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Artigos

 
  • Tudo tem hora

    Folha de S. Paulo (RJ), em 16/06/2015

    Ele gostava de olhos verdes. Mas era daltônico. Quando se sentia atraído por uma mulher, todas elas tinham olhos vermelhos. Se houvesse olhos naturalmente vermelhos, ele obedeceria o sinal e teria vontade e coragem para ir em frente. Isso nunca lhe aconteceu.

  • 2018 no radar

    O Globo, em 16/06/2015

    A antecipação do debate sucessório, como se constata, acontece em situações de contraste, ou quando o presidente em exercício está forte o suficiente para inventar seu sucessor, como fez Lula em 2010 com Dilma, ou quando está fraco a ponto de não ter condições de lutar pela sua sucessão, pois luta principalmente por seu mandato.

  • A crítica de arte hoje

    Folha de S. Paulo , em 14/06/2015

    Como fica a atividade do crítico de arte, hoje, quando a expressão predominante no terreno das artes plásticas, intitulada arte contemporânea, não mais se vale da linguagem artística (pictórica, escultórica, gráfica) e, muitas vezes, nem do ato de fazer a obra?

  • Aos trancos e barrancos

    O Globo, em 14/06/2015

    Recusado no Congresso Nacional do PT o rompimento com o PMDB, por que os petistas não têm condições políticas neste momento para bancá-lo, continuaremos a sentir na pele o desgaste do relacionamento entre os dois maiores partidos do país, ambos tentando encontrar caminhos próprios para o grande embate em 2018.

  • Uma vaca profanada

    Folha de S. Paulo (RJ), em 14/06/2015

    Era uma vaca palustre e bela não, não era bem isso, era simplesmente uma vaca como todas as vacas costumam ou devem ser: admito que nunca me preocupo com vacas, meu arroubo pastoral nunca foi além da fazenda de Itaipava, mais pelo sino de sua capela do que pela fazenda em si.

  • Nossa esquerda se apetrecha

    Jornal do Commercio (RJ), em 13/06/2015

    A próxima assembleia geral do PT deverá instituir um Conselho junto ao partido, formado de responsáveis pela condução histórica da legenda, ao longo das últimas décadas. A iniciativa responde ao fenômeno cada vez mais reconhecido da ausência de lideranças emergentes, como segunda geração, no avanço dessa chegada ao poder do Brasil do outro lado, e da efetiva "virada de página" frente ao país do establishment. 

  • Passos largos, poço fundo

    O Globo, em 13/06/2015

    Entre anúncios do fim de livrarias e museus, ameaça de fechamento da Escola de Teatro Martins Pena, onde dei aula, e do encerramento do Centro de Referência Cultura Infância, no Jockey do Rio (ainda que nesse caso a batalhadora Karen Acioly tenha conseguido migrar para outros espaços), chega outra notícia: a Jornada de Passo Fundo vai acabar. É triste.

  • Simples como ela só

    O Globo, em 13/06/2015

    Além do resultado de 9 x 0, o julgamento do STF desta semana apresentou outra unanimidade: o voto da relatora Cármen Lúcia, considerado histórico e, como tal, seguido por todos os seus pares. Não chegou a ser surpresa para os que a conhecem e, devido à sensatez, a chamam de “Cármen lúcida”. Primeira a votar, foi também a primeira a usar com todas as letras a palavra “censura” para caracterizar a exigência de autorização prévia para uma biografia. E a censura, como explicou, é proibida pela Constituição Federal, que garante a liberdade de expressão, de pensamento, de criação artística e científica. Admitiu que “há riscos de abusos no dizer e no escrever, mas a vida é uma experiência de riscos”. E para os riscos há a solução de buscar no Judiciário as reparações para os eventuais danos morais. O que a Constituição não permite, ela acrescentou, é que, a pretexto de se preservar a intimidade de alguém, abolir-se o direito à liberdade do outro, principalmente em casos como o das obras biográficas, “que dizem respeito não apenas ao biografado, mas a toda a coletividade”. Entremeando no seu douto parecer o saber jurídico com ensinamentos da vida real, a que está sempre ligada, a vice-presidente do STF lembrou uma ciranda de roda de sua infância (“cala boca já morreu quem manda na minha boca sou eu”) e recorreu a um poético jogo de palavras: “Na vida aprendi que quem por direito não é senhor do seu dizer, não se pode dizer senhor de qualquer direito”.

  • Governo descoordenado

    O Globo, em 13/06/2015

    Dois episódios no mesmo dia mostram como o governo carece de uma coordenação, e não apenas no campo político. Nos dois casos, teve que voltar atrás de decisões anunciadas, ou propostas veladamente, diante da reação da opinião pública.

  • Os impasses da reforma

    O Globo, em 12/06/2015

    Ninguém sabe o que vai acontecer com a dita reforma política no Senado, e pode até mesmo não acontecer nada. Há algumas certezas que inviabilizam o todo. O mandato de 5 anos para os senadores, por exemplo, não passa no Senado, mesmo que não atinja os atuais detentores de mandatos.

  • Não à censura

    O Globo, em 11/06/2015

    Ontem foi um dia histórico para a democracia brasileira, menos pela liberação das biografias não autorizadas, nos colocando no rol dos países desenvolvidos nessa questão cultural fundamental que é a liberdade acadêmica, de ensinar e de pesquisar, e mais pela prevalência no Supremo Tribunal Federal (STF) do entendimento de que qualquer tipo de censura é terminantemente proibido pela Constituição.

  • Anos rebeldes

    Tribuna de Petrópolis (RJ), em 10/06/2015

    Com mais certezas do que dúvidas, no fulgor dos seus 17 anos, a jovem Bruna se dá ao luxo de criticar os colegas (“são todos pequenos burgueses”) e até mesmo o seu dedicado mestre de História, de quem discorda sempre. É uma das passagens consideradas fortes da série “Anos rebeldes”, muito bem produzida para o cinema e a televisão pela Fundação Cesgranrio, num original de Décio Coimbra, produção de Carlos Alberto Serpa e direção de Alexandre Machafer.

  • É hoje o dia das biografias

    O Globo, em 10/06/2015

    Tomara que a ministra Cármen Lúcia tenha lido no domingo o artigo de Cacá Diegues, ela, que é a relatora do processo que será julgado hoje no STF defendendo a liberdade de um escritor contar a história de uma personalidade pública — político, artista, jogador de futebol, cientista — sem autorização prévia dele ou de seus familiares, como se faz nas grandes democracias. Não só porque o cineasta é uma das melhores cabeças que pensam o país, como seus argumentos não são em causa própria. Não é biógrafo e, ao que consta, não pretende ser; ao contrário, com sua obra, tem tudo para vir a ser um biografado. Entre outras coisas, ele diz que o direito à privacidade não é um valor absoluto: “A vida privada de todo mundo, do gari na rua ao presidente da República, não é mais importante do que a necessidade que temos de saber melhor em que mundo vivemos. E como vivem aqueles em que confiamos”

  • O mundo particular de Dilma

    O Globo, em 10/06/2015

    A presidente Dilma voltou a ser aquela mesma do tempo da campanha presidencial, vendendo versões mirabolantes que se chocam com a realidade, parecendo que vive em outra dimensão. Ela foi obrigada por jornalistas estrangeiros a abordar nos últimos dias um tema que a perturba: sua participação nos escândalos da Petrobras.

  • Neymar e a Renascença

    Folha de S. Paulo (RJ), em 09/06/2015

    Houve tempo em que a rivalidade entre o Rio e São Paulo era letal, sobretudo no futebol. O Brasil era o celeiro de craques e o técnico Flávio Costa dava-se ao luxo de armar duas seleções para satisfazer as torcidas dos dois Estados. Muita gente reclamava, mas o Brasil ia em frente.