
Aparência de normalidade
[2]Quando era deputado federal, eleito por um nicho de eleitores essencialmente militares, Jair Bolsonaro não valia uma nota de três reais na vida pública. Ninguém ligou quando elogiou o torturador coronel Brilhante Ustra, nem quando disse que a deputada petista Maria do Rosário não merecia ser estuprada por ser muito feia. Ao contrário, alguns parlamentares diziam que ele era muito afável no trato pessoal e que aquela radicalização era apenas uma maneira de chamar atenção sobre si para garantir os votos do eleitorado cativo.