Essa publicação faz parte da coleção Coleção Afrânio Peixoto
No panorama da literatura naturalista brasileira, sobrepaira, soberano, o nome de Aluísio Azevedo. Em segundo plano, destacam-se Adolfo Caminha e Inglês de Sousa. A seguir, o deserto: apesar de numeroso, o plantel de autores naturalistas (tão bem estudado por Lúcia Miguel-Pereira em História da Literatura Brasileira - Prosa de Ficção - de 1870 a 1920), permanece praticamente ignorado pelos leitores contemporâneos. O grande sucesso obtido à época em que surgiram parece simetricamente oposto ao silêncio que hoje os acoberta.
Horácio de Carvalho, Valentim Magalhães, Pardal Mallet, onde está a obra de todos eles? Parodiando famoso poema de Manuel Bandeira, poder-se-ia responder que está “Dormindo/ Profundamente”. E, no caso, nem vale fazer a tradicional ressalva de que tais livros se encontram esquecidos nos sebos: nem ali existem, tornado-se verdadeiras preciosidades bibliográficas, intensificadas pelo fato de, em sua maioria, não terem chegado à segunda edição. [...] [Apresentação de Antonio Carlos Secchin]