Como é que a gente evita as influências vãs naquilo que a gente escreve? Mais do que das influências vãs, como é que a gente se livra das improdutivas?
Como esse é o último artigo de uma série sobre o mesmo assunto (nossa origem como Humanidade), aproveito o tema dela do qual esse é apenas o terceiro texto completo e acabado, gostaria de pensar em escrever alguma coisa que faça sentido, sem deixar de abordar o mesmo assunto dos artigos precedentes.
Nossa história começa há 13,5 bilhões de anos atrás, com o surgimento da matéria e da energia, a fundação da Física. Fica mais fácil de entendermos o lance se ficarmos em 4,5 bilhões de anos atrás quando, vítima de fenômenos então inexplicáveis, o planeta que passamos a conhecer como Terra (não sei direito quando) se formou e se destacou na Via Láctea. De lá pra cá, as coisas não mudaram muito, não.
Não mudaram muito em termos, pois há 3,8 bilhões de anos apareceram novos organismos que deram início ao que chamamos de Biologia, um novo conhecimento que diferenciava o Ser Humano do resto da criação original.
Os responsáveis pela Criação entenderam bem que os Seres Humanos eram a novidade que valia a pena explorar. Ainda andaram um tempo perdendo tempo com os Dinossauros, uns seres escabrosos. Mas isso terminou quando os que estudavam o assunto e viviam com os bichões ao lado provaram que eram desnecessários. Um destaque desnecessário da natureza.
Acho que a eliminação de concorrentes facilitou a vida dos outros. Desde então os Seres Humanos começaram a se preocupar seriamente com o futuro dessa história. Eles tinham que conquistar o trono da Terra, para isso contavam cada vez menos com a fúria dos líderes locais e se sentiam cada vez mais ameaçados por seus poderes crescentes.
Por fim, concederam àqueles o direito de admirar sua tomada de poder e os condenaram ao silêncio sobre o que acontecia e podia vir a acontecer. Quando esses outros deram por si, a Terra já estava tomada por uma cultura de finanças, tecnologias, bombardeios ou coisa parecida. Nunca mais o planeta seria o mesmo.
E os homens colaboraram muito para isso.
Nós, os Homo sapiens, passamos esse tempo todo reagindo ao avanço de outras espécies sobre a nossa espécie e sobre nossa cultura, nosso modo de viver. Nos livramos de cara dos Neandertais, dos Floresiensis, dos poucos sobreviventes, de todos os que se meteram nessa disputa quase inútil.
Só nós podemos mudar essa condição, mas vamos seguir defendendo nossos direitos tentando mudar o mundo numa direção mais justa. Nem que seja apenas isso. Vamos fazer desse planeta um lugar mais justo, onde possamos com um mínimo de dignidade e de autodedicação realizar nossos sonhos.