E assim era e foi
Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 16/10/2002
Como base primeira e mais forte da memória, costuma a infância povoar, com sua mistura de encanto, mistério e medo, uma boa parte das narrativas que o homem faz para inventar a vida. Ou entendê-la. Quem reler o livro de James Joyce, "Retrato do artista quando jovem", descobrirá (às vezes, a primeira leitura não é suficiente para tanto) o muito que se concentra nos movimentos iniciais do corpo e da mente jovens, em busca do entendimento de si mesmos e do resto do mundo. As palavras do começo da história são claramente infantis e fazem pensar que o livro se destina a crianças (o que não deixa de ser verdade). Ei-las: