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Artigos

  • Carnaval, carnavais

    O Globo, em 01/03/2022

    ‘Existem no Brasil apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o carnaval.’ Essa frase, atribuída ao barão do Rio Branco, é perfeita para explicar por que o carnaval aconteceu mesmo tendo sido oficialmente adiado devido à pandemia da Covid-19. O mesmo se deu há 110 anos, devido justamente à morte do próprio barão, o então ministro do Exterior, José Maria Paranhos Júnior, um apaixonado por carnaval e pela cultura brasileira.

  • Brasil em cima do muro

    O Globo, em 27/02/2022

    A guerra da Ucrânia será “longa”, segundo o presidente da França, Emmanuel Macron, e o Brasil terá que tomar uma posição firme na medida que os países democráticos ocidentais vão assumindo cada vez mais a defesa da Ucrânia, enviando até mesmo armamentos.

  • Maluca corrida

    O Globo, em 24/02/2022

    A última novidade na corrida presidencial é a percepção de que o presidente Bolsonaro pode não ser um “pato manco”. A eleição está difícil para a terceira via, até porque Bolsonaro estabilizou e, com ajuda do Centrão, continua na margem de 20% a 25% nas pesquisas. É bom para ele, porque, se for para o segundo turno — não acredito na vitória de Lula já no primeiro —, conseguirá reviver a polarização de 2018, e não se sabe o que pode acontecer. A campanha será radicalizada, e todo o passado petista de envolvimento com corrupção, no mensalão e no petrolão, será reavivado.

  • Maioria regressiva no STF

    O Globo, em 22/02/2022

    O presidente Bolsonaro tem dito que sua reeleição neste ano representará uma espécie de “bônus” para os conservadores brasileiros, a possibilidade de nomear mais dois ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele já indicou dois, Nunes Marques e André Mendonça, que já deram mostra de compromissos retrógrados em relação à liberdade de expressão, e teria direito a indicar os sucessores de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Ambos têm 73 anos e, de acordo com as regras atuais, deixam a Corte em 2023 ao completarem 75.

  • Liberdade de expressão

    O Globo, em 20/02/2022

    Neste ano de campanha eleitoral acirrada, o conceito de liberdade de expressão será testado com frequência. As discussões em andamento sobre Telegram, fake news e outros fenômenos da pós-verdade mostram que esse assunto dominará o ambiente social brasileiro. 

  • Trapalhada internacional

    O Globo, em 17/02/2022

    A insinuação de Bolsonaro de que a anunciada, mas não comprovada pelo Ocidente, retirada de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia teria sido consequência do encontro entre ele e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, dá bem a dimensão das “limitações cognitivas” que o ministro do STF Luís Roberto Barroso vê no presidente.

  • Faca nos dentes

    O Globo, em 15/02/2022

    Caminhamos para uma campanha eleitoral em que as regras terão de ser impostas na Justiça, seja pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou mesmo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que os candidatos não demonstram disposição para a autocontenção, especialmente o presidente Jair Bolsonaro, desesperado com a derrota iminente.

  • O mito da imparcialidade

    O Globo, em 13/02/2022

    A questão da imparcialidade na justiça brasileira, discutida desde que o ex-juiz Sérgio Moro foi considerado “suspeito” no processo que condenou o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá, ganha novos ares com um trabalho da jurista Bárbara  Gomes Lupetti Baptista em número recente da revista Insight Inteligência, baseado em uma pesquisa empírica que realizou no âmbito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro há dez anos, que ela comparou com a decisão do Supremo Tribunal Federal.

  • Forçando o limite

    O Globo, em 10/02/2022

    A banalização, pela repetição de argumentos vulgares, de certas situações que já mereceram, ou mereceriam, repúdio por parte da sociedade, é marca desse nosso mundo digital, em que qualquer um tem a seu alcance instrumento de amplificação de seus pensamentos, que antes não iam além das mesas de botequins ou conversas privadas, que só afetavam seus participantes.

  • Federações, um passo à frente

    O Globo, em 08/02/2022

    Não há razão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) não atenda ao pedido dos partidos para que o prazo para a formação de federações seja em agosto, como previsto na legislação aprovada pelo Congresso, e não em abril, como definiu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso.

  • Negócios eleitorais

    O Globo, em 06/02/2022

    A busca de uma alternativa à polarização entre o passado e o presente que não satisfazem esbarra em interesses amesquinhados que impedem uma visão mais ampla de futuro. São tantos partidos, e tão baixas as negociações comerciais, não políticas, que trabalhar em cima de um consenso ou de um programa comum torna-se tarefa impossível nesta fase da campanha eleitoral. Nem se fala nisso, na verdade.

  • No centro do ringue

    O Globo, em 03/02/2022

    O ex-juiz Sergio Moro não consegue chegar a dois dígitos nas pesquisas eleitorais para presidente da República, mas provoca reações raivosas em seus adversários. É “canalha”, segundo Lula; “ladrão e desonesto”, para Ciro Gomes, e “traidor”, para Bolsonaro. Mobiliza altas rodas do Judiciário, e centenas de advogados criminalistas reunidos na guilda autointitulada “Prerrogativas”, que querem vê-lo destruído moralmente e, se possível, atrás das mesmas grades em que colocou o ex-presidente Lula.

  • À espera do inesperado

    O Globo, em 01/02/2022

    Tudo parece se encaminhar para uma vitória do ex-presidente Lula na eleição presidencial de outubro, a não ser que o inesperado faça uma surpresa, como cantava Johnny Alf. Nem tão inesperada assim seria uma desistência de Bolsonaro, prevendo a derrota certa e sem chance de tornar-se, como Trump nos Estados Unidos de Biden, a liderança contra o PT sem foro privilegiado que o proteja. Eleito senador, Bolsonaro poderia liderar a oposição. Derrotado, pode ir para a cadeia. Sua saída do páreo mudaria a cena eleitoral.

  • Bolsonaro ajuda Lula

    O Globo, em 30/12/2021

    A insensibilidade do presidente Bolsonaro diante do sofrimento alheio, quando ele é difuso, é sinal de que é incapaz de compreender o alcance do papel de um presidente da República, que chegou aonde chegou pelo voto dos cidadãos, e não por escolha divina. Bolsonaro é capaz de comover-se com a morte de um rapper conhecido por fazer “funk de direita” ou de um militar no exercício de sua função, mas é incapaz de homenagear um grande artista nacional que seja de esquerda ou simplesmente adversário de sua maneira de ver o mundo.

  • Votos (in)úteis

    O Globo, em 28/12/2021

    Nunca o voto útil terá tanta importância quanto na eleição presidencial do ano que vem. Isso porque serão vários votos úteis, à esquerda e à direita, que podem decidir a votação logo no primeiro turno, a favor do ex-presidente Lula, ou fortalecer o presidente Bolsonaro para que chegue ao segundo turno com mais chances. Ou mesmo substituir Bolsonaro por um candidato da terceira via (no momento o ex-juiz Sergio Moro parece o mais provável nesse caso).