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Marcos Vilaça, a Academia também é dos mortais!

 

Antonio Grassi

Boa parte da minha vida passei a 464 quilômetros do Centro do Rio de Janeiro.

Essa distância física, seguramente, acentuou todas as outras que me deixavam muito longe da sede da Academia Brasileira de Letras, Centro do Rio, Casa de Machado de Assis e dos “imortais”. Afinal a imagem daquele espaço secreto, onde alguns seres “acima” da humanidade, tomavam chá com biscoitinhos – de um sabor inimaginável para nós outros – dificultava, e muito, qualquer proximidade.

Correu o tempo, passou a vida e tive a sorte de testemunhar a gestão que agora termina do querido Marcos Vilaça na Presidência da Academia.

Vilaça dessacralizou aquele templo, sem tirar-lhe a majestade e importância.

Transformou a ABL num centro cultural, vivo e atuante. Conseguiu, com sua elegância e simpatia, contagiar a todos famintos da cultura.

São incontáveis suas realizações, mas a principal foi impregnar toda gente com o sentimento de pertencimento, de olhar para a Academia como um local de todos os mortais.

Jovem em Minas, jamais imaginei provar o gosto daqueles salões. Experimentei, graças ao meu querido Marcos Vilaça, um pouco da sua merenda.

A ele meu aplauso.

Obs.: A escolha de Cícero Sandroni para sucedê-lo, nos dá a certeza de prolongamento dos bons tempos da Academia Brasileira de Letras.

10/12/2007 - Atualizada em 10/12/2007