Principal instituição literária do Brasil, a Academia Brasileira de Letras (ABL) compartilhou uma homenagem à memória e legado de Luis Fernando Verissimo, falecido na manhã deste sábado, 30, aos 88 anos.
“Filho do também escritor Erico Verissimo, nasceu em Porto Alegre e passou parte da infância e da adolescência nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, atuou em publicidade, antes de entrar para o jornalismo. Em Zero Hora, sua coluna se consolidou como referência. Também foi colunista dos jornais O Estado de S.Paulo e O Globo”, recordou a ABL na publicação nas redes sociais.
Nome de destaque na literatura nacional, Verissimo foi cartunista, tradutor, roteirista, publicitário, revisor, dramaturgo e romancista, e usou a ironia para fazer críticas e levantar debates sobre as diversas questões sociais e políticas no Brasil.
Autor de “As Mentiras que os Homens Contam”, “O Popular: Crônicas ou Coisa Parecida”, “A Grande Mulher Nua”, “As cobras” “Comédias da Vida Privada”, “Ed Mort”, e outros sucessos literários, Verissimo foi um dos grandes nomes que não foram agraciados com a imortalidade concedida pela ABL.
Ainda na nota, a instituição lista que a ampla variedade de gêneros das obras produzidas por Verissimo – que vão desde crônicas, contos, romances, literatura infantil a sátiras – foram umas das motivações que o tornaram “um dos autores mais queridos e bem-sucedidos do país”.
“Verissimo nos ensinou a imaginar uma vida mais leve”, finaliza o comunicado.
Luis Fernando Verissimo: obra e carreira
Filho de Érico Verissimo, autor de clássicos da literatura brasileira, Luis Fernando construiu uma trajetória frutífera e se tornou um dos escritores mais populares do País.
Publicou mais de 80 livros, incluindo romances, contos e coletâneas de crônicas, com obras traduzidas em diferentes idiomas. Suas crônicas são publicadas em jornais de grande circulação, como O Globo e O Estado de S. Paulo, alcançando leitores de várias gerações.
Entre os personagens que criou, destacam-se o Analista de Bagé, Ed Mort e a Velhinha de Taubaté, ícones da literatura de humor e da crítica social brasileira. Sua produção, iniciada nos anos 1960, o consolidou como um dos cronistas mais reconhecidos da literatura contemporânea.
Verissimo vivia em Porto Alegre, no bairro Petrópolis, na mesma residência que pertenceu a seus pais, ao lado da esposa, Lúcia, e do filho Pedro.
Colaboraram Mariah Salvatore, Raquel Aquino e Julia Vasconcelos
Matéria na íntegra: https://www.opovo.com.br/vidaearte/2025/08/30/academia-brasileira-de-letras-celebra-legado-de-luis-fernando-verissimo.html
01/09/2025