Affonso Arinos participou do 10º Ciclo de Conferências
Publicada em 03/12/2007 (atualizada em 04/12/2007)
Publicada em 03/12/2007 (atualizada em 04/12/2007)
Publicada em 02/12/2007 (atualizada em 03/12/2007)
Portaria assinada pelo acadêmico Marcos Vinicios Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras, institui o 2010 como "Ano Joaquim Nabuco".
Publicada em 29/11/2007 (atualizada em 30/11/2007)
Publicada em 29/11/2007 (atualizada em 30/11/2007)
Atingiu a crônica brasileira, desde Machado de Assis, tal nível de feitura e tal variedade estilística e vocabular que parece impossível aparecer entre nós um cronista novo. Pois apareceu. Chama-se Tácito Naves Sanglard e acaba de publicar um livro chamado "Palavra contida: (outras crônicas, algumas poesias)". Sua crônica tem marca pessoal, em nada se parece com os mestres do gênero entre nós, uma Clarice, um Paulo Mendes Campos, um Rubem, uma Elsie Lessa, um Drummond (que o foi também, e dos melhores).
RIO DE JANEIRO - Sem entrar no mérito de mais um canal de TV oficial, desejo o maior sucesso para a jornalista Tereza Cruvinel, a quem devo admiração e gratidão pelos artigos que publicava em sua respeitável coluna. O desafio que ela vai enfrentar não é mole, mas todos reconhecemos sua fibra e vontade de acertar.
O turbante de NasrudiNasrudin apareceu na corte com um magnífico turbante, pedindo dinheiro para caridade.
O Salão Nacional do Jornalista Escritor, criado pela Associação Brasileira de Imprensa (e tocado pelo vice-presidente, o lendário Audálio Dantas), foi um êxito. Centenas de pessoas, em sua maioria estudantes universitários, compareceram no último fim de semana ao auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo, em cujo palco sucederam-se nomes famosos no jornalismo e na literatura em nosso país: Luis Fernando Verissimo, Ruy Castro, Fernando Morais, Heródoto Barbeiro, Ricardo Kotscho, José Mindlin, Jaguar, Alberto Dines, Moacir Japiassu, Manuel Carlos Chaparro, Carlos Heitor Cony, José Nêumanne Pinto, Fernando Portela, Audálio Dantas, Mauro Santayana, Zuenir Ventura, Eric Nepomuceno, Antonio Torres, Flavio Tavares, Ziraldo, Ignácio de Loyola Brandão, José Hamilton Ribeiro, Mylton Severiano, Juca Kfouri, Caco Barcelos, Domingos Meirelles, Eliane Brum, Mino Carta... Lá estive também, e tentei não fazer feio.
Ela arremessou de novo, desta vez visando a boca, aquela boca que tantas vezes beijara. E mais uma vez errou
RIO DE JANEIRO - Nunca dei palpite sobre a recorrente (e redundante) polêmica a respeito da rivalidade entre Rio e São Paulo. Isso não me impede de estranhar certas matérias e artigos da imprensa paulista considerando as comemorações da chegada da corte de dom João 6º ao Brasil como um pretexto para colocar a azeitona de praxe na empada do carioca.
Menino, a gente se distrai e, quando vê, já é dezembro, fim de ano. Cada ano - e eu sei que os mais velhos notam isso agudamente - passa mais depressa que o anterior, que por sua vez será mais acelerado e por aí nós vamos, uns menos aos trancos e barrancos do que outros, cada um sabendo onde lhe doem os calos e todos procurando em quem botar alguma culpa, como sempre comentou meu querido amigo finado Zé de Honorina. Ele nunca leu Freud, mas não precisava, sabia tudo de nascença.
Diego nunca tinha visto o mar. Certo dia, o amigo Santiago o levou para descobrir as maravilhas do oceano. Eles viajaram durante muitos dias. Em determinada tarde, Santiago disse a Diego: “Você sabia que atrás daquelas dunas está o que a gente procura, o mar?”. Naquele momento, o coração do garoto bateu mais forte do que o normal, demonstrando a sua emoção. Ele subiu correndo as areias e, quando chegou ao topo, percebeu que estava diante do oceano. Foi tamanha aquela imensidão que o menino ficou totalmente mudo. Não falava nada. Quando ele finalmente recuperou a voz, começou a gaguejar, com os olhos lacrimejantes: “É muito grande! Ajuda-me a olhar!”.
A prece do mestre sufi Dhu 1 Num, egípcio, que morreu no ano de 861 a.C., no Egito: “Ó Deus, nunca presto atenção às vozes dos animais ou ao ruído das árvores, ao murmúrio das águas e ao gorjeio dos pássaros. Mas percebo nelesum testemunho da Tua unidade. Ó Deus, reconheço-Te na prova da Tua obra e na evidência de Teus atos. Consente, ó Deus, que Tua satisfação seja minha satisfação. Que eu seja Tua alegria, aquela alegria que um pai sente por um filho. E que eu me lembre de Ti todas as vezes que Te sentir, com tranqüilidade e determinação.”
O professor coreano Tae-Chang Kim analisa bem ao fundo as diferenças entre o pensamento ocidental e oriental. “Ambas as civilizações têm uma regra de ouro. No Ocidente, vocês dizem: ‘Farei para meu próximo aquilo que gostaria de fazer para mim. Isto significa que aquele que ama, é quem estabelece as condições em que o amor pode se manifestar”. A regra de ouro do Oriente parece quase igual: ‘Não farei ao meu próximo aquilo que não desejo que ele faça comigo. Mas ela parte do que a outra pessoa está sentindo. Isto faz toda a diferença”.
“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio. Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar. Precisamos das asas que nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes. E aprender com eles.