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Artigos

  • Tensão pré-eleitoral

    Com o aumento da tensão na relação entre PT e PMDB, confirma-se a tendência: cada semana termina pior do que começou, e começa pior que a anterior. A semana fundamental é sempre a próxima. Há quem trate o caso com ironias, como se fosse uma simples "tensão pré-eleitoral", mas mas desta vez há fatos concretos.

  • Teorias conspiratórias

    Desde que o Supremo Tribunal Federal reviu a pena de formação de quadrilha no julgamento do mensalão estabeleceu-se no país um debate completamente paranóico sobre o aparelhamento do plenário do STF pelo fato de que os dois novos ministros, Luis Roberto Barroso e Teori Zavascki, indicados pela presidente Dilma, foram decisivos para a mudança da condenação em absolvição.

  • O sistema funciona

    A discussão sobre o aparelhamento do Supremo Tribunal Federal pelo PT, que veio à tona na votação sobre formação de quadrilha na retomada do julgamento do mensalão, me parece muito mais uma tentativa de bloquear uma manobra nesse sentido do que o reflexo de um fato consumado.

  • Cá e lá

    A comparação com a Suprema Corte dos Estados Unidos, o modelo de Corte constitucional em que se baseia nosso Supremo Tribunal Federal, que fiz nas colunas do final de semana suscitou várias reações dos leitores, e acho, por isso, que vale a pena prosseguir.

  • Derrota simbólica

    A derrota do governo na votação do requerimento da criação de uma comissão externa para investigar na Holanda denúncias de corrupção na Petrobrás foi o resultado de um dia inteiro de negociações para contornar a rebelião dos partidos da base, comandados pelo PMDB da Câmara.

  • Em busca do rumo

    Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entrou no cine Cultura ontem pela manhã em São Paulo para a abertura do seminário organizado pelo seu Instituto para comemorar os 20 anos do Plano Real, ninguém aplaudiu de imediato. Foi preciso que o ex-ministro José Gregori, com seu vozeirão, puxasse as palmas, reclamando de pé: “Ninguém aplaude. Que partido é esse?”. O auditório então veio abaixo.

  • Me engana que eu gosto

    A presidente Dilma Rousseff acaba de indicar vários técnicos para seu ministério, passando uma imagem de que desistiu do toma-lá-dá-cá que vinha caracterizando as negociações com os partidos da base aliada, especialmente o PMDB. Segundo os analistas chapas-brancas, ela teria colocado a parte podre PMDB em seu devido lugar, dando-lhe o recado de que não aceitava mais esse jogo.

  • É a economia

    Como é sabido, a situação da economia não apenas influencia o resultado das eleições como também a situação política interfere na economia, especialmente em anos eleitorais como o que vivemos. Já tivemos no mercado internacional o lulômetro, que o banco de investimentos americano Goldman Sachs criou na eleição de 2002 para medir a influência na cotação do dólar do risco de Lula vir a ser eleito presidente da República.

  • O nosso dinheiro

    No momento em que a Polícia Civil de Brasília prendeu o economista e ex-chefe da Assessoria de Orçamento do Senado Federal, José Carlos Alves dos Santos, exatos 21 anos depois de ter vindo à tona o escândalo dos Anões do Orçamento, outra data serve para abrir um debate sobre o próprio Orçamento: na terça-feira o Instituto de Direito Público, presidido pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes, organizará uma série de palestras com especialistas e autoridades de várias áreas para marcar os 50 anos da Lei 4320, que promoveu uma reforma modernizadora nesse processo.

  • Alianças pragmáticas

    A crise entre o PT e o PMDB está servindo de mote para o presidenciável Eduardo Campos assumir cada vez mais a postura de candidato de oposição, e não apenas ele. A sua provável vice, ex-senadora Marina Silva, segue na mesma batida, ela que na eleição de 2010 não assumiu a condição de oposicionista nem no primeiro turno, e talvez por isso não tenha ido mais longe do que foi. No segundo turno, recusou-se a apoiar qualquer dos candidatos, iniciando a pregação contra PT e PSDB, colocando-os no mesmo nível.

  • Lula tira espaço de Campos

    O ex-presidente Lula tem um hábito comum aos políticos: fala o que bem lhe apetece, sem dar muita bola para a realidade. Cria sua própria realidade, que vai mudando de acordo com seus interesses do momento. E faz isso com raro brilho. Já foi capaz de dizer poucas e boas sobre o ex-presidente Collor, com toda razão, mas não se furtou a aceitá-lo como aliado.

  • Clima de traição

    O que esta crise política está demonstrando, mais uma vez, é que o modelo de “presidencialismo de coalizão” que montamos no Brasil é na verdade distorcido por adaptações que acabam transformando-o em um “presidencialismo de cooptação”, como definiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recentemente.

  • Sob o signo da mudança

    A vantagem que a presidente Dilma mostra consistentemente nas pesquisas de opinião, reafirmada ontem pelo Ibope, demonstra que os candidatos de oposição mais conhecidos, como o senador Aécio Neves ou o governador Eduardo Campos, não conseguiram até agora cativar o eleitorado que reafirma, também consistentemente, pesquisa após pesquisa, que quer mudanças, e de preferência sem Dilma na presidência.

  • Tiro no pé

    Oito anos depois da aquisição de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, que deu um prejuízo bilionário em dólares à Petrobras, dois dos responsáveis pelos relatórios favoráveis à compra, que a presidente Dilma classificou de “técnica e juridicamente falhos”, estão em maus lençóis.

  • De corpo e alma

    A primeira entrevista mais longa para a televisão do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, dada ao jornalista Roberto D’Ávila no seu programa de estreia na Globonews, é um depoimento revelador de como pensa e age um dos principais atores da atual cena pública brasileira.Ele não apenas anuncia formalmente que não será candidato a nada nas eleições deste ano, como faz questão de separar sua atuação da vida política, da qual diz preferir se manter alheio. Ocupando um dos principais gabinetes na Praça dos Três Poderes, ele se diz distante de “tudo o que se passa aqui (nessa Praça dos Três Poderes) que tenha caráter político”.