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Presidente Ana Maria Machado garante, na Flupp Pensa, apoio a todo evento que valorize a leitura

 

O sorriso de satisfação da escritora Ana Maria Machado, Presidente da Academia Brasileira de Letras, no palco, e cercada de meninos e meninas, traduz de forma mais exata o que foi o evento Flupp Pensa, no Criança Esperança da comunidade do Cantagalo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Entre outras atividades programadas pelos organizadores, na quarta-feira, dia 11 de julho, Ana Maria Machado encerrou sua participação lendo um de seus livros, Um dia desses. Antes, a atriz Renata Sorrah lera outro de autoria da Acadêmica: Menina bonita do laço de fita. Ao citá-lo, mãozinhas se levantaram e seus pequenos donos confirmaram já terem lido o livro, para contentamento da autora e da atriz.

Assim que chegou ao alto da comunidade do Cantagalo, Ana Maria Machado encontrou uma amiga de há muito tempo. A inglesa Liz Calder, fundadora da Festa Literária de Paraty (Flip), com quem manteve um pequeno diálogo sobre o Flupp Pensa, uma espécie de continuidade do evento de Paraty, por causa do grande número de escritores brasileiros e estrangeiros que lá estiveram na semana passada. Nas mãos, a Presidente da ABL carregava três sacolas cheias de livros, que doou à biblioteca do Criança Esperança; muitos de sua autoria e outros traduzidos por ela. A seguir, foi para o salão dos adultos, onde participou de uma mesa-redonda, mediada pela escritora e jornalista Angela Dutra de Menezes, com a escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso.

Na plateia onde se realizava o debate, representantes de outras comunidades do Rio de Janeiro, alguns poucos escritores, ainda não muito conhecidos, e muitos aspirantes a autores. O assunto principal passou a ser, naturalmente, qual o caminho para incentivar e criar um novo público de leitores (e escritores). Ana Maria Machado, em determinado momento, lembrou que existe uma parcela da população brasileira que não tem sido auxiliada por todos os trabalhos que se tem feito com esse objetivo: “Trata-se do índio, esse grupo que ainda continua invisível para nós. Chegou a hora de reivindicarmos o fim dessa invisibilidade. Ainda são faladas, hoje, no Brasil mais de 200 línguas indígenas. Essa transformação não tem de acontecer somente com os afro-brasileiros ou moradores das comunidades mais carentes. Tudo isso é verdadeiro, mas temos de estar atentos também aos índios, ainda cidadãos de segunda classe”, afirmou.

Pouco antes de encerrar sua participação no debate, a Presidente da ABL lembrou que a discussão deveria se ater principalmente à importância do livro como fator de integração social: “O livro faz a diferença, aproxima as pessoas. Precisamos ter mais bibliotecas, mais leitores”. Respondendo a uma das perguntas da plateia sobre como selecionar bons livros, disse que qualquer um poderia ter acesso à listagem da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Sobre a interferência da Internet no interesse das crianças, respondeu: “A vantagem do livro é que ele pode ser lido e relido, independentemente das novas tecnologias. Pode-se falar com os personagens, imaginá-los. A palavra muda as pessoas, as pessoas mudam o mundo. A leitura liberta”.

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12/7/2012

12/07/2012 - Atualizada em 11/07/2012