Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Reescrevendo a história

    Reescrever a história é um hábito dos políticos que estão no poder, teimando em fazer valer suas versões sobre o realmente acontecido, especialmente em época de eleição. O ex-presidente Lula é um perito nessa manipulação da história recente, sem se dar conta de que o registro dos fatos hoje é bem mais fácil de se fazer.

  • Última denúncia

    O ministro Joaquim Barbosa é mesmo imprevisível. Um dia depois de ter criticado os xingamentos à presidente Dilma, classificando-os de “um horror” e “baixaria”, desiste de continuar à frente da execução das penas dos condenados pelo mensalão.

  • O sentido dos ventos

    Não existe nada que agregue mais na política do que a expectativa de poder, mais até, dizem os políticos, que o poder presente, que tem prazo de validade. É o caso de um presidente que disputa a reeleição. Naturalmente ele atrai mais apoios, pois, em tese, o poder incumbente tem muitos instrumentos a seu favor, e a reeleição é mais provável. Por isso a presidente Dilma reúne em torno de si uma miríade de partidos políticos que lhe darão um tempo de propaganda eleitoral muito maior que o de seus adversários.

  • Caindo na real

    Num ataque de “sincericídio” que desmontou o álibi de Lula, o ministro Gilberto Carvalho afirmou, diante de blogueiros chapa-branca e ativistas petistas que “no Itaquerão não tinha só elite branca, não. Não fui pro jogo, mas estive ao lado [do Itaquerão], numa escola (…), fui e voltei de metrô. Não tinha só elite no metrô. Tinha muito moleque gritando palavrão dentro do metrô que não tinha nada a ver com elite branca”.

  • Sem salto alto

    A convenção do PT que aclamou a presidente Dilma como sua candidata à reeleição trouxe a boa notícia de que o partido, fora algumas poucas exceções, decidiu não incorporar a política do ódio às elites à sua estratégia eleitoral, como sugerira o ministro Gilberto Carvalho em uma extemporânea entrevista a blogueiros chapa-branca. Carvalho parecia fora do tom oficial, mas estava apenas alertando que o caminho escolhido estava errado, já que reconhecer os problemas é a primeira coisa a fazer para tentar superá-los. O próprio presidente Lula, com uma modéstia que não é de seu feitio, ontem comparou a candidatura de Dilma à seleção da Costa Rica, que vem fazendo furor na Copa do Mundo ao derrotar seguidamente o Uruguai e a Itália e classificar-se antecipadamente no chamado “Grupo da Morte”.

  • Administrar o tempo

    A uma semana do prazo final para a definição das candidaturas para a eleição deste ano, quem soube administrar melhor o tempo de decisões, uma arte da política, levou vantagem na armação das coligações. No lado da oposição o PSDB saiu na frente do PSB nessa primeira etapa da disputa, muito por que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos perdeu tempo administrando sua relação com a Rede de Marina Silva.

  • Ninguém é de ninguém

    A cada dia que passa, mais a realidade de nossa política justifica a comparação com uma bacanal partidária, onde ninguém é de ninguém. O PTB, que abandonou o barco governista aos 45 do segundo tempo, agora tenta vender apoios isolados à candidatura Dilma, exatamente o mesmo que o PMDB fez no sentido contrário, isto é, apoiando a reeleição da presidente a nível nacional, mas abrindo dissidências regionais.

  • Nem vítimas nem algozes

    Muito embora o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) tenha reformado a decisão monocrática do ministro Joaquim Barbosa com relação à exigência de cumprimento de 1/6 da pena para que o condenado no regime semi-aberto possa ter um trabalho externo, não aconteceu o que os militantes petistas tanto queriam, uma desmoralização do presidente demissionário, identificado por eles como um perseguidor dos mensaleiros condenados.

  • Serra vale uma missa?

    O senador Aécio Neves passa por um teste de fogo nesses últimos dias antes do prazo final para a definição das coligações. A pressão da base paulista para que o ex-governador José Serra venha a ser indicado a vice na chapa tucana aumentou, trazendo uma inquietação a todos os envolvidos na decisão: o próprio candidato, Serra, o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.