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Diálogo com o mundo
Ninguém duvida da capacidade de comunicação do Papa Francisco. Suas demonstrações são inequívocas.
Ninguém duvida da capacidade de comunicação do Papa Francisco. Suas demonstrações são inequívocas.
Não sou entendido em economia, história, política, na realidade, como alguns leitores já perceberam, não sou entendido nem em mim mesmo. De maneira que não sei a data em que a humanidade começou a existir. Só do aparecimento do homem na Terra, creio que são 8.000 séculos ou algo assim.
Na mesma trilha do professor Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, cujo trabalho mostrando que o impeachment pode dar um bônus econômico ao país foi objeto de análise de uma coluna recente, o cientista político Carlos Pereira, da FGV do Rio envia um artigo dos cientistas políticos Kathryn Hochstetler, da Universidade de Waterloo e David Samuels, da Universidade de Minnesota, que demonstra que não só a economia pode vir a se beneficiar, mas as próprias instituições democráticas se fortalecem pós-impedimento de um presidente.
Criou-se no Brasil a falsa tese de que a única razão para o impedimento de um presidente da República é a corrupção em benefício próprio, como aconteceu com o então presidente Fernando Collor. Por isso a presidente Dilma insiste na tese de que nunca teve acusação contra ela sobre uso indevido do dinheiro público, como repetiu agora num ato do PDT contra o impeachment. Não é verdade.
Roubar máquinas que trabalhavam para minorar os efeitos de uma tragédia é falta de compaixão. Qualquer bando de cachorros vadios tem mais sentido de coletividade
O que de fato reflete o senso de humor, a irreverência e a autogozação do carioca são as marchinhas, que funcionam como crônica de costumes
Vira, de vez, a página, com a Operação Lava Jato, a maturidade democrática do país, na sequência da Marcha dos 100 mil, ou do Fora Collor, ou da ida às ruas em 2013.
A partir da declaração bombástica do ex-presidente Lula de que não existe ninguém no Brasil mais honesto do que ele, é possível constatar que a Operação Lava-Jato, assim como já acontecera com o mensalão, provoca em caciques petistas uma auto referente sinceridade que chega às raias da comicidade.
A decisão do Banco Central de não subir os juros pode até mesmo ser sustentada tecnicamente, mas é inegável que o seu presidente Alexandre Tombini cometeu uma barbeiragem na condução do anúncio oficial, reavivando a desconfiança que fez o mercado apelidá-lo de “Pombini”, em referência à sua submissão à presidente Dilma.
A tentativa aparentemente frustrada do presidente do Senado, Renan Calheiros de se tornar presidente nacional do PMDB, ou indicar o substituto de Michel Temer, retira-lhe o trunfo político com que pretendia defender seu mandato, acossado por vários processos.
Rio não podia ter melhores símbolos visuais para representá-lo: o Cristo, de braços abertos, pronto a receber todo mundo, e Sebastião sofrendo
Quando se toca na necessidade de democratizar o espaço escolar imediatamente nos vem à mente o fenômeno que ocorre com as bibliotecas escolares. São poucas e, em geral, mal servidas. Há 15 milhões de alunos da educação básica que não têm acesso, no Brasil, a qualquer tipo de biblioteca, mesmo as mais modestas que existem nas chamadas “salas de leitura”.
Até agora, não me convenci da moralidade e eficiência da delação premiada, a não ser em caso de guerra declarada contra o inimigo real. Fora disso, a delação pode ser confundida com a tortura ou a chantagem. Há um ditado antigo: condena-se o delatado e despreza-se o delator.
A reação do vice-presidente Michel Temer ao comentário de Marina Silva de que um governo do PMDB, devido a um eventual impeachment da presidente Dilma, seria uma ameaça à Operação Lava-Jato, dá a dimensão do debate político que se trava no país hoje.
Talvez tenha sido um dos homens mais cultos do Brasil. Nascido em 1920, em Porto Calvo, Alagoas, Newton Lins Buarque Sucupira formou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Recife (1942) e bacharel em filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (1947). Em 1961, indicado por Anísio Teixeira, integrou o primeiro grupo de intelectuais a compor o Conselho Federal de Educação (CFE), atualmente Conselho Nacional de Educação (CNE). Atuou até 1990 como professor da Fundação Getulio Vargas e da UFRJ. Morreu aos 86 anos, no Rio, em 2007.