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Artigos

  • Velhos e moços

    O Brasil é o único lugar do mundo onde se fica jovem até mais tarde e se envelhece mais cedo. Em todo lugar do mundo é idoso quem tem mais de 65 anos, mas no Brasil a velhice chega aos 60 anos, graças a pressões sindicais. Por outro lado, também por interesses políticos e da UNE, a juventude se estende até os 29 anos.

  • Brasileiro se vira

    Em tempos de classe C emergente e Estado provedor, o cientista político Alberto Carlos de Almeida, conhecido pelo best-seller em que analisa a "cabeça do brasileiro", tira de uma pesquisa nacional de seu Instituto Análise uma conclusão: apesar das dificuldades e das incertezas, o brasileiro é empreendedor.

  • Plebiscito e representação

    Ao apoiar a proposta de se fazer um plebiscito para saber qual é a reforma política que o eleitor brasileiro deseja, se é que ele quer alguma mudança, o presidente em exercício Michel Temer justificou a medida como uma maneira de superar a incapacidade do Congresso de chegar a um consenso sobre o tema.

  • Couro duro

    Bastou o ex-presidente Lula recomendar que os ministros acusados de corrupção tivessem "couro duro" e resistissem às denúncias antes de jogarem a toalha, para que os últimos envolvidos em escândalos ensaiassem uma resistência patética. O ex-ministro do Esporte Orlando Silva esperneou muito antes de pedir para sair, e o máximo que conseguiu foi um enterro de primeira classe, com direito a salva de palmas e a declarações estranhíssimas da própria presidente, que afirmou que não perdera a confiança nele, mas, no entanto, abria mão de sua preciosa colaboração não se sabe bem por quê.

  • Rocinha e Alemão

    O economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas do Rio, está lançando um estudo comparativo entre as duas maiores favelas da cidade, a Rocinha e o Alemão, e os efeitos da implantação nelas das UPPs. Ele faz parte de uma geração de economistas "cariocas" que, na sua própria definição, começou "a se debruçar sobre os caminhos e descaminhos da nossa própria terra".

  • Sinais de alerta

    No momento em que universidades tunisianas entraram em greve contra a influência islâmica, após religiosos radicais terem ocupado um campus para pedir a separação entre estudantes homens e mulheres, anuncia-se o adiamento da apuração da eleição no Egito, com informações oficiosas de que a Irmandade Muçulmana teria obtido nas urnas cerca de 45% dos votos, resultado acima do que seus próprios dirigentes previam.

  • Disciplina e fé

    Há pelo menos uma coisa em comum na vitória dos partidos islâmicos no Egito, na Tunísia e no Marrocos, os países que fizeram eleições no rastro da Primavera Árabe: prevaleceu a disciplina dessas organizações políticas, em detrimento do voluntarismo dos partidos oposicionistas e dos movimentos da sociedade civil.

  • Democracia e riscos

    Relatos graves de violência e pressão político-religiosa nas universidades tunisianas indicam uma ofensiva de grupos islâmicos radicais na tentativa de se impor na sociedade após a revolução, embora, ao contrário do Egito, esses grupos não tenham conseguido obter votação expressiva na eleição de outubro passado.

  • Lupi e Rousseau

    Agora ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi deixou um bilhete justificando seu pedido "irrevogável" de demissão transferindo suas culpas para um suposto "ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo", assim mesmo, com letra maiúscula.

  • Região inquieta

    Encerrado ontem o segundo turno da primeira de três fases das eleições parlamentares, o Egito se vê diante de uma realidade política inesperada: os partidos islâmicos começaram o processo eleitoral recebendo cerca de 60% dos votos, proporção que deve ser confirmada nas próximas etapas, mesmo com uma participação menor do eleitorado.

  • O futuro já chegou

    No seu novo livro “A soma e o resto”, — título que “tomou emprestado” de um livro de seu amigo Henri Lefebvre — lançado ontem no Rio com uma conversa entre o ex-presidente Fernando Henrique, a colunista Miriam Leitão e eu na Livraria Cultura, com mediação da editora de O País do GLOBO, Silvia Fonseca, dentro do projeto Prosa na Livraria, surge um retrato mais humanizado, muitas vezes ignorado, do intelectual Fernando Henrique, tido geralmente como um cético.

  • Podres poderes

    Assim como expectativa de direito é direito, em política, expectativa de poder é poder. Enquadra-se nesse caso a consultoria do (ainda) ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que após sair da prefeitura, em 2009, até dezembro de 2010 atuou privadamente, arrecadando milhões de reais, enquanto era candidato ao Senado pelo PT e um dos principais coordenadores da campanha da então candidata petista, Dilma Rousseff.

  • Além dos números

    Mais importante que definir que ter o sexto Produto Interno Bruto (PIB) do mundo não significa ter um país melhor - estamos em 84º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); em 88º no Índice de Desenvolvimento Educacional; ainda somos um dos mais desiguais na distribuição de renda do mundo, apesar dos avanços recentes - é entender que, para deixarmos de ser o 73º país no ranking de renda per capita, temos que encarar as reformas estruturais de que o país necessita para crescer sustentavelmente, principalmente na educação.

  • Duplo papel

    Num ano eleitoral, com o julgamento político mais importante da História recente do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) será o centro das atenções a partir de sua volta aos trabalhos em fevereiro. Suas decisões terão necessariamente consequências políticas, seja qual for o resultado do julgamento.