A Academia Brasileira de Letras realizará o Curso de História da Pintura, denominado “De Goya a Gauguin: os caminhos da modernidade na pintura do século XIX”.
“A proposta do curso é examinar o percurso dos artistas que, de Goya a Gauguin, de David a Cézanne, irão progressivamente reformular o conceito de arte e de beleza, alargando de modo decisivo o campo da experiência estética e a própria visão de mundo do homem contemporâneo”, de acordo com o Professor José Maurício Gomes de Almeida. O objetivo, ainda segundo o professor, é a de estabelecer um diálogo analítico com as obras e as diferentes tendências estéticas que se constituem ao longo daquele período.
“Os aspectos históricos e estético-teóricos serão enfocados apenas na medida em que esclarecem as diferentes etapas do percurso programado. Por outro lado, tendo em conta a limitação de tempo e o propósito de abordar analiticamente cada uma das obras projetadas, serão estudadas apenas aquelas figuras centrais, que marcaram a história da pintura em sua época”, afirma e conclui: “O século XIX constitui uma fase crucial na evolução da arte no Ocidente. Da revolta romântica, hasteando a bandeira da liberdade criadora do artista, à revolução profunda representada pelo Impressionismo e pelo Pós-impressionismo, é todo um sistema expressivo, em vigor desde o Renascimento, que se desagrega para dar lugar á formação de uma nova linguagem plástica, fundadora da modernidade”.
As seis palestras, sempre às segundas-feiras, das 16h às 17h30min, a partir do dia 19 de julho ao dia 23 de agosto, serão ministradas pelo Professor José Maurício Gomes de Almeida, na Sala José de Alencar.
Inscrições encerradas por ter excedido o número de inscritos.
Mais informações pelo telefone 3974-2526.
Saiba mais
Programa:
Pintura e revolução – A crise da cultura européia em fins do século XVIII e início do século XIX. Neoclassicismo e Romantismo: David, Goya e o romantismo na França. A renovação da paisagem na pintura romântica.
A geração realista – Courbet e a batalha realista. A arte oficial e o papel dos salões. Manet, revolucionário à revelia. A gestação do Impressionismo. A exposição de 1874.
O Impressionismo (I) – A pintura ao ar livre e o apogeu da paisagem: Monet, Pissaro, Sisley. A radicalização da linguagem impressionista na obra tardia de Monet.
O Impressionismo (II) – O espaço urbano na ótica impressionista: de Manet à Lautrec. O sensualismo de Renoir. A arte intimista de Degas. A crise do Impressionismo nos anos 80. As diferentes vertentes da pintura pós-impressionista.
O Pós-Impressionismo (I) – A vertente “construtivista”. O Neo-Impressionismo de Seurat e Signac. O universo rigoroso de Cézanne.
O Pós-Impressionismo (II) – A vertente “expressionista”: arte como projeção de vivências interiores. Van Gogh; Munch. A vertente “simbolista”. O primitivismo de Gauguin. Simbolistas e Nabis. Tendências da pintura européia no limiar do séc. XX.
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13/7/2010
07/07/2010 - Atualizada em 06/07/2010