O jabuti se move
Velhos coronéis, raposas repaginadas e algumas poucas novidades no universo partidário.
Velhos coronéis, raposas repaginadas e algumas poucas novidades no universo partidário.
O relatório do Banco Mundial sobre violência na América Latina é de deixar frio nos ossos. E, pior ainda, de nos esquentar a consciência por termos perdido no Brasil a oportunidade de abolir o comércio de armas.
Há muitos anos, em Pinheiro, minha terra natal, perguntei a um missionário italiano, padre Sandro, os caminhos que o haviam trazido àqueles campos. Era querido da população, respondeu-me: “O amor de Deus”.
Há quase duas semanas, a queda do Airbus da Air France resiste à concorrência dos noticiários, que vão da casa de Berlusconi, na Sardenha, à vitória dos conservadores nas eleições do parlamento europeu, ao pronunciamento histórico de Obama no Cairo, onde estendeu a mão ao reconhecimento da contribuição islâmica à história da humanidade, e a suas palavras em Buchenwald, recordando o que jamais deve ser esquecido: o holocausto, em que milhões de judeus morreram nos campos de concentração.
Este espaço jamais pode ser usado para assuntos pessoais. Aqui não tenho o Senado para atrapalhar-me, e sim o gosto de escrever. E nada melhor do que escrever sobre o livro.
Os protestos sobre o resultado das eleições no Irã mostraram a face de um dos mais dolorosos tratamentos impostos à mulher, que, baseados em motivos religiosos, varre os países islâmicos e a sujeita a uma situação de inferioridade que atinge brutalmente os direitos humanos.
RIO - Neruda, quando Silvestre Revueltas morreu, disse, num verso forte, que sua impressão era que um carvalho tinha tombado no meio do tempo. Essa é a sensação que temos quando perdemos um amigo que não era só uma ligação sentimental, mas um homem que carregava qualidades e virtudes que envolvem nessa perda a sociedade, o patrimônio humano do país.
EU PASSEI pelo lápis, pelo tinteiro, pela caneta-tinteiro, pela esferográfica, pela máquina de escrever manual e elétrica e desembarquei no computador. Não é que agora estou mergulhado nesse mundo da rede, que não tem um centro gerador e que cresce como uma teia de aranha, sempre que se fia mais.Agora, eis-me acompanhando a guerra de titãs que vejo nos jornais entre Windows e Google e sou envolvido nas disputas pelos chips menores, os aplicativos mais vastos e que eu nunca saberei todos porque são tantos que os anos não aguentam mais.
A teorização da arte da política começa com Aristóteles. Ele foi o primeiro a querer saber tudo sobre o seu tempo e como os homens faziam para gerir essa máquina do tempo. Baixinho e careca, não lhe faltava senso de humor. Contam que lhe indagaram por que gostava de belas mulheres, e ele respondeu que só um cego lhe indagaria isso.
Stefan Zweig, um grande escritor austríaco que teve muito prestígio na primeira metade do século passado e morreu tragicamente com sua mulher em Petrópolis, onde se refugiara durante a Segunda Guerra, cunhou a frase-título do seu livro Brasil, um País do Futuro, que deu lugar a um ufanismo igual ao verde-amarelismo de Oswald de Andrade, carro-chefe da Semana de Arte Moderna de 22.
BUSH , sem outra justificativa para o atoleiro em que se meteu no Iraque e no Afeganistão, levantou a tese de que era em nome da democracia que ele fazia a guerra. A tese das armas de destruição em massa não pegou.
O tema do momento continua sendo o pré-sal e o novo marco regulatório enviado ao Congresso. Em síntese, esse marco é complexo, porque envolve várias leis e várias situações.
Tomei-me de uma grande perplexidade e ao mesmo tempo surpresa ao verificar a defasagem existente no País sobre as ideias políticas que se discutem no mundo inteiro sobre os caminhos e o futuro da democracia.
O BRASIL está tendo, e vai ter cada vez mais, uma visibilidade mundial num terreno em que nós sempre, a não ser no futebol profissional, fomos fracos: a realização de eventos esportivos.
Lévi-Strauss foi para o mundo cultural aquilo que representou Freud para a psicanálise, Einstein para a física, Marx para as ideias políticas e ele para a antropologia. Era o maior intelectual vivo do mundo, o grande pensador cuja contribuição para a humanidade derramou-se para todos os campos do conhecimento humano, especialmente para as ciências sociais, e o escritor insuperável.