Tipos de liderança
Por que Jair Bolsonaro, que tinha poder maior no Brasil, tomou decisões erradas, perdeu eleições e governo? A discussão está no ar. Caminhos diversos. Perguntas Infinitas.
Por que Jair Bolsonaro, que tinha poder maior no Brasil, tomou decisões erradas, perdeu eleições e governo? A discussão está no ar. Caminhos diversos. Perguntas Infinitas.
No momento em que o Supremo Tribunal Federal decide a remuneração do FGTS. Atingirá milhões, milhões de famílias.
Quando o nazismo caiu e Hitler se suicidou, Estados Unidos, Inglaterra, França e Rússia esfacelaram a Alemanha. Dividiram-na em protetorados. Não era mais nação. Ou país. Era escombro. Quem assumiu a tarefa de sua reconstrução, de seu autônomo retorno como país à comunidade da Europa e até viabilizou o proibido e impensável rearmamento militar foi um novo líder eleito. Em 1949, assumiu o democrático chanceler Konrad Adenauer. Teve sucesso. Mas como?
O que está em jogo ainda nestas eleições não foi apenas a disputa presidencial ou o governo dos estados. Ou os votos nos candidatos. Estava em jogo a sobrevivência e credibilidade de nosso sistema eleitoral. Do TSE sobretudo.
A funcionalidade do Supremo está sendo vítima de ataque externo do Poder Executivo e bolsonarismo. É vítima também de ataque interno.
O acesso dos brasileiros à propriedade, lar e moradia precisa entrar no debate eleitoral. Hoje concentrado em imaginar múltiplas bolsas para enfrentar a fome. E auxílios, perdão de dívidas, reconcessão de créditos impagáveis para enfrentar iliquidez permanente dos mais pobres.
Nem o Brasil nem ninguém pode enfrentar todos os seus problemas ao mesmo tempo. É preciso análise criteriosa, noção de urgência e definição de prioridades. É preciso escolher. Ou seja, incluir e excluir.
Óbvio ululante: a campanha eleitoral já começou. Desde o primeiro dia do atual governo. Nada surpreendente. O general Golbery Couto e Silva, estrategista do regime militar, dizia que um projeto de poder deveria durar vinte anos.
A CPI faz parte da campanha em curso. Será esta campanha de matança geral como um filme de Quentin Tarantino?
A importante novidade da fala institucional do presidente Luiz Fux não foi apenas o conteúdo. Foi ter falado. O que é incomum. Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) fala institucionalmente apenas em fevereiro. Na abertura do ano judiciário. Não no meio.
Quando, em 2002, a TV Justiça foi ao ar por iniciativa do ministro Marco Aurélio, o brasileiro pôde ver ao vivo uma sessão do Supremo. Tudo mudou. Ver os ministros, digamos, em carne viva, discutindo, produzindo a justiça. Tudo mudou.
Indicar ministro evangélico para o Supremo, com eventual aprovação pelo Senado, é direito do presidente da República. Tal como a indicação do católico ministro Menezes Direito pelo presidente Lula. Agradou muito sua base católica. O critério da religiosidade influencia, sim, decisões políticas. No Brasil do católico ex-presidente Dutra, o jogo de azar foi proibido. Dona Santinha, então primeira-dama, acreditava ser contra nossa tradição religiosa. Vale até hoje. Só com o primeiro presidente não católico, o luterano Ernesto Geisel, que controlava o Congresso, se aprovou o divórcio.
Temos assistido a uma inundação de fatos políticos e econômicos.