imperceptível. Ao contrário, é aos trancos e barrancos que se chega agora a um novo Brasil que aperfeiçoa as suas instituições. E o que mais reconforta é ver o quanto a sociedade civil se espanta jubilosamente com a novidade e a quer, para ficar.

  • Maura Lopes Cançado

    Lia pouco, observava muito; sua frase era simples, não erudita, mas de uma precisão cruel Sinceramente, não fiquei surpreendido. Em 2003, quando fazia uma série de palestras na Sorbonne (Nantes, Lyon, Rennes e Paris), um jovem professor pediu-me para falar sobre Maura Lopes Cançado, cujo livro "O Hospício É Deus" estava estudando para uma tese de doutorado na própria Sorbonne. Ele sentia dificuldade em encontrar material crítico e biográfico sobre a autora, sabia vagamente que eu fora seu amigo -estava citado no livro- e guardara uma crônica que eu publicara na Ilustrada há tempos, falando de Maura e um pouco de sua personalidade humana e literária. Passa o tempo e recebo, no último sábado, a visita de uma aluna que a escolheu como tema de sua tese de mestrado na PUC-Rio. Forçando a memória, lembro que, no passado, estudantes de faculdades espalhadas pelo Brasil já me haviam escrito pedindo informações sobre Maura, que também tem outro livro publicado ("O Sofredor do Ver") e uma série de contos no "Suplemento Dominical" do "Jornal do Brasil", no final dos anos 50. É um fato mais ou menos comum em todas as literaturas: escritores de talento, alguns beirando a genialidade, passam desapercebidos por seus contemporâneos e somente aos poucos vão conquistando espaço entre os estudiosos fatigados de analisar as obras já exaustivamente analisadas pela massa crítica que se forma nas academias, nas editoras e na mídia. Temos alguns exemplos entre nós -e o de Maura me parece o mais recente e emblemático. Morreu há pouco, esquecida e conformada, aparentemente curada da loucura que a levou a diversas internações em hospícios e clínicas psiquiátricas. Não mais escrevia, não procurava ninguém e por ninguém era procurada, a não ser por seu filho, Cesarion Praxedes, que morreu dois anos atrás. Naqueles anos, eu também colaborava no "SDJB" e freqüentava o andar ocupado pelo suplemento, cuja fauna está toda citada nos livros de Maura: Reynaldo Jardim, Ferreira Gullar, Assis Brasil, Mário Faustino, José Guilherme Merquior, Carlos Fernando Fortes Almeida, José Louzeiro, Alaôr Barbosa, Walmir Ayala, Barreto Borges, Oliveira Bastos e outros que agora não lembro. Reynaldo Jardim foi o criador e era o editor do "SDJB", recebeu um conto de Maura e ficou entusiasmado, publicou-o na primeira página, na diagramação competente de Amílcar de Castro. Foi o início de uma série de contos magistrais; falou-se em Katherine Mansfield, em Mary McCarthy e, principalmente, em Clarice Lispector, que parecia a influência mais próxima da desconhecida contista. Estava longe de ser uma imitadora. Seu universo era mais denso e concentrado naquilo que, mais tarde, ficamos sabendo ser a sua loucura. Eu havia estreado na literatura em 1958, e Maura me procurou, dizendo que desejava escrever um romance. Tirei o corpo fora, não se ensina ninguém a escrever um romance, um ensaio, uma poesia. Ajudei-a apenas materialmente, dando-lhe uma máquina de escrever. O resultado foi "O Hospício É Deus". Não se trata de um desabafo. Mas de um mergulho complicado no seu universo interior, quando a matéria da carne se decompõe antes da morte, e sobra apenas a convulsão, "a noite escura da alma" (Maura nunca leu São João da Cruz). Convulsão que ela experimentou fisicamente na série de eletrochoques, nos acessos de cólera contra o mundo e contra a humanidade. Em duas de suas crises mais violentas, matou uma enfermeira e um namorado, cumpriu pena em presídios psiquiátricos, foi libera- da por parecer de médicos que a examinaram e por juízes que absolveram. Era doce quando superava a loucura, amante, querendo aprender tudo para melhor desprezar o mundo e a humanidade. A literatura poderia ser o seu refúgio, se Maura acreditasse nela mesma e na própria literatura. Lia pouco, observava muito; sua frase era simples, não erudita, mas de uma precisão cruel. Não era feia, mas se julgava belíssima. Adolescente em Minas, ganhou um avião de seu pai, pilotava bem, batizou o aparelho com o nome de seu filho, Cesarion. Um acidente cortou a sua carreira -aliás, ela nunca pensou numa carreira, queria apenas ser ela mesma, com as suas manias, o seu sofrimento de ver o mundo e as coisas, a sua loucura, o seu deus.

Notícia

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  • Ao vivo: Isabel Lustosa encerra o 4º Ciclo de Conferências

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    A quarta edição do "Ciclo de Conferências 2007" da ABL chega ao fim contando a história do país com traços e humor. Assista ao vivo "Humor, charge e caricatura contam a história do Brasil" com a escritora Isabel Lustosa.

  • 110 Anos da ABL: Antonio Nóbrega inicia as comemorações

    Publicada em 26/06/2007

    No ano em que a Academia Brasileira de Letras completa 110 anos, a abertura das comemorações será feita pela miscigenação regional do canto e da dança. Nesta quinta-feira, às 17h30, o multiinstrumentista Antonio Nóbrega apresenta o espetáculo "Cantos e Toques".