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Lilia Schwarcz explora sistema de privilégios simbólicos na conferência que encerra o ciclo “Pensar”

 

A antropóloga e escritora Lilia Schwarcz encerra o ciclo de julho, “Pensar”, com a palestra “A branquitude”, tema que destrincha no seu livro “Imagens de Branquitude”, em que analisa o fenômeno social e cultural da branquitude a partir de suas manifestações simbólicas e iconográficas. A conferência tem coordenação do Domício Proença Filho e será realizada na próxima terça-feira (29), às 16h, com entrada franca. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/a-branquitude-524866/

A conferência também será transmitida no Youtube da ABL e pode ser assistida pelo link: https://www.youtube.com/live/O67UUdAFSlQ?si=SRALnWUr1qZ0WFtn

Lilia classifica a branquitude como um sistema internalizado de privilégios materiais e simbólicos que se ancora no passado, mas exerce suas prerrogativas no presente. Sua principal consequência social é a manutenção de monopólios sociais e a perpetuação do poder.

“É uma norma que não se nomeia; uma classificação que não se auto-classifica. E se negritude foi um movimento social que visava políticas de orgulho e inclusão, a branquitude é uma forma de negação, sobretudo para pessoas que evitam qualquer forma letramento racial.”

O tema já foi amplamente tratado por uma bibliografia feita, sobretudo, por intelectuais negros e negras, mas Lilia afirma que pretende com a palestra tratar do assunto a partir de imagens e do conceito de “presença da ausência”.

“Imagem vem de magia e tem a capacidade de produzir valores, normas e formas de discriminação e nessa palestra elas assumem lugar central”.

Sobre Lilia Schwarcz

Lilia Katri Moritz Schwarcz é historiadora, antropóloga, curadora, professora titular e sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e global scholar/visiting professor da Universidade de Princeton (desde 2009).

É autora de mais de 30 livros e catálogos de arte, publicados no Brasil e no exterior, como: O espetáculo das raças (1997), As barbas do imperador (1998), Brasil: uma biografia (2009), Lima Barreto triste visionário (2018), Enciclopédia Negra (2021), Imagens da branquitude (2024), tendo recebido 8 prêmios Jabuti.

Foi curadora para histórias do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) de 2015 a 2023, e curou mais de 20 exposições no Brasil e no exterior: incluindo Histórias Afro-Atlânticas e Brasil futuro: as formas da democracia (Brasília, Belém, Salvador, Rio de Janeiro). Foi Professora Visitante nas Universidades de Oxford, Leiden, Ècole des Hautes Études, Brown, Frei Universitat e Tinker Professor na Columbia University. É professora emérita da Universidade de Buenos Aires (2024) e membra da Academia Brasileira de Letras desde 2024.

22/07/2025