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Notícia

  • Academia para exercitar o cérebro

    Publicada em 17/07/2007

    Visita Guiada e Espaço Machado de Assis da ABL são destaques no caderno Rio Show, do jornal O Globo. Segundo o colunista João Sette Camara, "um programão".

  • Personalidades visitaram a ABL

    Publicada em 17/07/2007

    Eduardo Paes, Michele Corrêa da Costa, Renato Machado, entre outros, estiveram na Academia Brasileira de Letras.
  • Almoço na ABL

    Publicada em 17/07/2007

    Academia Brasileira de Letras recebe personalidades de diversos segmentos.

Artigo

  • O tijolo que faltava

    Durante uma viagem, recebi um fax de minha secretária: “Falta um tijolo de vidro para a reforma da cozinha”, dizia ela. “Envio o projeto original e o projeto que o pedreiro usará para compensar a falta”. De um lado, havia o desejo de minha mulher: fileiras de tijolos de vidro. Do outro lado, o projeto que resolvia a falta de um tijolo: um quebra-cabeças, em que os quadrados de vidro se misturavam. “Comprem o tijolo que falta”, escreveu minha mulher. E o desenho original foi mantido. Quantas vezes, pela falta de um tijolo, deturpamos o projeto original de nossas vidas?

  • Ouro

    Um homem ouviu falar que um alquimista perdera uma famosa pedra filosofal, que tinha o dom de transformar em ouro todo metal que tocava. Como não sabia exatamente o aspecto da pedra filosofal, o homem começou a pegar todos os seixos que encontrava pelo caminho, colocando-os em contato com a fivela de seu cinto. Assim, caminhava por todo lugar, testando um seixo atrás do outro. Certa noite, antes de dormir, deu-se conta de que a fivela de seu cinto havia se transformado em ouro! Mas, qual das pedras que encontrou naquele dia tinha sido? O que começou como uma aventura transformou-se numa obrigação aborrecida. Percorrera o caminho certo, e deixara de prestar atenção ao milagre que o esperava, obcecado por fazer fortuna.

  • O bom professor

    O sábio Confúcio estava meditando à sombra de uma árvore quando foi interrompido por alguns de seus discípulos, que queriam lhe fazer perguntas. “O que é um bom professor?”, questionaram eles. Confúcio respondeu: “O bom professor é o que examina tudo aquilo o que ensina para seus alunos. As idéias antigas não podem escravizar o pensamento do homem, porque elas se adaptam e ganham novas formas. Então, tomemos a riqueza filosófica do passado, sem jamais perder de vista os novos desafios que o mundo presente nos propõe”.

  • Tipos de prisão

    Dois ex-presos políticos argentinos se encontraram, já de volta ao país, depois de muitos anos sem qualquer contato entre eles. Os dois sentaram-se num bar na Avenida de Maio e começaram a se lembrar dos anos negros que viveram na repressão, quando as pessoas sumiam sem deixar qualquer vestígio. A conversa fluía bem quando, em certa altura , um perguntou ao outro: “Por quanto tempo você ficou preso?”. “Dois anos”, respondeu o homem acomodado do outro lado da mesa. E continuou contando. “Eu sofri torturas que nunca imaginara que acontecia antes. Vi minha mulher sendo violentada na minha frente. Mas os responsáveis já foram presos e condenados. Isso é o que importa para mim”. “Ótimo. E sua alma já perdoou também?”, insistiu na conversa o primeiro. “Claro que não”, replicou o outro, de forma bastante veemente. “então você continua prisioneiro deles”, respondeu o amigo.

  • A força da memória

    Em meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, usei uma frase que, de vez em quando, repito, levado pela verdade que ela transmite. Esta: "País sem memória está morto e não sabe". Diga-se que o mesmo acontece com regiões definidas, com cidades e até com burgos menores. Louvo, por isto, os livros que registram, discutem e mostram os movimentos culturais de uma região e levantam a memória de trechos de nosso País onde nos reunimos para viver, agir, amar, pensar, enfim, ser. Temos permanente necessidade de guardar o que fazemos: sonetos, narrativas, contos, pinturas, músicas, móveis, prédios, como sinais individualizados de um determinado lugar.

  • Nada de novo

    RIO DE JANEIRO - Deve ser uma vocação esquisita. O Rio é bagunçado, parece que nada é levado a sério pelo carioca, mas sempre encontra um jeito de arrumar as coisas e arrumar-se. Dois meses antes da abertura do Pan, era voz geral que nada ficaria pronto para o encontro dos atletas das três Américas.

  • Machado de Assis e a política

    Pedro II ao partir, sob condições injustas de desprestígio, deixava uma governação de cinqüenta anos de respeito à cultura e de uma certa magnanimidade, mas de pouca atenção ao Nordeste do país. Seu tempo não aponta apenas a maldade da estatística ao revelar que ficara no Brasil uma nobreza de sete marqueses e uma marquesa viúva. Dez condes e dez condessas viúvas. Vinte viscondes e dezoito viscondessas viúvas. Vinte e sete barões e onze baronesas viúvas. Era viúva demais...

  • Distribuição de renda

    Leio que os milionários brasileiros detêm riqueza equivalente a meio PIB. Isso torna presente a velha frase, que circulava no Rio de Janeiro no começo do século passado: a Europa curva-se diante do Brasil...

  • A casa de Cocteau

    Um jornalista me contou a seguinte história curiosa: “Certo dia, fui entrevistar Jean Cocteau. Sua casa era um amontoado de bibelôs, quadros, desenhos de artistas famosos, livros. Uma porção de tudo isso junto por lá. Cocteau guardava todos aqueles objetos, e tinha um profundo amor por cada uma daquelas coisas. No meio da entrevista, fiz a seguinte pergunta: ‘Me diga com sinceridade, Cocteau. Se por acaso esta casa começasse a pegar fogo agora e você só pudesse levar uma coisa com você, o que escolheria?’. Cocteau respondeu no ato: ‘Levaria o fogo’.”

  • O escândalo da hora

    Sento-me diante dos meios de comunicação de massa e tenho os jornais à mão, pondo-me, então, a ver o que há de novo nesta república, que Lopes Trovão já considerava não ser a sua. Procuro os escândalos do dia, para ser mais conciso nas minhas divagações. Quero procurar o escândalo da hora. Fico decepcionado que lá ainda esteja o nome de Renan Calheiros, neutralizado por um ardil de seus confrades do Senado, que o impediram de presidir uma sessão. Viro-me depois para outra notícia e fico sabendo que a Petrobrás foi a maior doadora de dinheiro ao PT na última eleição, incorrendo em pena de crime eleitoral. Não me canso, ainda, desses escândalos, que seriam fatais para qualquer país posto na linha da decência. Vejo que os jornais estão cheios de escândalos e mais escândalos.

  • Combates perdidos

    Muitas vezes, o Guerreiro da Luz sente a espada do inimigo na carne, sente a injustiça do inimigo na vida. Mas ele sabe que o tempo cicatriza as feridas. Quando o combate não é favorável, os Guerreiros da Luz sabem que existe apenas uma coisa que o tempo não pode curar: o ódio. O ódio é um Mestre das Trevas, jamais anda sozinho, adora a companhia de sua noiva, a vingança. Quando o ódio e a vingança sentam à mesa do Guerreiro e começam a aconselhá-lo, o combate está perdido. Porque o Guerreiro esquecerá a verdadeira razão de sua luta.

  • Um reino e a felicidade

    Um velho ermitão foi convidado para ir até a corte do rei mais poderoso daquela época. “Eu invejo um homem santo, que se contenta com tão pouco”, disse o rei para ele. “Eu invejo Vossa Majestade, que se contenta com menos que eu”, respondeu o ermitão. “Como você me diz isto, se todo este país me pertence?”, disse o rei, ofendido. “Justamente”, falou o ermitão. “Tenho a música das esferas celestes, tenho os rios e as montanhas do mundo inteiro, tenho a Lua e o Sol, porque tenho Deus na minha alma. Vossa Majestade tem apenas este reino”.