Da França onde está a passeio depois de divulgar A bruxa de Portobello em Portugal, o mago falou ao Idéias.
Você completa 20 anos de Caminho de Santiago. O que mudou nestes anos todos?
A cada passo eu mudava e continuo mudando. O grande diferencial é que, há 20 anos, eu tinha o sonho de ser escritor, e, assim que cheguei a Santiago, resolvi realizá-lo. De lá pra cá, continuo caminhando.
Entre o Alquimista e A bruxa de Portobello existe muita diferença na sua opinião?
Entre cada livro existe uma grande diferença de temática. Mas o estilo – simples sem ser superficial – permanece o mesmo.
Como você lida com a vaidade?
Estou atingindo 100 milhões de cópias no meio do próximo ano, e mesmo assim, procuro manter o espírito de respeito ao sucesso.
Como você explica o seu sucesso mundial?
No dia que eu explicar descobrirei a fórmula. No dia que descobrir a fórmula, tentarei usá-la. No dia que usá-la, a magia se quebra.
Como a magia faz parte do seu dia-a-dia?
Um único exemplo: entender cada dia como sagrado, e honrá-lo como tal.
A religiosidade também é forte em sua obra. Você é católico. Mas diz acreditar em reencarnação...
Uma cuidadosa leitura dos Evangelhos irá ver o mesmo conceito nas palavras de Cristo, principalmente quando se refere a São João Batista ser a reencarnação de Elias.
Como é sua rotina diária?
Andar todas as manhãs, conversando com a Christina, ou sozinho. Em seguida, conectar-me com o mundo através da internet. Trabalhar a tarde nas várias decisões que precisam ser tomadas. Janto às 19h, um longo jantar (mas com comida frugal). Volto para a internet por meia hora, subo para ler na cama.